A nossa percepção está conectada com a forma como interagimos com os outros, usando as nossas referências pessoais, referências estas que tomaram forma ao longo da nossa vida. O que é certo, o que é errado e para quem?
Você já se fez estas perguntas?
É uma boa reflexão para compreender como percebemos o mundo que nos cerca. Estamos de passagem por essa experiência terrena, que, embora cativante, é uma experiência que requer esforço e atenção.
Com o passar dos anos, vamos sentindo a necessidade de nos conhecer melhor, pois o outro não bastará se não tivermos amizade e amor por nós mesmos.
Desperdiçamos tempo e energia culpando, remoendo, adorando e conjecturando sobre coisas, pessoas e situações, mas, e quanto ao tempo que deveríamos investir em nosso autoconhecimento? Será que é menos importante? Por que deixamos para depois?
Há outro ponto ainda: como percebo essas questões em mim mesmo?
Em que lugar me coloco quando se trata de trabalhar o mundo interno?
O autoconhecimento abre as portas para o crescimento e a evolução. Quando me permito contemplar o que “estou” e como “estou” neste momento, começa aí a interação com a parte mais importante dessa experiência, pois começamos a perceber como reagimos aos estímulos externos e como nos posicionamos ou não diante dos desafios.
Somos seres procrastinadores, principalmente quando o assunto é autoavaliação e decisões quanto a mudanças necessárias e urgentes.
É necessário observar quais as lentes que hoje utilizamos para identificar os padrões do mundo e ajustá-las para imersão interna, ficando frente a frente com as nossas sombras, compreendê-las e ter a dimensão correta do quanto somos controlados ou alheios a elas. As sombras são muitas vezes os impulsos contidos e represados pela percepção adaptada na contramão da evolução, aprendida e introjetada automaticamente como algo ruim, ou como defeitos a serem corrigidos.
Nossa percepção de mundo é muito pessoal. Estamos dentro de uma teia de um inconsciente coletivo em que não precisamos parar para avaliar as situações que nos cercam, pois a mensagem é: ‘’siga o fluxo”. Que fluxo é esse? Você realmente se identifica com tudo o que o cerca, ou é apenas trabalhoso e cansativo demais fazer os ajustes necessários? A percepção que temos hoje é nossa ou é simplesmente algo sugerido que aceitamos sem questionar?
Como está a percepção de mundo para você, ampla ou restrita? Como está a percepção do seu mundo interno? Existem metas bem traçadas ou “está apenas seguindo o fluxo”?
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