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O AMOR É UMA ESCADA QUE VAI ATÉ O CÉU

Atualizado dia 14/07/2010 14:30:20 em Almas Gêmeas
por José A Bonilla


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Deus é, em princípio, indefinível. Ele escapa às conceituações humanas, impregnadas de intelectualidade. Deus só pode ser compreendido através da experiência pessoal, da vivência interna, da comunhão com as forças cósmicas, da harmonização com Ele. Mas, como a linguagem é a forma mais ampla de comunicação humana, quando desejamos expressar algo referente ao Ser Supremo às outras pessoas, temos que utilizar necessariamente aquele recurso.

Reconhece-se hoje em dia que Deus é um Ser além da compreensão humana, Todo-Poderoso, Onipotente, Onisciente, cheio de paz, amor, harmonia, abundância, saúde, beleza e prosperidade infinitas.

Dele emanam raios de insuperável serenidade, de belíssima luz, de fascinante alegria, que iluminam de uma forma fulgurante a vida de quem assenta nEle seus alicerces, de quem faz dEle seu guia, de quem se constitui em inefável gota de seu Oceano cósmico.

Na medida em que nossa evolução espiritual avança e progride, sentimos dEle seus primeiros vislumbres até chegar às incomparáveis experiências descritas pelos Mestres como Iluminação, ou seja fusão com a Consciência Cósmica, em cujo caso a personalidade humana conhece a suprema felicidade e a suprema sabedoria, através de sua reunião com o Criador, de sua vivência gloriosa da Unidade de vida e da percepção insofismável de que esta, apesar de sua multiplicidade aparente é, no fundo, uma única e majestosa Realidade.

O amor humano, esse maravilhoso fruto que todos desejamos, surge da necessidade que todos temos de superar a separatividade, que é justamente o oposto àquele sentimento de Unidade. Homem e mulher desejam se unirem, fundir-se, amar-se como uma primeira grande tentativa, como um primeiro grande ensaio daquela experiência suprema. Quem não é capaz de amar um homem, ou uma mulher, de carne e osso, não poderá dar o salto qualitativo e amar a Deus, em toda sua plenitude.

O amor humano abrange, pois, apenas os primeiros degraus da excelsa escada que se estende até alturas insondáveis. No primeiro degrau, a pessoa só ama a seu parceiro; no segundo, seu amor se expande um pouco para as outras pessoas, para a Natureza, para o Criador. E cada degrau aumenta a intensidade deste Amor, sem diminuir e sim ampliando o primeiro. Ou seja, na medida em que a pessoa tenha um maior desenvolvimento espiritual, poderá amar mais profundamente seu parceiro, simultaneamente com um amor mais amplo pela Vida em todas suas formas e manifestações.

Vejamos as coisas desde uma ótica ligeiramente diferente, apenas para explicar melhor. O amor é como uma escala musical, que vai desde a nota mais grave até a mais aguda, ou como uma substância química que pode ser sólida, líquida ou sutilmente gasosa, ou ainda como as cores, que vão clareando gradualmente desde o preto intenso até a branca neve. Na medida em que vamos desenvolvendo nossa espiritualidade, nossa comunhão com o Criador e as forças cósmicas, nosso amor pela Vida, iremos tendo sentimentos mais puros, mais sutis, mais harmônicos. E quanto mais puros, sutis e harmônicos eles sejam, também serão mais amplos, mais globais, mais universais.

O ser humano passa, assim, do vermelho do desejo sexual para o verde do amor erótico, e daí ao branco do amor espiritual. Da mesma forma que o amor erótico, ou seja, o amor genuíno entre um homem e uma mulher, não descarta sua fase anterior - desejo sexual apenas - e sim a incorpora, combinando-a com novos elementos, como carinho, compreensão, ternura, companheirismo e proteção, o amor espiritual não significa o abandono do amor erótico e nem do desejo sexual.

Apenas, ele colocará estes elementos em suas devidas posições dentro daquele contexto específico, ou seja, fará das experiências amorosas não só uma união física prazerosa, nem só uma relação amorosa de rico conteúdo - o que já é muito - mas sim conterá todas estas experiências junto com outras novas, através de uma fusão muito profunda entre os dois seres envolvida.

Ou seja: a experiência do Amor espiritual abrange, dentro de si, sublimadas a um grau conveniente - como se fossem seus ancestrais - as experiências mais densas do amor erótico e do desejo sexual de natureza animal.

Mas, nesta problemática, onde se coloca seu desejo de amar e ser amado, seu sonho de amor correspondido, seu objetivo de realização afetiva? Eles se colocam claramente no campo do amor erótico, do amor homem-mulher. Se fizermos as considerações anteriores, foi apenas com a intenção de mostrar que o amor erótico não é uma faixa especial de emoções e sim um espaço intermediário de sentimentos, que na sua fronteira inferior limita com o simples desejo sexual e na superior funde-se com o Amor Divino, impessoal.

Desejamos, através deste artigo em especial e durante todo o texto em geral, estimular sua capacidade de amar e dizer-lhe claramente que ela vibrará em iridescentes e variadas cores, quando sentir o coração amado palpitar junto ao seu, mas que o Amor não se esgota aí. Pelo contrário, seu coração fundido com o do parceiro formará uma unidade, a qual pouco a pouco irá aumentando sua harmonização com a Fonte Divina, até transformar-se em Unidade com Ela.

Isto não implica em abandonar o desejo de relação sexual nem de outras formas de amor físico e emocional. Significa, isso sim, uma integração plena com seu parceiro numa dimensão superior, através da qual poderão viver experiências do mais elevado nível ao qual o ser humano pode aspirar.

Mas isto é um desdobramento futuro, possibilidades em aberto, potencialidades disponíveis. Comecemos a trabalhar com o mais concreto, com sua "realidade de hoje". Talvez você esteja subindo apenas os primeiros degraus da escada evolutiva; tentar pular até o topo dela seria um vôo impossível, um ato insensato. Pois as escadas devem ser subidas degrau por degrau. Ou seja, é necessário saber que a escada vai até o céu, mas devemos começar a trabalhar com ela desde seu primeiro degrau, bem rente ao chão. É isso o que começaremos a fazer agora.

É importante ficar claro que se realmente queremos ser felizes, amar e ser amados temos que ser sinceros honestos e coerentes com nós mesmos. A complacência, as atitudes duvidosas, a dissimulação e a falta de sinceridade somente nos podem ajudar a chegar ao abismo. Devemos ter a coragem de reconhecer nossos erros, nossas insuficiências, nossas debilidades. Quem pense que é perfeito, deve ser muito feliz. Para que, pois, perder tempo lendo estes artigos? 

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Conteúdo desenvolvido por: José A Bonilla   
Professor José A Bonilla (Universidade Federal de Minas Gerais). Temas: A Arte de Amar e Ser Amado, Educação para a Vida e Vida Espiritual. Autor de 18 livros e 247 artigos científicos e de divulgação. Sete Cursos on line e livros serão disponibilizados brevemente neste site. E-mail: [email protected]
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