NO DESMANCHE DA CARNE SOMOS TODOS IGUAIS!
Autor Maria Lúcia Pellizzaro Gregori
Assunto Almas GêmeasAtualizado em 6/26/2008 6:49:43 PM
De que adianta você se vangloriar de seus títulos, de seu patrimônio financeiro, de sua beleza física, de sua inteligência, de suas conquistas, da superioridade que você acha que possui?
Todo conhecimento que adquirimos, todo o dinheiro que conseguimos ter, toda a malhação e plástica que transformam o corpo físico numa escultura, toda capacidade de raciocínio lógico, tudo que pensamos ou fazemos está diretamente ligado ao universo particular de todos os seres.
Nada é só nosso!
Estamos misturados em conceitos, em julgamentos, acusando, defendendo, estamos cheios de afirmações e contradições, de verdades e mentiras, de certo, errado, virtudes, defeitos, enfim, vamos navegando em imensas balsas repletas de exemplares únicos de várias espécies, com um destino também único, embora cada embarcação faça seu itinerário próprio, use seu tempo da forma mais conveniente para o interesse de seus tripulantes.
Mas todos, um dia, chegarão num destino que foi pré-escolhido, individual e coletivamente, passo a passo, com toda liberdade, embora muitos ainda não se dêem conta dessa realidade.
Somos responsáveis por todos os desdobramentos que uma atitude possa ter. Já passou o tempo em que uma inconsciência infantil nos isentava dessa responsabilidade.
Classificar os seres por uma importância material apenas, armar uma escada onde os degraus mais altos estão reservados para aqueles que aparentemente são mais merecedores do que outros, é ancorar valores numa base muito frágil que pode não se sustentar por muito tempo.
As árvores mais altas têm raízes mais profundas.
O mesmo acontece conosco.
Quando procuramos conhecer a complexidade da existência, quando nos empenhamos em expandir nossos conhecimentos, entendendo a universalidade da vida, abrindo mão de um orgulho exacerbado e tentando vencer o medo que temos de perder nossa bússola de ponteiros viciados num norte que pode ser apenas aparente, nós conseguimos equilibrar um pouco mais a dimensão das nossas frágeis verdades pessoais.
As histórias se repetem, mudam apenas os protagonistas. Os palcos estão cheios de encenação e toda peça tem um pedaço que já experimentamos de alguma forma. Toda criação é única, mas ao mesmo tempo está vinculada a um movimento contínuo vindo de um princípio que já não conseguimos alcançar.
Crescer não significa ser maior do que o outro, mas ser maior do que você mesmo a cada dia.
O que todos nós queremos é alcançar uma sensação de paz e felicidade, mas sabemos que vamos encontrar caminhos difíceis, cheios de ruas sem saída.
Quando isso acontecer podemos voltar e recomeçar do ponto anterior.
A meta é uma só, mas você pode fazer quantas curvas quiser para enriquecer sua jornada ou pode apenas desperdiçar um tempo que poderia ser aproveitado de forma mais altruísta.
Precisamos ir mais fundo e mais longe, precisamos alimentar nossa sabedoria, mesmo que durante algum tempo a sensação seja de estar seguindo pegadas anteriores, não importa, desde que acreditemos nelas.
Não entre no disfarce pensando que você é mais.
O que faz diferença é a edificação interior.
Se você fica só com a matéria lembre-se:
NO DESMANCHE DA CARNE SOMOS TODOS IGUAIS!
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