O AMOR TRANSPESSOAL
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Autor Mani Álvarez
Assunto Almas GêmeasAtualizado em 08/03/2009 11:42:54
Abro um jornal, assisto o noticiário, olho em volta e uma tristeza muito grande toma conta do meu coração. E eu me pergunto: será que o amor existe mesmo? Só vejo guerras, ódio, violência, egoísmo, discórdia. Será que o ser humano do século XXI ainda não aprendeu a amar de verdade?
Mas, aí vem a pergunta: o que é amar de verdade? Além disso, será que amor é algo que se aprende?
Vejamos. Como é que nossos ancestrais amavam? A julgar pelos mitos, que são os relatos históricos mais antigos que existem, os relacionamentos entre os sexos eram na base do puro instinto. Deuses da mitologia não amavam: eles seqüestravam, violentavam e estupravam as donzelas que os atraíam. Haja vista Zeus, que violentou todas as mulheres que encontrou pelo caminho, inclusive suas irmãs.
Libido desvairada, assédios, perseguições e raptos, assim ‘amavam’ deuses e deusas de outrora. Não há sinal de amor – a não ser o de mãe e filha. Deméter e Perséfone ensinaram aos seres humanos que era possível existir uma outra forma de amar. Com ternura e cuidado.
Mais tarde, Platão ensinou aos homens a sublimação da libido. Ele dizia que o verdadeiro amor vinha da contemplação do Bom, do Belo e do Verdadeiro. Este era o amor divino; libido era um sentimento inferior, reservado á matéria densa.
Pouco a pouco, a consciência vai tomando contato com uma nova forma de amar, diferente dos instintos, mas ainda reservada a poucos. As pessoas comuns não sabiam amar abstratamente.
Aí surge Agostinho, grande teólogo da Igreja Católica, que distingue um tipo de amor que ele chama de “caritas”, caridade, que vê Deus no próximo. Ele dizia que Deus enviou seu Filho para que pudéssemos aprender a amar através do amor ao próximo.
Na Idade Média começa a surgir uma nova forma de relacionamento entre os sexos, que se tornou conhecida como “amor cortês”. Espalhou-se entre os poetas da corte, que cantavam trovas e serenatas a uma mulher idealizada, pura e inacessível. Inspiravam-se no amor à Virgem Maria e exaltavam o amor platônico.
Só no século XVIII foi que surgiu um filósofo chamado Rousseau, que afirmou ser muito mais saudável o amor familiar, onde a libido podia ser vivenciada entre marido e mulher, num clima de respeito e ternura. Ele praticamente ensinou as pessoas a amar.
E assim chegamos ao século XX, quando o amor romântico fazia nossas avós suspirarem escondidas, e inspirava poesias e canções que falavam do encontro entre o homem e a mulher. Mas, aí ocorre a emancipação feminina e a revolução sexual, trazendo uma radical mudança nos costumes. E aquela forma de amor que era baseada na complementaridade, na fusão de duas metades, na dependência e na carência afetiva, cai por terra. O amor romântico agonizou e parece que morreu. A nova geração descobriu que “ficar” pode ser mais interessante.
E onde está o amor transpessoal? Acontece que, nessa história toda, houve um grande amadurecimento de homens e mulheres. É verdade, o romantismo não mais se sustenta, tampouco o “ficar”. O que ocorreu foi um crescimento. Hoje, homens e mulheres, todos nos suportamos melhor a solidão, e isso nos ensinou a ser mais inteiros. Já não buscamos a “cara-metade” que nos complementa, e sim, a sintonia, a cumplicidade, a afinidade de uma “alma-gêmea” .
O que se percebe é que há um “estado amoroso” que vai muito além da busca de uma realização sexual. Aprendemos a amar o universo, a todas as formas de vida, ao planeta, às plantas, aos animais. Começa a surgir, aqui e acolá, uma nova forma de amar que não busca consumir, e sim comungar, como diria nosso amigo Roberto Crema. Sim, estamos aprendendo a amar de verdade...
Este é o amor transpessoal, que supera uma etapa histórica de individualismo e busca de satisfação pessoal. Um amor para poucos, ainda. Porque poucos sabem que não há satisfação maior do que aquela onde se doa, se partilha e se comunga amorosamente com o outro.
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