Por que tememos a morte?

Autor Flávio Bastos - [email protected]
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Por que o homem teme tanto a morte, esse mistério que amedronta-o desde tempos imemoriais? Por que a experiência do "fim", do "perder a vida" e do "expirar", como definem os dicionários, provoca tanto medo e até mesmo pavor no ser humano?

Dois espíritos iluminados que ajudaram o homem a conhecer-se um pouco melhor, através de suas mensagens que ficaram registradas na história, contribuiram significativamente para a evolução da consciência humana. Um deles, o filósofo Sócrates, disse: "Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo!". O outro, o profeta Jesus Cristo, revelou: "Conheceis a verdade e a verdade vos libertará!"

Traduzindo, o que quizeram dizer esses dois importantes personagens da existência humana sobre o planeta? A mesma coisa, ou seja, que é através do conhecimento de nós mesmos que desvendaremos o mistério da nossa existência que é a verdade do espírito!

Por outro lado, à medida que desconhecemos a nós mesmos, isto é, a nossa verdade essencial, alimentamos nossos medos internos e entre eles, o mito da morte. Portanto, nada mais "normal" quando definimos através de nossos dicionários o conceito de morte como sendo "fim", porque tudo o que desconhecemos, tememos, e o que tememos por causar-nos sofrimento a sua lembrança, esquecemos ou apagamos da memória.

Nós, ocidentais civilizados, não estamos preparados para as mortes repentinas ou para os desaparecimentos prematuros. Esses fatos nos chocam e nos comovem. Sentimos a "perda" como algo abstrato que não compreendemos e, que muitas vezes, atribuímos à fatalidade ou ao azar.

Portanto, dependentes da cultura do medo da morte que nos acompanha desde os mais remotos tempos como sendo um trauma a bloquear a passagem do conhecimento impedindo um melhor nível de compreensão, permanecemos órfãos e ignorantes de seu profundo significado, vindo buscar na religião e na filosofia, algo que explique a nossa angústia.

E para compreendermos a morte temos que compreender o significado da vida porque, ciclicamente, uma coisa está relacionada à outra. E compreender o significado da vida requer perceber o nosso verdadeiro papel inserido nela, porque apesar de sermos parecidos não somos iguais, pois representamos capítulos à parte na história da humanidade.

Quando começarmos a compreender o verdadeiro significado da vida como sendo o exercício do amor em todos os seus níveis humanamente possíveis, estaremos, naturalmente, processando e, acima de tudo, sentindo o que a vida representa para o espírito e que a evolução é a nossa meta.

Somente perderemos o medo da morte quando o seu significado estiver bem claro para nós. E quando chegarmos a esse nível de compreensão, estaremos aptos a entender que vida e morte se confundem na transitoriedade que tais conceitos representam, pois tudo não passa de uma continuidade em que o principal objetivo é o existir de uma forma cada vez mais lúcida e consciente em nome da prática do bem, através da caridade e do amor fraternal para com todos os seres da natureza.

"A tua vida não termina no túmulo. Com esta consciência aprende para a eternidade, reunindo valores que jamais se consumam. Toda lição que liberta do mal se incorpora à alma, como força de vida indestrutível. Fosse a morte o fim da vida, sem sentido seria o universo. A criação se esmaeceria e o ser pensante estaria destituído de finalidade. Tudo, porém, conclama o ser à glória eterna, à continuidade do existir, ao progresso incessante. Estuda e trabalha sem cessar, com os olhos postos no teu futuro espiritual, vivendo alegre hoje, e pleno, sempre".
Joana de Ângelis

Psicanalista Clínico e Interdimensional.
flaviobastos

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
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