A imobilidade da consciência!
Atualizado dia 06/03/2016 09:44:41 em Almas Gêmeaspor Paulo Salvio Antolini
Uma das definições de consciência é a “capacidade que o homem tem de conhecer valores e mandamentos morais e aplicá-los nas diferentes situações” (Michaelis).
É também a percepção imediata da própria experiência, sem parcialidade. A experiência apenas como ela é.De forma simples podemos dizer que ego é a percepção que se tem de si mesmo. O ego é necessário, pois nos personaliza. É por sua existência que se estabelece a individualidade de cada um.
Observem que nas duas definições aparece o termo percepção.
Se a pessoa observa suas experiências através das lentes do ego, ela verá os elementos que a atingem em sua personificação. Se considerar elogiosos se sente engrandecida e reconhecida; “Ela está com o ego inchado”; se considerar critica a verá como negativa e como uma agressão a si mesma, desencadeará reações aversivas, será reativa. “Ela tem um ego muito forte” significa que é uma pessoa de difícil trato. Que é necessário pensar duas vezes o como falar com ele para evitar que ela se melindre e tenha reações indevidas, agressivas, impositivas.
A imobilidade da consciência é o impedimento de ampliação do campo de percepção do que está sendo vivido. Não é necessário ser ostensivamente agressivo para estar nessa condição. A pessoa pode ser muito educada, bem relacionada, não se indispõe com ninguém, porem sobre determinado assunto não “há cristão” que a demova de sua ideia fixa a respeito. Todos podem falar, ela ouve, mas não escuta. Se não escuta não irá refletir no que foi dito. Sente que sua razão é o que há de mais correto e que as demais pessoas é que não estão percebendo o que (só) ela percebe.
Já escutaram a frase “não há argumentos que a demova de sua posição”? Isso ocorre exatamente porque todos os argumentos ditos não foram escutados em nenhum momento, mesmo que ela diga que sim. Portanto, não foi raciocinado. A pessoa não seu a oportunidade de refletir verdadeiramente no que foi exposto.
Medo, insegurança, necessidade de se auto afirmar para não sentir “o mundo ruir a seus pés” são algumas das razões para isso, Também o comodismo de não ter que se aventurar em um mundo de reflexões que poderão gerar modificações em sua vida.
Paremos um pouco aqui. Quantas vezes já escutamos de alguém ou mesmo já dissemos: “quero mudar!”? Para que isso possa acontecer é necessário ampliar a capacidade de se perceber as coisas. Quando se percebe algo que antes não era notado também necessariamente essa nova visão exigirá uma postura diferente da mantida até então. Em muitas situações o ego barra, pois o reconhecimento passa a ser visto como o “dar o braço a torcer”. Visto dessa forma a pessoa sente que perdeu. A situação é vista como uma batalha e como tal terá um vencedor e um perdedor.
A vida é muito mais do que perder ou ganhar. Atrevo-me a dizer que é só o ganhar, quando visto “pelos olhos da consciência”. A percepção ampla e desprovida de julgamentos, não atingirá o orgulho e, portanto, não haverá ego ferido, só aprendizagem e crescimento.
Duas pessoas. A primeira recebe a orientação de seu supervisor como uma repreensão e uma bronca. Pode até fazer como ele explicou, mas não conseguirá ir além. A segunda recebe como uma facilitação, alguém lhe ensinando “o caminho das pedras”. Deslanchará em grande velocidade não só nessa tarefa, mas nas atividades subsequentes. Mobilizar a consciência é exercitar a humildade e ganhar flexibilidade, o que possibilitará ter uma postura mais adequada frente às muitas situações que são vividas. Ser humilde é ser simples. Não complicar as coisas. Grande erro quem ainda pensa que ser humilde é ser menor, é ser menos.
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