O ego do líder
Autor Flávio Bastos
Assunto Almas GêmeasAtualizado em 5/30/2006 11:03:58 PM
O líder nato é aquele indivíduo carismático que, normalmente, possui uma visão acima da média da maioria das pessoas. No entanto, não são todas as pessoas consideradas ou auto-denominadas líderes que tem esta capacidade de "enxergar" além.
O problema do líder é o seu ego, porque esta instância da personalidade relaciona-se diretamente com suas características genuínamente humanas. Como somos seres de natureza imperfeita, não existe líder completo, perfeito. O interesse pessoal (ambição), a vaidade e o orgulho, talvez sejam os defeitos comumente encontrado nas lideranças atuais.
No entanto, se nos reportarmos à história universal oficial, verificaremos que também os grandes líderes mundiais defendiam seus ideais, mas, ao mesmo tempo, protegiam interesses pessoais, hierárquicos e corporativistas. A busca da fama e a sede pelo poder sempre estiveram ao lado de lideranças que, pela imposição de armas, ou pela força da palavra influenciaram multidões.
Não precisamos ir muito além nesta análise, basta olharmos para o panorama político brasileiro. Apesar de, históricamente, muitos partidos terem se revezado no poder, representados por lideranças surgidas de várias classes sociais, percebemos, com boa dose de frustração, que avançamos pouco no sentido do desenvolvimento. O problema é que os nossos governantes não governam visando o bem comum e sim para si mesmos e para um grupo que os seguem chamado partido ou agremiação partidária.
Líder deveria ser que nem juiz de futebol, quanto melhor menos aparece! Mas, aí é que está outro problema: Quem não gosta de aparecer ou deixar-se seduzir pelos holofotes da mídia?
A explicação parece-nos simples: como estamos ainda muito centrados no "eu" e nas aparências do mundo considerado "real", os nossos líderes são consequência desta síntese cultural. O egocentrismo e o personalismo, muitas vezes, tem passado sem percebermos, porque estão mascarados, como características de verdadeira liderança.
Necessitamos, com alguma urgência, de líderes despojados dos exageros do ego e que tenham, realmente, interesses voltados para o bem comum social. Estamos no alvorecer de um novo século e no crepúsculo do líder de perfil interesseiro. A tendência, à medida que a humanidade avança em todas as áreas do conhecimento, inclusive a espiritual, é o surgimento de lideranças que dêem o exemplo positivo do que verdadeiramente são e do que fazem, e não da forma como "aparecem" ou aparentam ser.
Haverá uma época na humanidade em que não será mais necessário a existência da figura do líder: quando estivermos todos "senhores de si mesmos". A partir de então, cônscios das nossas responsabilidades e deveres, estaremos, sem a interferência de alguém que faça por nós, assumindo os nossos próprios desígnios.
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Almas Gêmeas clicando aqui. |
