Liev Nikoláievich Tolstói
Autor Marcos Spagnuolo Souza
Assunto Almas GêmeasAtualizado em 12/01/2015 11:03:01
Lev Nikoláievich Tolstói conhecido como Léon Tolstói nasceu no dia 9 de setembro de 1828 e faleceu en 20 de novembro 1910. Suas obras mais famosas são Guerra e Paz sobre as campanhas de Napoleão na Rússia e Anna Karenina denunciando o ambiente hipócrita da época.
Com a morte prematura dos pais, foi educado por preceptores. Em 1851, na juventude, o sentimento de vazio existencial levou-o a alistar-se no exército da Rússia. Durante esta época bebia muito, perdia muito dinheiro no jogo e dedicava muitas noites para encontrar com as prostitutas.
No final da década de 1850, preocupado com a precariedade da educação no meio rural criou uma escola, para filhos de camponeses. Ele escreveu grande parte do material didático e, deixava os alunos livres, sem excessivas regras e sem punições.
Em 1862, casou-se com Sônia Andreievna Bers, com quem teve 13 filhos. Durante 15 anos, dedicou-se intensamente à vida familiar. Porém, o casamento com Sônia seria repleto de distúrbios e brigas. Foi nessa época que produziu os romances Guerra e Paz e tambem Anna Karenina.
Era atormentado com questões sobre o sentido da vida e, após desistir de encontrar respostas na filosofia, na teologia e na ciência, deixou-se guiar pelo exemplo da vida simples dos camponeses, a qual ele considerou ideal. A partir dessa época iniciou um período que ele chamou de sua "conversão".
Seguindo os ensinamentos cristãos recusou a autoridade de qualquer governo organizado e de qualquer igreja. Criticou também o direito à propriedade privada e os tribunais e pregou o conceito de não-violência. Para difundir suas idéias dedicou-se, em panfletos, ensaios e peças teatrais. Deixou de beber e fumar, tornou-se vegetariano e passou a vestir-se como camponês. Convencido de que ninguém deve depender do trabalho alheio passou a limpar seus aposentos, lavrar o campo e produzir as próprias roupas e botas. Suas idéias atraíram um séquito de seguidores, que se denominavam "tolstoianos". Não recebeu os direitos autorais dos livros que viria a escrever, só voltou a querer utilizar este dinheiro quando precisou angariar fundos para transportar para o Canadá uma comunidade de camponeses perseguidos pelo governo.
Para Tolstoi, os Estados, as igrejas, os tribunais e os dogmas eram apenas ferramentas de dominação de uns poucos homens sobre outros. Afirmava que suas teses se baseavam na vida simples e próxima à natureza dos camponeses e no evangelho e não nas teorias sociais de seu tempo.
Tolstoi dizia que Deus estava nas próprias pessoas e em suas ações e Jesus foi a pessoa que melhor soube exprimir uma conduta moral que gerasse justiça, felicidade e elevasse espiritualmente a todos os homens.
No livro "Sonata a Kreutzer", ele mostra uma tendência a exaltar o celibato, porém o escritor ainda teve filhos depois desta obra. Pouco antes de sua morte, seus amigos o aconselharam a se retratar com a Igreja, este porém, recusando-se.
Palavras de Tolstói: Os ricos fazem tudo pelos pobres, menos descer de suas costas. Enquanto houver matadouros, haverá campos de guerra. Todos pensam em mudar o mundo, mas nibguém pensa em mudar a si mesmo. O homem pode viver 100 anos na cidade sem perceber que já está morto há muito tempo. A felicidade é estar na natureza, ver a natureza e conversar com ela.
Passou a ser vigiado pela polícia do czar. Devido a suas idéias e textos, foi excomungado pela Igreja Ortodoxa russa, em 1901. Alguns de seus amigos e seguidores foram também exilados. Tolstoi somente não foi preso porque era adorado em todo o mundo como um dos maiores nomes da arte de seu tempo.
Sua família, especialmente a mulher Sônia, cobravam-lhe os luxos e riquezas aos quais estavam acostumados. Os filhos davam razão a mãe, a quem Tolstói amava e que ameaçavam se matar quando o escritor fazia menção de abandonar a casa.
Sônia, que havia lhe dedicado a vida, cobrava que o escritor deixasse para ela, em testamento, os direitos autorais das obras que fez na fase final de sua vida. Tolstoi, por sua vez, elaborou um testamento secreto, no qual passaria todos os direitos autorais a um tolstoiano de nome Chertkov, que tornaria sua obra pública.
Aos 82 anos de idade, Tolstoi decide, enfim, fugir de casa e abandonar a família para largar aquela vida na qual ele não mais acreditava. Nos trens e nas estações por que passava, era reconhecido por todos, já que era o homem mais famoso da Rússia. Devido a sua preferência em viajar em vagões de terceira classe, onde havia frio e fumaça, contraiu uma pneumonia, que foi agravando rapidamente. No dia 20 de novembro de 1910, morreu durante a fuga, de pneumonia, na estação ferroviária de Astapovo, província de Riazan.
O trem funerário que trazia seu corpo foi recebido por camponeses e operários que viviam próximos à propriedade dos Tolstoi. Seu caixão foi carregado seguido por uma multidão de 3 a 4 mil pessoas. O governo de São Petesburgo proibiu a vinda de trens especiais de Moscou que trazia milhares de pessoas para o enterro. Sua morte foi noticiada nos principais jornais do mundo.
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