O constrangimento da bondade!
Atualizado dia 12/4/2017 9:25:00 AM em Almas Gêmeaspor Paulo Salvio Antolini
A qualquer momento, em qualquer lugar vemos e escutamos xingamentos dirigidos diretamente às pessoas presentes. Grita-se e ofende-se com uma naturalidade e espontaneidade surpreendentes. E quem assim o faz sai com uma expressão de orgulho, de vitorioso, afirmado de não levar desaforos para casa. Isso ocorre inclusive com pessoas da mesma família e na frente de estranhos, pessoas que não têm nada a ver com o que possa estar a acontecer.
Um homem dirige palavrões a outro, uma mulher também assim age, ambos dando vazões às emoções destruidoras que têm dentro de si naquele momento. Quando se afastam levando consigo a irritação do acontecido, o fazem “batendo os pés firmes” no chão. É a afirmação do “é isso e ponto final”.
Mas o outro lado da moeda, aquele em que a amorosidade e harmonia existem, e podem ter certeza que é em quantidade muito maior do que a acima relatada, esta é sentida pelas pessoas como algo que não deve ser externado em público, não deve ser praticado na frente de outras pessoas. É o comportamento de afeição e carinho. É o olhar para o outro e poder dizer o quanto o está percebendo bonito nesse momento.
O que os outros irão pensar? “Em outro momento, a sós eu digo a ele”. Homem elogiar homem pode levar os outros a pensarem em homossexualidade, mulher elogiar mulher idem, homem elogiar mulher quer dizer que está querendo alguma coisa mais, mulher elogiar homem significa que está se oferecendo. Isso só deve ocorrer quando isolado ou dito bem baixo, para que não se sintam expostos.
Ofender pode, mas elogiar é pecaminoso e deturpado? Pois é. Eis que o constrangimento da manifestação das coisas que são boas está aí para impedir suas manifestações. Se alguém o faz, por exemplo, dizendo algo “como você está lindo, está bem”, já é suficiente para no mínimo ser chamado de ingênuo ou infantil.
Comentando sobre isso com um amigo, ele discordou completamente. Então, pedi que ele buscasse três situações de manifestação negativa em público e três de elogios e reconhecimentos, também em público e depois conversaríamos. Quando nos encontramos depois de alguns dias, perguntei a ele se havia feito o que lhe pedi, ele sorrindo me disse: “não vou falar sobre isso com você”. Rimos muito. Foi uma forma muito legal dele reconhecer a minha razão.
Façam esse exercício. É para vocês mesmo.
Texto Revisado
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