Apatia coletiva!
Atualizado dia 08/12/2018 07:22:23 em Almas Gêmeaspor Paulo Salvio Antolini
Tenho reparado que as pessoas ao falarem de algo o fazem de forma empolgada, dando uma impressão de que há uma grande motivação direcionada ao que estão falando, mas, na sequência, percebo que a ação, o ânimo demonstrado no discurso não corresponde. No falar é bom e empolgante, mas quando se trata de realizar, há um esvaziamento de energia que induz ao não fazer.
Em tempos onde os esforços realizados não obtêm os estímulos correspondentes, não trazem os reconhecimentos merecidos, os contextos vão se tornando mais e mais “brochantes”.
Se algo a que dedicamos tantos esforços não tem repercussões mínimas necessárias à realimentação do fazer, então, a desmotivação se instala.
Um povo desmotivado, desencantado da vida, torna-se uma massa de fácil manejo e domínio. Quase como “zumbis”, as vidas passam a ser vividas de forma automatizadas. “Faço porque é para fazer”. “Vive-se porque é para viver”. Objetivos de vida? Apenas a sobrevivência.
Parece pesado e exagerado?
É pesado! É chocante! Chega a ser cruel. Exagerado? Pode ser. A resposta passa a ser individual. Cada um tem que parar para analisar sua vida e ver como a está vivendo.
Cadê suas motivações, o que realmente é empolgante e traz a alegria ao despertar? Qual o sentido de sair da cama ao amanhecer?
Bom lembrar o enriquecimento das indústrias farmacêuticas com a produção de antidepressivos. E o que é a depressão senão um estado de apatia que vai tomando a pessoa e tirando dela o interesse pelo viver? Então, podemos também dizer, sem medo de estarmos exagerando, que estamos vivendo uma época onde grande parte da população está vivendo uma depressão. Uma época de depressão coletiva!
A ideia que ontem era ótima, hoje já não tem mais atrativos. O que ontem parecia animador, hoje é comum e desinteressante.
Vícios, sejam eles quais forem, consumo exagerado e de coisas desnecessárias, gerando endividamentos, desorientação geral, sem se saber para onde deve ir, para onde canalizar seus esforços e obter melhores resultados. Momentos raros de satisfação, tristeza que insiste em permanecer.
Se este é um quadro semelhante ao que está vivendo, mudá-lo é um exercício diário, que se inicia na percepção das frustrações que estão sendo vividas e tem continuidade na proposta interior de transformar-se, pois a vida tem sim coisas ótimas a serem vividas.
Infelizmente, tem sido vendido a nós que a vida é como um conto de fadas, um mundo de fantasias onde tudo ocorre com grandes facilidades e quase nenhum esforço. O descrito acima ocorre da percepção que o despertar traz.
O despertar é a visão de que a vida não está sendo como foi anunciado!
A vida não é uma “estória da carochinha”, ela é real e como tal deve ser vivida. Não há milagres, não há resultados virtuais.
Texto Revisado
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