Crença e ceticismo: eterna disputa
Atualizado dia 6/24/2016 10:01:55 PM em Almas Gêmeaspor Leandro José Severgnini
Porém, a disputa continua. Líderes religiosos se digladiam, se desmentem e o homem humilde e sincero que deseja ardentemente a predominância da fé racional banhada de bom exemplo se frusta e questiona: “Quem devo seguir”? “Quem, de fato, representa a verdade”? “Porém, o que é a verdade”? Afinal, cada um e todos dizem estar com a verdade.
Pode parecer presunção de minha parte, mas quero afirmar que, sim, existe um caminho, um caminho sem margem de erro! E posso dar-lhe o nome de quem você deve seguir: o grande mestre, o grande instrutor chama-se amor! Ah, posso imaginar como a tarefa das religiões teriam sido coroadas de êxito se ao invés de criar dogmas e sugerir a imagem perniciosa de um Deus vingativo e punidor, se ao invés disso elas tivessem sido ensinadas a amar incondicionalmente, a desenvolver a empatia, a revestir-se de compaixão e distribuir afeto a todos os seres sencientes.
Não é necessário criar dogmas, arrastar multidões, convencer descrentes, tampouco entrar em embates filosóficos com cientistas positivistas – convenhamos, a religião jamais provará a existência de um Ser Superior e a ciência jamais provará o inexistência dele. Só há uma forma de resolver a questão: desenvolver um nível supremo de amor e compaixão, até que a nossa vibração superior nos coloque em sintonia com o movimento criador cósmico. Alcançando isso, você alcançará a experiência máxima de uma consciência transmaterial e imortal, uma experiência que supera qualquer conhecimento positivista, uma experiência que te coloca além de qualquer conhecimento acadêmico. O conhecimento puro só pode vir da experiência, não de escrituras ou tratados.
Neste ponto, o inesperado acontece: você não sentirá qualquer necessidade de convencer quem quer que seja. Só entra em embates e lutas doutrinárias para convencer alguém justamente aquele que ainda não está convencido daquilo que defende. É por isso que sacerdotes e políticos existem: inconscientemente eles não querem convencer o outro, eles querem convencer a si mesmos! Mesmo que, supostamente, eles convençam “o outro”, eles não se dão por satisfeitos, eles passam a buscam um terceiro indivíduo para ser convencido, afinal, o fato de ter convencido alguém ainda não foi o suficiente para convencer a si próprio.
A luta termina quando você percebe que a máxima moral a ser atingida é praticar o amor, a empatia e a compaixão com quem quer que seja e onde quer que esteja. Afinal, se você quer de fato mudar o mundo em que habita, não é necessário estar à frente de uma religião ou de um partido político, você pode começar em sua própria casa, com os seus vizinhos ou com um animalzinho de rua. Como? Distribuindo amor, empatia e compaixão! De disputas já estamos cheios.
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 3
Palestrante espiritualista e escritor. Autor dos livros intitulados "Dias de Luta, Dias de Glória", "Liberdade - Nada Menos Que Tudo" e "Em busca do infinito". E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Almas Gêmeas clicando aqui. |