Aprendemos pela observação, tentativa, erro e repetição até obter a estratégia mais funcional, e nosso subconsciente passa a repeti-la sem nova análise, economizando energia.
E para nosso conforto e segurança emocional, passamos a usar estas soluções como pilares de nossa personalidade.
Mas, já percebeu o quanto estamos dependentes da repetição de uma mesma sequência de eventos, de uma rotina estabilizadora?
Acordar na mesma hora todo dia, se preparar para o trabalho ou escola, seguir o relógio etc.
Mas algo quebra a rotina, entramos de férias, fomos demitidos e a repetição diária é quebrada.
No primeiro momento, a reação é a do fim de semana, um alívio, mas logo entramos em desajuste emocional, a mente enlouquece.
Nem percebemos que tínhamos uma rígida disciplina rodando no subconsciente que foi desestruturada e isto nos causa um abalo enorme, por uma simples quebra de rotina.
Se diz que na passagem, vamos a cidades astrais semelhantes ao plano terreno, porque precisamos da mesma rotina daqui, para não surtarmos, e absorver lentamente que já não temos fome, basta pensar em um destino e lá chegar.
Alguns tem facilidade em flexibilizar sua rotina, e modificar comportamentos pilares de sua identidade, outros podem levar um grande tempo para se adaptar a nova realidade.
O mesmo acontece no plano terreno, como conseguimos reprogramar nosso subconsciente, sermos flexíveis, líquidos ou mesmo voláteis, conforme os desafios das circunstâncias, ou somos fixos como rochas que não se modificam?
O quanto dependemos de nossa rotina para ter estabilidade mento-emocional?
E como treinar para romper com esta rigidez?
Modificar a ordem das atividades, retirando as da ação inconsciente, para as tornar conscientes, fruto de discernimento e escolhas lúcidas.
Mudar o caminho rotineiro, feito sem se perceber, por condicionamento, buscando novas possibilidades, inclusive de comercio onde adquirir as compras, e incluir novos tipos de refeições, sabores, odores, atividades...
E aceitar que a quebra da rotina estabilizadora emocional, nos causa incomodo, gera contrariedades, nos deixa de péssimo humor, tudo nos chateia.
Não são as pessoas nem eventos que nos perturbam, é a quebra da rotina que nos oferece conforto.
Por isto Jung afirmava, que o grande perigo que corre alguém que conheceu a Paz Interior é buscar a Solidão, para não abrir mão deste estado interno pacificado, de serenidade, onde existe grande conforto na estabilidade harmônico psíquico.
Estar em uma rotina, onde operamos pelo subconsciente, economiza energia, mantém a homeostase, e por isto relutamos romper com nossos pequenos hábitos, que controlam nossa vida, ao invés de que nós, como Gestores de nossa vida, os controlarmos.
Eles nos mantem reféns do conforto que nos proporcionam, mas muitas vezes é um conforto tóxico, muito desagradável, que nos mantem no esforço de sobrevivência a qualquer custo, mas sem forças de romper com o hábito, pessoas ou locais.
Ao mudar inicialmente os pequenos hábitos, criamos "musculatura" para romper com os hábitos pilares que nos impedem de obter maior qualidade de vida, de sair da vida inconsciente, autônoma, para a vida lúcida, consciente, atenta, no domínio das atitudes, sensações, sentimentos e pensamentos rompendo com suas rotinas.
Compreender o quanto nossa rotina, mesmo que não funcional, desagradável é responsável por nos dar estabilidade mento-emocional, e pela ansiedade de nossa rigidez frente ao romper com a mesmo nos afeta, já é um bom início, para gerar novas estratégias de soluções aos eventos, que não nos perturbem tanto, reduzindo a necessidade do mesmismo para manter nosso equilíbrio interno.
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Ingrid M. Friedrich (CRT 44680) Atua com Psicoterapeuta Alquimista e Junguiana- Conselheira Metafisica, Mediúnica e Profissional-Terapeuta Breve-Lado Sombra, Reprogramação Autoimagem, PNL, e técnicas em sincronícidade, como facilitadora no processo do autoconhecimento, em busca de melhor qualidade de vida. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
