O AMOR E A COMUNICAÇÃO EMOCIONAL II
Atualizado dia 6/2/2010 3:06:29 PM em Almas Gêmeaspor José A Bonilla
Ilustremos tudo isto com um exemplo. Três jovens estão interessadas num mesmo homem, sendo que cada uma desenvolve estratégias diferentes para atingir seus objetivos de conquista. Quem vencerá? Uma delas, Isabel, é das "avançadas", faz insinuações, fala claramente sobre suas experiências sexuais, usa roupas provocantes e, assim, sucessivamente. Tenta conquistar o candidato usando o sexo como isca. A segunda, Geralda, é uma típica mulher "séria", de família respeitável. Se tiver oportunidade, o convidará com um pedaço de bolo ou outro manjar feito por ela, mas se ele tentar abraçá-la meio que perigosamente, ela o afastará até uma distância suficientemente mais segura.
As duas, por vias diferentes e opostas, tentarão conquistá-lo, mas elas não estão interessadas, em saber quem é. Elas apenas gostam do que aparenta ser: um bom candidato.
Imaginemos que a escolha entre essas duas mulheres tão diferentes está difícil, quando então aparece a terceira interessada: Cláudia. Ela sabe que tem duas rivais com certo caminho adiantado, mas não se desespera. No lugar de tentar seduzir o galã com seus encantos, apenas conversa. Desta forma e perguntando em lugar de afirmando, vai conhecendo os interesses, os sonhos, os pontos sensíveis, os desejos ocultos dele. Com habilidade tipicamente feminina vai traçando, linha por linha, o mapa do coração amado.
Para que serve o mapa? Pois nem mais nem menos que para obter a esplêndida vitória final. Acontece que o conjunto de fatores que operam sobre os seres humanos, assim como a variabilidade das circunstâncias da vida neste instável mundo moderno, fazem com que certas decisões, desejos ou sonhos sejam adiados, devido ao medo dos riscos envolvidos.
Mas Cláudia é consciente disto e, graças ao seu mapa, sabe o que seu amado deseja, e ela aplica a comunicação emocional, ajudando-o a transformar em realidade aqueles desejos! Por exemplo, o candidato pode estar querendo estudar na Universidade, mudar de emprego, estudar os ensinamentos rosacruzes, aprender aeromodelismo, o que for.
Então, Cláudia aplicou o segredo; em lugar de falar e falar, em vez de saturá-lo com seus pontos de vista sobre isto e aquilo, em vez de lhe falar das teorias de Freud ou Jung, de Marx ou Marcuse, se limitou apenas a dizer-lhe o que ele queria ouvir. Ou seja, apoiar um desejo íntimo dele, mas de forma tão sutil que o jovem acreditou que a decisão era mesmo sua.
O importante a sublinhar aqui é que esse apoio sutil de Cláudia criou um vínculo indestrutível (aqui retorna a passagem da Bíblia: "O que Deus uniu o homem não pode separar"), pois conseguiu estabelecer a ponte mais difícil de estender entre dois seres humanos, especialmente se são homem e mulher: comunicação emocional.
Agora, Cláudia toma uma nova dimensão aos olhos do candidato, e ele começa a perceber uma coisa nítida, surpreendente e excitante: ela é diferente! A esta altura dos acontecimentos, a vitória de Cláudia é inevitável, é apenas uma questão de tempo, pois ele compreende que essa mulher diferente será a única capaz de lhe transmitir uma energia muito especial, que podemos traduzir facilmente por amor.
Neste ponto, a situação se inverte; ele percebe o quanto Cláudia é importante para sua vida futura, e irá procurá-la, não a deixando escapar. Se os dois são solteiros ou pelo menos legalmente livres, o casamento surgirá como uma solução perfeita. Do contrário, encontrarão alguma forma de conviver, de viver juntos, de se amarem, mesmo fora das normas estabelecidas. Eles, em qualquer hipótese, viverão numa filial do paraíso, pois nesse sagrado lugar não existem leis humanas nem registros burocráticos.
Na raiz desta história está uma grande verdade que deverá ser gravada a fogo na mente: a pessoa que se realiza afetivamente é aquela que diz ao parceiro o que este deseja ouvir e não o que ela deseja dizer. Assim sendo, falará menos e perguntará mais àquele, descobrindo desta maneira seus interesses e seus pontos emocionais mais sensíveis, o que permitirá - como a Cláudia - traçar o mapa do coração escolhido.
Com ele na mão, muitas vezes nem será necessário dizer uma palavra para atingir a comunicação emocional. Será suficiente com apenas olhar, olhar com verdadeiro e autêntico interesse. Este olhar se transmite e o outro o capta, ativando poderosamente o Intercâmbio.
OBSERVAÇÃO : O tema "A Comunicação Emocional e o Amor" continua no próximo artigo.
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 8
Professor José A Bonilla (Universidade Federal de Minas Gerais). Temas: A Arte de Amar e Ser Amado, Educação para a Vida e Vida Espiritual. Autor de 18 livros e 247 artigos científicos e de divulgação. Sete Cursos on line e livros serão disponibilizados brevemente neste site. E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Almas Gêmeas clicando aqui. |