Nesta direção, a ciência da saúde mental precisa evoluir para o estudo da memória extracerebral, que reúne um fantástico conteúdo de vivências pretéritas a serviço da verdade do indivíduo em tratamento psiquiátrico ou em acompanhamento psicológico.
A personalidade congênita ou o padrão comportamental que nos acompanha, foi construído durante as sucessivas vidas do espírito imortal, e quando nascemos, trazemos estes "registros" que se manifestam com o passar do tempo, independente de nossa vontade.
A regressão de memória no consultório do terapeuta habilitado, serve para acessar este arquivo de memórias em busca de fatos pretéritos que sintonizem com a dor psíquica ou física do indivíduo. O que hoje nos incomoda, geralmente tem uma ligação com uma ou mais vidas anteriores, podendo haver conexão com a infância da vida atual. Nesta lógica, a interconexão de fatos geradores de traumas psíquicos, repercutem na dor que motiva a procura por ajuda terapêutica, e este processo precisa ser investigado desde a sua origem que encontra-se registrado na memória extracerebral.
À medida que o indivíduo se conscientiza de que o seu problema tem uma origem antiga com uma conexão atual, a experiência regressiva acrescenta qualidade e lucidez no processo de elaboração, porque as emoções revivenciadas na regressão, geralmente provocam uma catarse de energias emocionais represadas há muito tempo.
A ciência da saúde mental precisa reconhecer que o autoconhecimento passa pela natureza espiritual do ser dotado de inteligência e livre arbítrio, pois, são as energias sutis que nos acompanham desde tempos imemoriais, que definem o indivíduo na sua vivência atual. O corpo físico é apenas um detalhe que abriga temporariamente este conjunto de energias invisíveis. No sentido dos corpos sutis somos a consequência do que fomos, e este "resultado" necessita ser estudado e investigado com o olhar de um obstinado cientista que busca acima de tudo, a verdade.
As "marcas" das vidas anteriores, encontram-se acessíveis e à disposição para agregar conhecimento e qualidade no processo terapêutico. Em pleno século 21, quando assistimos um importante salto de qualidade na tecnologia e na medicina, vemos a saúde mental ainda arraigada a concepções de forte influência materialista, sendo que a porta de entrada para uma visão mais ampla do comportamento humano, encontra-se à sua disposição.
Muitas somatizações estão relacionadas a experiências pregressas. As fobias e a síndrome de pânico, por exemplo, são as psiconeuroses mais associadas às sintonias de fatos traumáticos do passado, como óbitos repentinos em acidentes, afogamentos, homicídios, guerras, entre outros.
A depressão também apresenta alto índice de sintonia com vidas anteriores, e o conhecimento do fato através da regressão de memória tem demonstrado que muitas pessoas conseguem superar, ou no mínimo, administrar com mais lucidez as suas crises depressivas.
A partir da segunda metade do século passado, surgiram escolas terapêuticas que lidam com a investigação do inconsciente além da situação intrauterina, e quando a investigação é associada à psicoterapia realizada por terapeuta habilitado, os resultados surpreendem pela clareza das informações que emergem da memória extracerebral.
Como registrou o teólogo Teilhard de Chardin, "Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana.
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |