Existe a Cultura do Super homem e Super mulher.
Sempre bem resolvidos, bem-sucedidos, sem fracassos, sem dificuldades de nenhuma espécie.
Qualquer questão não é desafio a ver conquistado, é fonte de culpa é vergonha.
Como se a simples condição de sermos Humanos, já não trouxesse consigo múltiplas fragilidades.
Tal como o Pato, fazemos mau diversas atividades, não somos especialistas em nenhuma delas.
Voamos graças a asas emprestadas, andamos distâncias graças a rodas, nadamos graças a barcos, ou seja, dependemos de "prolongações", objetos de Poder para superar nossas fragilidades.
A sociedade exige de nós, bancar os fortes e insensíveis, é que nunca precisamos de nada.
Fontes de Dar, nunca de receber.
Receber algo se tornou vergonhoso, fato humilhante, sinal de fraqueza, portanto de incapacidade.
Mas se observamos uma planta, ela tem raízes fortes e formas que lhe dá sustentação, mas também finas, frágeis que trazem nutrientes do solo ao caule.
Tem galhos fortes e firmes que sustentam galhos menores repletos de folhas que captam o ar e transforma gás carbônico em oxigênio que respira e carbono que usa para crescer.
As folhas são frágeis se comparadas com os galhos, uma folha nova é mais delicada que uma mais velha, que se fortaleceu na sua breve vida.
Uma pétala de flor, tem uma grande delicadeza se comparada com uma folha mais antiga e até uma folhinha recém-nascida.
Na mesma planta, há aspectos fortes, formas e outros delicados e flexíveis.
Não é possível separá-los e invalidar qualquer um deles por não ser forte o suficiente...
O que é ser forte? Perante o quê?
O que é ser frágil? Comparado com o quê?
Por que demonstrar delicadeza, flexibilidade, adaptabilidade é tipo pela sociedade como indesejáveis?
Porque exigimos rigidez, fortaleza, rudeza, invulnerabilidade como sendo sinônimos ou fonte de sucesso?
Mas buscamos a delicadeza da empatia, carinho, atenção, sensibilidade de acolhimento nas relações.
Não é incoerente isto?
Não nos permitimos sermos sensíveis e ter delicadeza no trato com o outro e conosco mesmos.
Sofremos por não conseguirmos ser este ideal de sobre humanos, quando devíamos nos ficar no que nos faz humanos, uma certa vulnerabilidade, sensibilidade e delicadeza...
Por que ainda normalizamos uma sociedade predadora, rude, guerreira, sem empatia, sem demonstrações de afeto, de Amor, que não se importa com os demais nem com o meio onde vive.
E como somos frágeis perante o Ambiente...
Basta nos faltar ar, água, calor, alimento para mostrarmos...
Assumir nossa delicadeza é estratégia de sobrevivência, torna-nos capazes de receber nos estabilizando, em alguns momentos fortes e doadores e em outros ternos, delicados, receptores...
Ser Sensível e Delicado como uma pétala de flor é Virtude e não fragilidade...
Ser duro e forte como um espinho nem sempre é desejável...
Texto Revisado
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Ingrid M. Friedrich (CRT 44680) Atua com Psicoterapeuta Alquimista e Junguiana- Conselheira Metafisica, Mediúnica e Profissional-Terapeuta Breve-Lado Sombra, Reprogramação Autoimagem, PNL, e técnicas em sincronícidade, como facilitadora no processo do autoconhecimento, em busca de melhor qualidade de vida. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |