Atos Extremos!
Atualizado dia 27/03/2016 10:36:15 em Almas Gêmeaspor Paulo Salvio Antolini
Eis a incoerência que se estabelece: a fraqueza para o enfrentamento desencadeando a força para o gesto que lhe representa o ponto final. Covardia e coragem, as duas faces da mesma moeda... A falta de acolhimento, de respeito e críticas constantes são fatores externos que contribuem para tal gesto. A falta de autoestima, o medo da não aceitação dos que os cercam, o não conseguirem se aceitar em suas escolhas, suas responsabilidades, são fatores internos que favorecem a busca da saída mágica.
No mundo moderno, a banalização da vida humana, a falta e distorção de valores tornam essa ocorrência muito mais comum. Atitude tresloucada e de pleno desequilíbrio, mesmo quando cuidadosamente planejada não deixa de ser um estado de mente adoecida, onde as ideias se fixam no ato crucial e o raciocínio só se permite funcionar no calcular frio e detalhista para a pratica do mesmo. Condutas como sexo inconsequente, drogas, hostilizações, praticas que atentam às leis e normas da família e da sociedade, conflitos internos como assumir seus sentimentos e emoções, uma manifestação sexual contrária a esperada pelo meio: a homossexualidade e muitos outros fatores podem desencadear este gesto. A falta de amor, a opressão, o rompimento gradativo do que lhe é importante, a incompreensão não só dos outros, mas própria também são “fertilizantes” de uma mente que só identifica na morte a melhor saída.
A fragilidade para enfrentar o dia a dia com todas as responsabilidades das escolhas feitas e suas consequências, o sentir a vida como uma agressão a si mesmo leva então ao ato crítico, autoagredindo-se e revidando a agressão da sociedade com a própria morte. Aos que ficam, o surgimento de um sentimento de culpa que poderá se arrastar para o resto da vida, e muitas vezes essa foi a intenção do suicida: penalizar o outro. Mas é importante que se saiba que por mais que se possa ter errado com a pessoa que se matou, a opção pela morte é do próprio suicida. O desejo de morrer expressa a grande vontade de se colocar um ponto final nas situações que estão perturbando, fazendo sofrer, desequilibrando. É o querer interromper a dor, seja ela qual for. Observar as pessoas em todas as faixas de idade, realmente enxergar quem está ao seu lado possibilita perceber que algo não está bem com ela e dá a condição de procurar então acolhê-la, e assim permitir que ela possa se expor sem críticas, o que poderá ser a interrupção dessa jornada que muitos iniciam e grande número atinge seu destino: o próprio fim!
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