Aprendizes do amor
Atualizado dia 2/14/2015 2:32:29 PM em Almas Gêmeaspor Adriana Garibaldi
A pratica do Ho’oponopono nos ensina isso de forma simples numa única frase que, se repetida, produz milagres.
Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo... te amo.
Saber amar é reconhecer nas criaturas à nossa volta o direito de errarem, de pensarem de forma contrária às nossas expectativas, olhar os outros com os olhos repletos de amor, mesmo que às vezes nos seja difícil mantermos o controle das nossas próprias imperfeições que nos isolam das pessoas num castelo chamado ego.
Aprendemos cedo a julgar e a termos medo, dificilmente a amar.
Aprender a amar é um processo, uma construção que se ergue passo a passo, ate conseguirmos ter aceso ao amor total dentro de nós, transformando-nos na sua própria qualidade.
O amor emana de todo nosso ser quando aprendemos a reconhecer esse vínculo com a nossa melhor parte, como algo sagrado e luminoso, uma energia curadora.
Sendo pouco a pouco capazes de desbloquear nossos dispositivos internos que nos distanciavam da fonte de nossa alma, quebrando as algemas da resistência, começando a enxergar amor onde minutos antes tudo nos parecia um grande vazio.
Como disse antes, o cultivo do amor é um processo, movimentado através de ações simples e constantes, uma forma de olhar diferenciado, um ajustar da lente da nossa visão interna que requer prática e determinação...
Todos somos portadores dessa luminosa qualidade de alma em abundância, somente nos falta habilidade para acionar o interruptor e iluminar nossa escuridão, permitindo que o amor flua de dentro para fora e toque os outros.
Um aprendizado que deveria ser feito na infância onde somos muito sensíveis ao entorno, mas infelizmente, quando os pais se mostram distantes ou ausentes, alimenta-se o medo na criança, não o medo dos pais especificamente, mas da distancia, do vazio que é formado, quase que um abismo do sem palavras, ou poucas expressões de ternura.
Quando a distância fica grande demais e a gente é muito pequeno para ver algumas nuances, as pequenas coisas, os pequenos gestos nos passam despercebidos, e ficamos imaginando como se aquele ser à nossa frente a quem devemos respeito se transformou numa personagem estranha, alguém que nos faz sentir rejeitados, ignorados.
A idade vai avançando e após muitos anos e experiências vividas, reparamos, ao olharmos para trás, coisas pequenas, e outras grandes, então, começamos a dar valor às pequenas sutilezas, porque pareceria que o sentido de observação fica mais profundo e conseguimos dar uma nova dimensão as coisas, vendo o que ontem não estávamos em condições de perceber, vendo o amor nos pequenos gestos de nossos pais ,gestos que tinham sido ignorados.
Surgem as recordações, já não mais escancaradas em cartazes de protesto, onde costumamos nos arvorar como grandes sofredores, ou grandes injustiçados e iniciamos um processo de ver em verdade aos outros sem nosso habitual véu de ignorância
"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se a gente parar pra pensar, na verdade, não há.
Canta Renato Russo
Deixemos o amor fluir, fazendo com que alcance aqueles que caminham a nosso lado enquanto temos tempo de fazê-lo.
Criemos laços mais fortes que não sejam esquecidos, e assim, não teremos que ler tanto, nas entrelinhas das ações, para tentar descobrir o amor que sempre esteve camuflado pelo medo, pelas inibições do sentir e disser o que se sente.
Somos ao final, aprendizes do amor, guiados por alguns bons professores que, de tempos em tempos, cruzam nosso caminho para nos ensinar.
É necessário ficarmos atentos a isso, porque afinal a vida na Terra é uma oportunidade rara e costuma passar como uma rajada de vento por nossa eternidade, com um único e fundamental propósito, aprendermos e ensinarmos a amar.
Texto Revisado
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