Mundo Feliz

Autor Soraya Benevides - [email protected]
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Difícil pensar em um mundo feliz com a crise atual que estamos vivendo. Difícil até de imaginar como poderemos voltar ao normal. Normal? Se considerarmos o desrespeito com os menos favorecidos e com a Mãe natureza, provavelmente vamos chegar à conclusão que não estávamos em uma situação que poderia ser chamada de normal. Acho até que o mundo nunca mais será o mesmo, depois que esse vírus mostrou que nem tudo está no nosso controle. Tudo isso que estamos vivendo atualmente me fez lembrar muito de uma entrevista que fiz com o Dr. Mello, pouco antes de falecer.

Um pequeno trecho da entrevista, publicada no meu livro “A Casa de Chá”:

— Ele se inclinou na mesa, e disse: — Os hábitos, a alimentação, o ambiente em que se vive, os relacionamentos sociais, as emoções, tudo isso resulta em um equilíbrio ou desequilíbrio no organismo. A cura só é possível quando reequilibramos o organismo, começando pela sua raiz, curando as dores da alma.

Eu encostei na cadeira e tentei entender o que o Dr. Melo estava me dizendo. Ele fez uma pausa para beber água e eu aproveitei para o observar atentamente. Ele parecia muito mais cansado do que das outras vezes que conversamos. Seu rosto umedecido com partículas de água de um dia extremamente quente em São Paulo refletia simplicidade e seus olhos, um profundo conhecimento. Uma janela aberta para a sabedoria divina. Uma sensação de despedida me invadiu e eu precisei de esforço para voltar minha atenção para a entrevista.

— Voltando um pouco ao assunto da frequência magnética da Terra, essas oscilações que estão afetando nossa saúde sempre existiram, não é mesmo?

— Verdade — ele respondeu —, mas nunca com tanta intensidade.

Eu tentei demonstrar que queria mais informação, balançando a cabeça. Depois de uma breve pausa, o Dr. Melo acrescentou:

— Quando a frequência magnética da Terra estava em uma escala ascendente, mas de forma linear, nós não sentíamos. Nem mesmo percebíamos a velocidade do tempo, a velocidade que o homem descobria as coisas. Hoje, alguém levanta a tese de alguma coisa e em um ano já tem um resultado para apresentar. Isso tudo está relacionado à frequência magnética.

— Estamos caminhando para um maior aumento nessa frequência? — perguntei, curiosa sobre o futuro.

— Não, deverá ficar assim até o ano de 2054.

— 2054? Por quê?

— Porque em 2056 o planeta entrará em regeneração e a frequência deverá cair. As coisas vão ser mais sutis, menos agressivas. As grandes virtudes vão predominar, como o amor, a compreensão, a resignação. O homem deixará de ter pressa para fazer as coisas, vai fazer tudo com calma, firmeza e segurança.

Fiz rapidamente as contas e conclui que estarei com 93 anos, se ainda estiver viva.

— A ciência estará totalmente renovada. A qualidade do ensino e a capacidade intelectual vão estar muito além da atualidade. O homem será dotado de uma superinteligente — ele completou.

— Uma boa notícia — eu respondi. Ele sorriu, apertou delicadamente as minhas mãos e falou:

— A Terra entrará em um mundo feliz.

A melhor notícia que eu poderia ter recebido nos últimos tempos. Um mundo feliz. Um mundo feliz que eu adoraria poder comprovar.

“A Casa de Chá”, editora Chiado, já está disponível no formato físico e ebook nas livrarias Cultura, Saraiva, Martins Fontes e Travessa. Em Portugal, pode ser adquirido através do site: www.chiadobooks.co
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Conteúdo desenvolvido por: Soraya Benevides   
Jornalista, instrutora de yoga e autora do livro "A Casa de Chá".
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