Criei este título com a pretensão de provocar em você, e em mim mesma, uma reflexão. Afinal, saber ouvir é uma das características mais comuns entre as pessoas com alta sensibilidade. A maioria das PAS é considerada uma boa ouvinte e costuma ser procurada por familiares, amigos e, mesmo simples conhecidos, quando estes precisam desabafar. Temos grande facilidade para sermos o “ombro amigo” daqueles que precisam.
É bem provável que você tenha se identificado com este retrato. Se for assim, eu lhe pergunto: e quanto a você mesmo(a)? Você usa esta habilidade para se ouvir também ou está sempre tão preocupado(a) com os demais que nem presta atenção a si mesmo(a)? Vamos fazer um teste? Pare de ler por um instante e faça este pequeno exercício:
É bem provável que você tenha se identificado com este retrato. Se for assim, eu lhe pergunto: e quanto a você mesmo(a)? Você usa esta habilidade para se ouvir também ou está sempre tão preocupado(a) com os demais que nem presta atenção a si mesmo(a)? Vamos fazer um teste? Pare de ler por um instante e faça este pequeno exercício:
- Feche os olhos e pense na última vez em que você parou e se permitiu ter tempo/espaço suficientes para ouvir seu corpo, sua mente e suas emoções. E, mais ainda, se permitiu agir para atender as suas necessidades. Visite este momento (caso o encontre) e tente reviver o que sentiu naquela ocasião.
Porque não prestamos atenção a nós mesmos?
Se você não conseguiu lembrar de um momento assim, saiba que não está sozinho(a). Infelizmente, esta é uma dificuldade comum na vida de muitos de nós. A verdade é que boa parte das PAS está tão completamente focada nas outras pessoas, que tende a se colocar sempre em último lugar. Esta atitude tem, é claro, muitas razões, nem todas ligadas ao traço da alta sensibilidade. Porém, podemos sim, encontrar nas características comuns ao traço, muitos comportamentos que podem levar os altamente sensíveis a negligenciarem a si mesmos. Entre eles:1. Dar muito e receber pouco
Esta é uma queixa bem comum entre as PAS.
Grande parte dos altamente sensíveis sente que dá muito de si, que se esforça muito pelos demais e que, em troca, recebe muito pouco. Existem muitas razões que podem nos levar a agir assim: o desejo genuíno de ajudar, a empatia inerente ao traço, a aversão ao conflito, etc. Mas, é preciso deixar claro que esta atitude pode, também, ser motivada por uma baixa autoestima, que leva a pessoa a acreditar que precisa dar – e dar sempre – para poder receber afeto e atenção. Neste caso, a pessoa espera que os outros lhe forneçam a aprovação e o sentido de valor que não é capaz de dar a si mesma. E, portanto, sacrifica suas necessidades próprias em função do outro como uma maneira se sentir valorizada. Claro que qualquer pessoa que viva para se doar terá grande dificuldade em prestar atenção a si mesma e às suas próprias necessidades.
Uma outra armadilha para as PAS vem do grande desejo de se encaixar e de serem aceitas. O medo de desagradar aos demais pode levar estas pessoas a viver continuamente usando suas “antenas” para captar aquilo que é esperado delas e irem se adaptando a estas demandas, sejam elas reais ou imaginárias. Estas PAS tendem a atuar de modo camaleônico, negando seus verdadeiros desejos e sentimentos para agir da maneira que acreditam que as outras pessoas esperam delas. Por conta disto, vão, aos poucos se afastando do seu eu verdadeiro e perdendo, a cada dia, a capacidade de ouvir a si próprias.
Um dos grandes obstáculos que os altamente sensíveis podem enfrentar nesta tarefa de reconhecer e ouvir a própria voz está, como dissemos antes, nos sentimentos de baixa autoestima e na crença no não merecimento. Quando não reconhecemos nosso valor como pessoa, passamos a depender totalmente da aprovação alheia para nos sentirmos bem conosco mesmos. Nestas situações passamos a viver em estado de alerta, preocupados em esconder aquilo que consideramos nossas “falhas”, como uma forma de nos protegermos das críticas.
Grande parte dos altamente sensíveis sente que dá muito de si, que se esforça muito pelos demais e que, em troca, recebe muito pouco. Existem muitas razões que podem nos levar a agir assim: o desejo genuíno de ajudar, a empatia inerente ao traço, a aversão ao conflito, etc. Mas, é preciso deixar claro que esta atitude pode, também, ser motivada por uma baixa autoestima, que leva a pessoa a acreditar que precisa dar – e dar sempre – para poder receber afeto e atenção. Neste caso, a pessoa espera que os outros lhe forneçam a aprovação e o sentido de valor que não é capaz de dar a si mesma. E, portanto, sacrifica suas necessidades próprias em função do outro como uma maneira se sentir valorizada. Claro que qualquer pessoa que viva para se doar terá grande dificuldade em prestar atenção a si mesma e às suas próprias necessidades.
