Escultores dizem que suas esculturas já estão dentro do bloco de mármore e só lhes cabe remover os excessos e revelar sua verdadeira forma e beleza.
Assim somos nós, nascemos sem forma, pedras brutas, e absorvemos o que nos dizem quem devemos ser para que nos amem e tenhamos sucesso na vida, que representam a sujidade do meio sobre a pedra e suas imperfeições que a tornam opaca.
Então nos cabe ao seguirmos pela vida, ao nos tornarmos adultos, descobrirmos quem desejamos Ser e como desejamos viver e não apenas sobreviver, e vamos removendo o que já não mais desejamos conservar.
Uma pedra bruta pode continuar na Natureza por milhares de anos e se manter tal como é, e não há nada de errado nisto, pelo contrário, é o destino natural para a grande maioria das pedras, estarem ocultas no solo, mas montanhas, no subsolo.
Mas algumas pedras são encontradas por joalheiros, lapidadores, escultores, artesãos e sob dados capazes são iluminadas...
É uma escolha a ser feita por cada um de nós, se permanecemos pedras como a maioria, cumprindo sua função natural, ou se iluminar e sofrer com todo o processo de "revelar" sua verdadeira “forma e beleza" ocultas, se lapidando, buscando sua melhor expressão a cada dia.
Conter os impulsos primitivos que já não mais nos convém manter e remover as "sujidades" obtidas no atrito com a vida, na terra.
E isto exige tanta dedicação, consome tanta energia, comprometimento, que não sobra tempo nem vontade de julgar o processo de outros, ou se comparar se achando superior ou se sentindo inferior ou atrasado em relação a alguma referência idealizada.
Estamos ocupados demais na autorrevelação de nossa nobreza.
E se sairmos deste plano, um pouco melhores em termos de humanização, de quando entramos, já terá valido a pena ter percorrido esta jornada.
E se tornar transparente, ser quem se é, sem se envergonhar disto ou se culpar por ainda estarmos no início de nosso trabalho de revelar nosso melhor à humanidade...
Se iluminar é este processo de lapidação, alguns estão na lavagem inicial, outros sofrendo o atrito do esmeril, outros no acabamento, mas tal como as pedras, são únicos e originais, de valor único, tal como podem e conseguem ser, iluminando-se aos poucos, sendo transparentes...
Mas quem banca sua transparência?
Poder ser visto tal como é, até seu centro mais íntimo, ao menos para seus próprios olhos...
Autoconhecimento e autorreflexão gerando autointimidade e busca de revelação do seu melhor aspecto, fazem parte deste processo de lapidação que só pode ser realizado de dentro para fora, e nunca de fora para dentro, como foi feito nos anos iniciais de nossa vida.
Só nós estamos dentro de nós mesmos para saber onde a como dói e onde já dá para lapidar e onde é melhor não mexer neste momento, pois pode causar cisão, nos fragmentar.
Só a própria pessoa pode se lapidar...
As pessoas externas são o cinzel, esmeril, Lucas, mas não o lapidador, o iluminador.
Nosso processo só cabe a nós mesmos, nosso mestre interior, nosso Espírito Maior e não o mestre externo, que não sabe lidar com as tensões internas que temos o nosso grau de resiliência...
São raríssimos os Michelângelos e as pedras por eles escolhidas para serem lapidada.
A maioria das pedras na Naturezas são lapidadas pelo Tempo e pela Vida.
Tenhamos paciência e muita compaixão ao nos submetermos ao processo de nós iluminar, de exibir nossa transparência bela.
Texto Revisado
Compartilhe
Ingrid M. Friedrich (CRT 44680) Atua com Psicoterapeuta Alquimista e Junguiana- Conselheira Metafisica, Mediúnica e Profissional-Terapeuta Breve-Lado Sombra, Reprogramação Autoimagem, PNL, e técnicas em sincronícidade, como facilitadora no processo do autoconhecimento, em busca de melhor qualidade de vida. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |