As crianças e as redes sociais!
Atualizado dia 12/6/2015 6:14:39 PM em Almas Gêmeaspor Paulo Salvio Antolini
“Os pais que incentivam as crianças a se produzir e “postar” fotos nas redes ou até mesmo criam perfis para estas crianças estão certos ou errados? É saudável para os pais e para os filhos isso?”. Certo ou errado é resultado de julgamento. Então, a melhor colocação é o quanto os pais estão sendo adequados na exposição que fazem de seus filhos. O excesso com certeza não é benéfico a nenhum dos dois.
“Ouve-se falar que pais que enfeitam os filhos nas redes e fazem com que eles queiram aparecer são, na verdade, frutos de frustrações. Isso é verdade?”. Vivemos um momento em que o se projetar, se destacar dá a quem o faz uma sensação de poder e importância, daí o exagerar na exposição. Muitas vezes está baseado apenas na falsa necessidade de que só será reconhecido e admirado se estiver em destaque. Falsa necessidade porque foi incutido pelos apelos midiáticos, que são os grandes ganhadores disso tudo. Quem o faz tem uma boa dose de autoafirmação nesse comportamento.
“As crianças de hoje estão preparadas para este mundo das redes sociais?”. Os educadores estão passando às crianças esses valores. Elas estão absorvendo e agindo dessa forma, deixando de lado valores muito mais importantes, como convivência com seus amiguinhos, compartilhar de coisas praticas e concretas, se socializarem presencialmente como é expresso hoje. Após algum tempo os mesmos pais que assim agem cobram de seus filhos outras responsabilidades que eles mesmos não passaram aos pequenos.
“Até que ponto os pais devem expor seus filhos nas redes?”. O bom senso é o melhor indicador de limites. Nos dias atuais está havendo uma confusão entre ser sociável e manter privacidade. A consequência é a desqualificação do ser humano e a perda de respeito e amor próprio que isso gera. É grave.
“Crianças que iniciam sua vida nas redes influenciadas pelos pais, tendem a ser menos ativas que crianças que são proibidas de utilizar facebook, instagram e afins?”. Ser ativa ou não é uma característica de cada pessoa. O que ocorre é que cada um vai canalizar essa energia para o foco que lhe é dado, portanto, mesmo as crianças que abusam do uso desses meios também são ativas, porém com resultados nem sempre desejáveis.
“Qual o conselho geral para pais que gostam de expor seus filhos ou para crianças que utilizam as redes sem limites?”. Essa pergunta já contém a resposta: ter limites. Não há fórmulas ou receitas que funcionem, pois estaríamos padronizando vidas, estabelecendo dogmas. Porém é necessário que as pessoas reflitam no que realmente lhes é importante. Há um conflito entre Ego e Consciência. Comparações, disputas, sobreposições são alimentos do primeiro. Reconhecer em si mesmo o que lhe garante consistentemente o desenvolvimento pessoal e consequente transmissão a seus dependentes significam uma depuração e aprimoramento dos valores humanos.
Quando falamos sobre o permitir às crianças o acesso a esses meios sociais, estamos falando também de quem permite: os pais ou responsáveis pelas crianças. Em grande parte das vezes essas permissões advêm da busca dos pais de “sossego”. As crianças se distraem e deixam os adultos mais sossegados. Elas canalizam a atenção para os aparelhos e passam horas distraídas.
Esses comportamentos dos adultos desenvolvem nas crianças uma canalização de suas atenções que fogem ao aprendizado que existe nas salas de aula. São situações viciantes e que vai gerar grande dificuldade futura, para todos.
Tudo que ganha proporções de exagero é maléfico ao ser humano.
Avaliação: 5 | Votos: 2
Visite o Site do autor e leia mais artigos.. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Almas Gêmeas clicando aqui. |