A BELEZA ESTÁ NOS OLHOS E NA ALMA DE QUEM VÊ
Autor Ivan Maia Fernandes
Assunto Almas GêmeasAtualizado em 9/16/2020 4:06:18 PM
A noção de feio ou bonito oscila ao sabor dos tempos, nas idades e fases da vida, nas diferentes modas, influenciada pelo marketing e pela mídia, nos inúmeros países, estados, cidades, comunidades e "tribos".
O que ontem era bonito, hoje poderá ser feio e amanhã, novamente, bonito. Todos nós já rimos muito vendo fotos antigas: dos cortes de cabelo, das calças de cintura alta e boca de sino, sapatos plataforma... E sabemos o quanto nos achávamos bonitos naqueles antigos "slides". E os carros? Quem já não achou um Chevette ou um Passat lindos? E hoje?
O mais bonito índio Terena talvez não faça sucesso desfilando pela praia de Ipanema. O tipo físico da mulher americana, de seios fartos e bumbum batido, não agradará os brasileiros tanto quanto aos seus conterrâneos, ou melhor, não agradava, pois nunca se aplicou tanto silicone, aliás, uma clara amostra de como o padrão de beleza muda ou pode mudar.
A Natureza é sábia e, por mais "feios" que sejamos, haverá sempre alguém a nos achar "bonitos". O que é belo para um, para outro não é. A beleza não está no objeto em si, mas nos olhos de quem vê. Certo, mas não podemos restringir nossa breve análise apenas aos aspectos físicos.
Temos muitos corpos e o mental e o emocional influenciam diretamente na nossa aparência. Se tudo é energia, uma pessoa negativa, de mal com a vida, pessimista, mal humorada não consegue passar uma imagem boa, pois existe uma "feiura" interior. Cuidado: a primeira impressão é a que fica!
No contato das auras percebemos a energia da pessoa e uma roupa bonita não consegue esconder o que aflora. A simpatia ou antipatia, de graça, por alguém, pode ser explicada até por lembranças, boas ou ruins, de relacionamentos em vidas passadas. Quando criança achava minha avó e tia-avó as mulheres "mais lindas do mundo". Popularmente diz-se: quem ama o feio, bonito lhe parece... Não que elas fossem feias, eram bonitas idosas, marcadas pela vida, mas eu as admirava com os olhos do coração...
Segundo o Dr. Joshua David Stone, "Quanto mais evoluídos formos, mais níveis de aparência somos capazes de perceber e de levar em conta".
Hoje consigo perceber a beleza da flor, do sorriso enrugado num rosto idoso, do gesto de carinho, do bebê recém-nascido todo amassado e arroxeado e do rosto suado do trabalhador braçal. Sinto a presença de Deus em tudo que me cerca e dentro de mim. E me emociono... Há dez anos isso não me tocaria da mesma maneira que agora. O que mudou? Estou míope ou algo parecido? Não, ainda não preciso usar óculos, mas acho que ganhei outros olhos... Olho de uma maneira diferente. Olho além do físico, com os olhos da alma. Olho com amor, e isso sim faz toda a diferença... O amor altera a percepção de quem se dispõe a ver, indo além do olhar corriqueiro...
É com amor, com a alma, que conseguimos captar a imensa beleza que existe em cada imagem, em cada ato de vida. O pior cego, então, não é o que não quer ver, mas o que não quer sentir ou não consegue expandir sua visão para os níveis mais elevados ou sutis, transcendendo o limitado, moldado, influenciado e viciado sentido da visão.
Ivan Maia Fernandes
Texto revisado por Cris
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