Posso dizer que há uma estreita – se não fundamental – relação, ainda que o leigo possa desconhecê-la.
As pessoas muitas vezes acreditam que há uma simplicidade no método de preparo das essências de cristais, que torna o processo quase banal, estando à disposição de qualquer pessoa. Ainda mais pelo fato dos cristais não perecerem, diferentemente das flores, que tem uma vida curta, energeticamente falando.
Água, atuação do Sol, eventualmente da Lua, cristal imerso por algumas horas, e está pronta a essência! O desconhecimento do caminho verdadeiramente percorrido até a obtenção final de um frasco de solução estoque de um cristal leva a resultados variados, conforme quem o prepara.
O processo alquímico tem a ver com etapas que envolvem desde o despertar da consciência do cristal para o trabalho a que ele servirá, até ao grau de consciência do alquimista que o prepara, passando pelo equilíbrio necessário para permitir que o processo se complete adequadamente. Um conjunto de fatores atuando em sinergia.
Antigos textos alquímicos orientam na direção do preparo interior do alquimista, através de um treino e auto controle necessários para se atingir um estado de consciência que lhe permita entrar em sintonia com a matéria que se transmutará em essência. Na verdade, um estado alterado de consciência, em que o alquimista atua em dois ou mais planos simultaneamente.
Assim, é possível enxergar padrões que podem estar ocultos em nossa visão tridimensional.
A palavra VITRIOL, comum de ser ouvida entre os alquimistas, é um acrônimo em Latim, significando “Visite o interior da Terra para encontrar a pedra secreta”. Nesta frase, a metáfora fala da imersão interna, através da qual alquimistas mais conhecidos, como Paracelso, em estados alterados de consciência conseguiram acessar conhecimentos de medicina muito além do tempo em que viveram, por exemplo.
Os iniciados entendem que todo conhecimento está contido em nós, bastando aprender a lê-los para se ter acesso aos mesmos.
No entanto, muitos simplesmente desconhecem a importância efetiva da imersão nesses estados alterados de consciência, relegando-os, quando o fazem, a algo relacionado a recreação e não um despertar interior.
Longe disto, a própria descoberta do código genético, o DNA, por Francis Crick, biólogo de Cambridge, se deu enquanto este estava em um estado alterado de consciência, conforme ele mesmo mencionou.
Então, qual a ligação entre a alquimia e o preparo de essências de cristais?
Posso afirmar que, tudo aquilo que, conduzido a um estado de simplicidade após ter sido experimentado em imersão profunda, leva a um procedimento operacional que é visto pelo leigo como algo simplista.
O mergulhar no interior da estrutura molecular de um cristal pode ser uma experiência única, em um caminho desvendado em longo percurso, que pode lembrar a longa queda de Alice na toca do coelho, para despertar em um mundo de maravilhas. Na qual nem todos se arriscam, mas muitos tem o grande desejo de conhecer, sem a angústia que o despertar da consciência traz. Como dizia Heiddeger, “ter consciência das coisas é uma forma de angustiar-se”. Porque consciência pressupõe responsabilidade.
E todo bom alquimista sabe desta condição e não a subestima. Afinal, o cristal despertado em sua consciência irá promover em diferentes aspectos o despertar da consciência daqueles que vão tomar sua essência.
Pensem nisto!
Texto Revisado
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Terapeuta floral com pós graduação pelo IBEHE/UERJ e sintonizadora do sistema de essências de cristais e flores Florais de Lara. Autora dos livros Elixires de Cristais, A cura dos chakras com cristais, A essência dos cristais e metais, entre outros. Atendimento online, leitura das cartas terapêuticas e preparo de sua fórmula pessoal. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |