Não vou citar seu nome, porque já citaram demais e em respeito a família e ao espírito, mas este é apenas mais um caso, de uma lista enorme, que só aumenta com o tempo.
Eu tinha resolvido não falar nada a respeito, mas após ter assistido a glamourização que estão dando ao caso, como se isso que ocorreu fosse um ato do destino e afirmações de que o espírito está muito bem; após o sucedido, resolvi me pronunciar.
Isso não é verdade! Tenho uma boa experiência com pessoas que passaram para o outro lado da vida antes do tempo e uma enorme experiência com aqueles que se foram, no momento apropriado.
Em ambos os casos, pela intensidade das emoções, nenhum de nós ficaria bem, mas alguns, justamente aqueles que antecedem as coisas, ficam piores.
Nenhuma pessoa que comete esse ato fica bem do outro lado, tenha certeza disso e essa consequência não tem nada a ver com a pessoa ser boa ou má.
Tem a ver com o estado mental que já não era bom em vida e só vai piorar, após o desencarne.
As pessoas das redes sociais estão vendendo a ideia de que quem comete esse ato se sente em paz e aliviado, após o ocorrido. Isso não é verdade!
Por favor, jamais acredite nisso! Além de não ser verdade, essa mentira incentiva pessoas em estado depressivo a ter vontade de também cometer esse ato extremo.
Se for o seu caso, não faça isso, porque nada vai melhorar, principalmente quando você descobrir que a vida sempre continua.
Vou te passar o que é real, de acordo com as minhas experiências e você pode ter certeza de que sei muito bem como as coisas acontecem, tanto que em 2012 fui avisada pela espiritualidade de que iria fazer a passagem antes do tempo e que precisaria retornar e passar por tudo novamente, mesmo que os motivos que estavam adiantando esse momento fossem sinceros.
E sabemos que os motivos que levam pessoas a desistirem da vida sempre são muito sinceros.
Eu escrevi um livro sobre este assunto, Magid. O encontro com um anjo, onde relato todo caminho que percorri, para estar ainda desse lado, até hoje.
As vezes estamos nos matando, mesmo sem perceber e esse era o meu caso e até entender que existem outros caminhos para percorrer, foi só decepção e sofrimento, até que eu acordei dessa ilusão.
Em relação a esse senhor, o que o levou ao ato extremo não foi nenhuma seita e sim a sua condição mental e a incapacidade de continuar bancando um personagem, que ele não conseguia mais manter.
Essa mania de nos mostrarmos fortes para os outros, juntos com esses títulos de mestres, professores ou doutores, servem apenas para nutrir a nossa mania de superioridade.
Sinceramente, meus amigos me chamam de Ro e é assim que gosto de ser chamada.
Se me chamar de mestra, doutora ou qualquer outro título espalhafatoso, nem respondo!
Meus alunos me chamavam de “Pro”, que é uma mistura de professora e de Ro. Ai fica bacana! Fora disso, me chame de Rosana mesmo, que está bom demais!
No caso do Daniel, segundo o que contam, o que o motivou a procurar uma seita, foi a sede de poder e foi essa mesma sede, que o motivou a procurar a luz.
Esse foi o real problema. O que ocorre é que tanto a luz quanto as trevas, não aceitam meios termos.
Os caminhos da magia, seja ela branca ou negra, são parecidos, mas diferentes.
Entrar na magia negra é fácil. Sair da magia negra é difícil.
Entrar na magia branca é muito difícil, mas depois que estiver dentro, ninguém quer sair.
Quem procura poder nas trevas, está atrás de materialidade e poder sobre os outros.
Quem procura poder na luz, está atrás de espiritualidade e poder sobre si mesmo.
O caminho para ter poder em si mesmo obriga a pessoa a entrar em contato com seu lado sombra e isso exige muita humildade, resiliência, sinceridade, empatia e silêncio, até que o buscador encontre um ponto de equilíbrio.
Quando estamos em contato com a luz, precisamos nos afastar de tudo que nos faz lembrar das trevas.
Podemos cair muitas vezes, nos desequilibrando, mas sabemos que podemos nos levantar.
Infelizmente, este senhor sucumbiu no começo da caminhada. A maioria sucumbe, por falta de apoio, independente da pessoa ser boa ou má.
Enquanto o neófito não for aceito, dependerá de si mesmo, para persistir e passar pelas provas. Só depois de aceito, é que a ajuda vem.
Algumas perguntas são comuns, nesse estado de coisas, então vamos entender melhor, esse tipo de situação, com algumas respostas.
Após praticar o ato extremo, o espírito se sente aliviado?
De forma alguma. Mesmo por que ele precisará permanecer mais tempo aqui na crosta, para gastar toda a energia do corpo físico. Enquanto o corpo físico não estiver totalmente decomposto, ainda poderá atrair o espírito para perto dele.
Quando ocorre a passagem por doença física no tempo devido, o espírito ainda sentirá todas as dores e os sintomas daquilo que o levou a deixar o corpo, até que possa se resgatado para um hospital extrafísico.
Enquanto permanecer junto aos encarnados, a doença persistirá. O espírito recém-chegado sente fome, sede, frio e sente ainda vontade de fazer as necessidades físicas.
Quando se aproximam dos parentes e de qualquer outra pessoa encarnada, podem transmitir os mesmos sintomas, para essas pessoas. E para que se mantenha entre os encarnados, precisará sugar a energia de todos.
No caso daqueles que cometeram o ato extremo, além de tudo isso, o desespero em saber que nada terminou, os faz se sentirem muito pior.
Uns se arrependem imediatamente e outros, perdem a consciência de quem são.
Alguns aceitam o resgate para os hospitais espirituais e outros, preferem ficar vagando sem destino, mas a dor dos que ficam, continua.
As seitas podem exigir rituais macabros?
Seita pode tudo e já vimos vários casos que acabaram muito mal, como em Jonestown, a seita de Jin Jones que causou o maior desenlace coletivo da história, onde dezenas de pessoas acabaram com a própria vida, influenciadas por um fanático.
Mas no caso em questão, sendo que essa seita tenha sede nos EUA, creio ser muito improvável que façam algo com crianças, sem que as autoridades percebam. Mais improvável ainda, que estando no Brasil, algum membro tenha agido contra esse senhor.
Por tudo o que foi divulgado, ele nunca manifestou nenhuma opinião que abalasse os alicerces da sua antiga seita, então é bem improvável que eles tenham participado desse ato extremo.
O mais provável mesmo, é que uma profunda depressão o tenha motivado a terminar com a vida física, mesmo que ele aparentasse estar muito bem.
Seja como for, o que nos cabe é mandar pensamentos luminosos para todas as pessoas que já atentaram contra a própria vida ou que ainda estejam com esse sentimento.
Se você conhece alguém que esteja precisando de ajuda, peça que essa pessoa procure um psicólogo, um médico para tomar os remédios cabíveis e só depois, que procure ajuda terapêutica.
Religião quase nunca funciona, fora que em alguns casos, a pessoa deprimida acaba se sentindo muito pior, depois de falar com um religioso, sempre com aquele sermão de culpa, de espíritos malignos e aquele pensamento medieval.
É fundamental que você pratique alguma atividade física, em especial Yoga, Taichi Chuan, musculação, step, dançaterapia.
É essencial que você arrume alguma coisa que dê prazer à sua alma, como canto, pintura, artes em geral.
Ultimamente todos têm se sentido solitários, então tente se entrosar com os vizinhos ou faça uma nova graduação ou uma pós, para ter um objetivo positivo em mente.
Tente encontrar alguma forma de socializar com pessoas positivas e se você não encontrou nenhum curso bacana para frequentar, talvez seja você o professor que iniciará esse curso!
Não desista! Eu fiz um vídeo onde falo bastante sobre o lado espiritual das pessoas que desistem da vida, respondendo várias perguntas.
Siga o meu canal no youtube: https://www.youtube.com/@rosanaferch
Texto Revisado
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Oraculista, sensitiva e escritora. Se dedica aos estudos de anjos, baralhos e tarots antigos, ministra cursos de oráculos, neurolinguística. Desenha mandalas e cria perfumes mágicos em seu atelier. Autora do livro Magid - O encontro com um anjo. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |