Eu sou esperto!

Eu sou esperto!
Autor Valter Cichini Junior - [email protected]
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     Vejo com certa frequência pessoas afirmando com muito orgulho “Eu sou esperto!”, enchendo a boca como isso sendo algo bom, mas realmente será?

     Em primeiro lugar é importante entender o que o dicionário diz sobre esse adjetivo e segundo o online Dicio temos:

     – Acordado, que não está dormindo; desperto.

     – Sagaz, vivo, hábil; que tem facilidade para perceber e compreender as coisas; que se comporta ágil e eficientemente: preciso de um auxiliar mais esperto.

     – Velhaco, trapaceiro; que age desonestamente, buscando enganar outras pessoas: sempre foi esperto como uma raposa.

     – Que expressa vigor, intensidade; vigoroso ou vivo: menino esperto!

     – Morno, quase quente: água esperta.

     Note que boa parte das definições diz algo que realmente podemos nos sentir bem em ostentar e esta parte parece estar bem entendida, mas também temos o velhaco, trapaceiro, que age desonestamente e buscando enganar outras pessoas, que não é algo tão bom assim para adjetivar seu caráter, e agora temos aquelas perguntas incômodas:

     Quando você se vê como esperto em uma atitude, você está sendo sagaz, por exemplo, ou busca enganar alguém de alguma forma?

     Você omite informações intencionalmente para levar alguma vantagem?

     Você distorce os fatos de alguma forma para melhorar sua imagem?

     Note que essas perguntas trazem um entendimento implícito, que de alguma forma você está enganando as pessoas.

     Temos tendência de julgar pessoas próximas ou políticos, por exemplo, e essa avaliação faz parte de estar em sociedade, mas quero propor aqui um olhar para dentro, alem disso é muito comum usarmos as definições que nos deixam mais confortáveis, então proponho que reveja algumas das atitudes em que se julgou esperto, use-as como exemplo para utilizar esse olhar. Não é necessário contar a ninguém, é uma reflexão intima, será que em alguma delas você enganou uma pessoa?

     Também é importante salientar que identificar o limite entre a convivência social sadia e a manipulação de pessoas são separadas por uma linha tênue, o que dificulta demais esse processo de avaliação.

     Normalmente temos o discurso de aprimoramento, desenvolvimento, crescimento, de sermos melhores a cada dia e aqui proponho essa pequena avaliação como ferramenta de aprimoramento pessoal.

     Olhe para si, de maneira sincera, verifique suas atitudes ao interagir com aqueles que estão a sua volta, tire suas conclusões e busque seus ajustes para que consiga seguir progredindo.

     Paz e Luz

     Valter Cichini Jr.
     Projeto Simbologia
     Atendimentos em psicanálise -  Qualidade de vida envolve corpo, mente e espírito.



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Conteúdo desenvolvido por: Valter Cichini Junior   
Atendimento em Psicanálise.
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