2. Sentir-se responsável pelos demais
Um outro aspecto do dar em demasia, que também faz parte do repertório de muitas PAS, é o sentimento de ser responsável pelas outras pessoas – pais, filhos, cônjuge, amigos, todos enfim. Neste caso, antes mesmo de procurar perceber quais são as suas próprias necessidades, estas pessoas se dedicam àquilo que (julgam) serem as necessidades alheias e se apressam a resolver a situação pelas outras pessoas. Estamos aqui, novamente, diante de um problema de autoestima, já que, o que estas pessoas buscam, na verdade, é sensação de se sentirem úteis e valorizadas e com isto, evitar lidar com as suas próprias carências e com o medo de não ser “boa o suficiente”.
3. Viver em modo adaptativo
Uma outra armadilha para as PAS vem do grande desejo de se encaixar e de serem aceitas. O medo de desagradar aos demais pode levar estas pessoas a viver continuamente usando suas “antenas” para captar aquilo que é esperado delas e irem se adaptando a estas demandas, sejam elas reais ou imaginárias. Estas PAS tendem a atuar de modo camaleônico, negando seus verdadeiros desejos e sentimentos para agir da maneira que acreditam que as outras pessoas esperam delas. Por conta disto, vão, aos poucos se afastando do seu eu verdadeiro e perdendo, a cada dia, a capacidade de ouvir a si próprias.
Como escutar-se sendo altamente sensível?
Esta é uma pergunta de uma importância extrema. Isto porque uma das grandes chaves para a gestão do traço da alta sensibilidade é, exatamente, a escuta ativa das próprias necessidades e interesses. E faço questão de destacar o termo “escuta ativa”, já que se trata não apenas de se escutar, como, e principalmente, de ser capaz de agir para satisfazer as próprias necessidades. Isto implica em priorizar-se e aprender a colocar-se no centro da própria vida. Acontece, porém, que depois de tanto tempo negligenciando a si mesma, este pode se tornar um aprendizado relativamente difícil para muitas PAS.Um dos grandes obstáculos que os altamente sensíveis podem enfrentar nesta tarefa de reconhecer e ouvir a própria voz está, como dissemos antes, nos sentimentos de baixa autoestima e na crença no não merecimento. Quando não reconhecemos nosso valor como pessoa, passamos a depender totalmente da aprovação alheia para nos sentirmos bem conosco mesmos. Nestas situações passamos a viver em estado de alerta, preocupados em esconder aquilo que consideramos nossas “falhas”, como uma forma de nos protegermos das críticas.
A boa notícia é que a autoestima não é algo estático, que a gente tem ou não tem. A nossa autoestima tende a aumentar à medida que aprendemos nos sentirmos confortáveis em nossa pele. E você pode ir construindo este sentimento à medida que aprende a prestar atenção a si mesmo(a) e a atuar em função do seu próprio bem-estar. Como? se permitindo aqueles pequenos prazeres para os quais nunca tem tempo, estabelecendo e respeitando os seus limites e, sobretudo, aprendendo a conhecer a pessoa que você realmente é e não aquela que, você acredita, que os outros querem que seja.
Portanto, a chave para aprender a ouvir a si mesmo(a) está em perceber seu valor e reconhecer o seu direito a ser ouvido(a) e respeitado(a), exatamente como você é.
Portanto, a chave para aprender a ouvir a si mesmo(a) está em perceber seu valor e reconhecer o seu direito a ser ouvido(a) e respeitado(a), exatamente como você é.
ATENÇÃO: Isto não quer dizer que você seja perfeito(a) e não deva se esforçar para melhorar como pessoa. Todos podemos crescer e mudar. Porém, este crescimento precisa ocorrer de acordo com os seus próprios termos e não como uma maneira de agradar (ou satisfazer) as outras pessoas.
Se você quiser saber mais sobre como lidar com estes e outros desafios da alta sensibilidade, CLIQUE AQUI e conheça o meu curso: Alta sensibilidade e você: conheça e aprenda a lidar. Tenho certeza que ele lhe ajudará a viver mais feliz com o seu traço.
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Beijos e bênçãos,
Texto Revisado
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Life Coach, especializada em Pessoas Altamente Sensíveis (PAS). Criadora do "Programa Ame sua Sensibilidade". Apaixonada por mitologia, religiões antigas, gatos, florais e fotografia. Mas, acima de tudo uma PAS, como você. Para saber mais sobre a alta sensibilidade, visite meu site: www.amesuasensibilidade.com.br E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |