Bossa Nova Mesmo é Ser Presidente
Autor Paulo Rubens Nascimento Sousa
Assunto Almas GêmeasAtualizado em 10/24/2014 2:31:27 PM
Ontem à noite em conversa de botequim, discutíamos o segundo turno das eleições para presidente do Brasil perdi a paciência com aquelas falácias todas e falei irritado, estamos a beira de um desastre político, o povo brasileiro é um povo acomodado, vadio e preguiçoso, um povo medíocre que não assume responsabilidade por si e exige que outros assim o façam por eles, um povo rico, em um país de dimensões geográficas continentais, de múltiplas riquezas naturais e que vive uma cultura de desperdício e descaso, um país de sacoleiros, que não tem alto estima e amor próprio, que vive saqueando a própria mãe, para comprar "drogas", a cultura da dependência.
Um povo com um passado histórico, entrecortado de abusos, espolio, e toda a sorte de idiocrasias sociais, encurralados a latrina do primeiro mundo. "O gigante adormecido", com seus filhos já barbudos de fraudas e chupeta embalados em berço esplendido de preguiça e de falta de atitude adulta, responsável. Um povo de solo farto, de sol risonho e frutos fartos que apodrecem de tantas possibilidades perdidas e desperdiçadas. Parafraseando Pero Vaz de Caminha: "Aqui, em si plantando, tudo dá.", sinalizando já na descoberta do Brasil que seriamos o celeiro do mundo.
Hoje moro numa grande cidade do norte de Santa Catarina, e é triste ver, "a galera", os jovens completamente alienados, desprovidos de qualquer consistência intelectual ou senso crítico. Parecendo fantoches de forças completamente acéfalas, ou melhor desencabeçadas de qualquer liderança política ideológica consistente, que os possa desenvolver senso critico e ações sociais de mudanças políticas que os garanta justiça social, desenvolvimento econômico e os coloque numa sociedade justa e digna daquilo que chamamos de cidadania. Não muito diferente do restante do Brasil, temos uma juventude mutilada por um processo histórico político que mutilou nossa juventude, alienando-os e matando no ninho qualquer liderança política ideológica que pudesse surgir e assim mudar a cara do Brasil, e o transformá-lo em um país livre e justo. Hoje temos um povo inexpressivo no campo cultural, intelectual, político e social, que reproduzem gritos de ordem feito papagaio de pirata, levado por esse ou por aquele motim que se forma aqui e acolá sem efeito de causa.
o processo eleitoral que vivemos é uma grande sintomatologia que pode nos indicar o quanto estamos doentes. Estamos a beira de uma ecatombe política no Brasil, porque estamos viciados a ver novela na Globo e achamos que nossa vida é a novela das oito, onde todo mundo pauta e molda seus modelos de vida, construindo um país de uma gente passiva e acomodada que espera cair do céu as respostas e as soluções para os seus problemas. Somos um país muito doente, sem força, macrocítico e hipocrômico, sem cor, sem cara e sem identidade, e assim, singramos o oceano da vida na nau dos insensatos, onde os símbolos e instituições de poder digladiam entre si de maneira burra e hipócrita, é como se configura o "Estado", com suas forças representativas, sem poder e sem ordem e sem progresso, feito baratas tontas. Criando leis e burocracias descabidas que não servem para nada, nem pra limpar a cloaca de quem as fez. Como um país de "analfabetos portadores de diplomas de terceiro grau", vamos querer ter outra situação melhor, outras opções partidárias, políticas, se somos coniventes e fazemos apologia ao erro e assim vivemos e conveniamos o errado como certo?
Será o princípio do fim?
Chegamos ao fim de uma era, a era do coronelismo e das grandes ditaduras, mas corremos como trem descarrilado para darmos defronte ao grande paredão do fim da linha, para lugar nenhum. Grandes homens, grandes ideias são advento de pessoas de qualidade, conectadas com seu tempo e com sua história. Somos frutos de um processo criminoso que aniquilou todas as nossas chances, nos liquidando no ninho. Somos um povo sem cara e sem atitudes profundas sem acabativa e assertividade. Este é um momento de reflexão, de parar pra pensar nosso lugar em nosso tempo, em nossa História, em nossa casa, nossa família, nosso país. Ta na hora de cada um assumir sua maior idade e responsabilidade por seu patrimônio planetário, regional, pessoal e tomar seu lugar ao Sol. Grandes Homens, grande Histórias nascem de atitudes e grande ideias. Pessoas adestradas, são preguiçosas, passivas e conformadas, pessoas educadas se levam e transformam o mundo a sua volta, se o mundo está ruim a culpa também é sua, então para de viver na "novela das oito" e assuma o papel principal da sua vida e quem sabe na próxima eleição você não esteja mais preocupado no dilema de quem votar, mas, talvez preocupado com sua candidatura por um partido político no qual você possa fazer a diferença e um mundo melhor.
Termino cantarolando: "bossa nova mesmo é ser presidente, desta terra descoberta por Cabral, para tanto, basta ser tão simplesmente, simpático risonho..." - é Juca chaves parece que não mudou nada mesmo, da pra cantar o mesmo refrão, a trilha sonora é a mesma. Aquele abraço a todos.
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PSICOTERAPEUTA JUNGUIANO, ATUA COM HOMEOPATIA, TERAPIA FLORAL E FITOTERAPIA. PROFESSIONAL E SELF COACHING E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Almas Gêmeas clicando aqui. |
