O estresse coletivo!
Atualizado dia 31/01/2016 08:13:29 em Almas Gêmeaspor Paulo Salvio Antolini
A intensidade desse estado em cada um varia, porém está presente. Nos dias atuais, ao nos referir a essas manifestações usamos mais a expressão hipersensibilizada. A pessoa está sensível demais, ou seja, qualquer coisa é motivo para uma reação que vai além do que seria esperada, uma reação desproporcional ao seu estímulo.
“Os nervos à flor da pele” tem exatamente esse significado: qualquer toque machuca.
Inúmeros são os motivos que desencadeiam essas reações, mas todos se apoiam exatamente em uma condição de ameaça constante em que as pessoas se encontram. Qualquer situação que desperte a sensação de sentir-se ameaçado faz com que ocorra intensa descarga de adrenalina (não é só esse hormônio) em nosso organismo, deixando-nos física e emocionalmente em um estado intenso de alerta, gerando então forte desgaste e a perda da tranquilidade interior por qualquer razão.
Em uma empresa que está atravessando sérias dificuldades financeiras, onde seu diretor e seu gerente necessitam de uma atenção redobrada para que suas decisões não deixem a empresa em situação ainda mais difícil, ocorreu um erro na emissão de boletos pelo sistema, saindo em duplicidade; uma vez emitido automaticamente e em seguida manualmente. Os mesmos não chegaram a ser enviados ao cliente, pois foi identificado antes, porém, a reação do diretor para com o gerente foi assustadora. O gerente por sua vez sentiu-se desrespeitado e agredido, além de incompreendido. O diretor demorou em entender que uma queda de energia fora a responsável pelo acontecimento, pois provocou uma mudança na programação do sistema quando de sua reativação.
Na sequência do dia, esse mesmo diretor ao chegar em casa foi questionado pela esposa sobre alguns pagamentos que ela deveria ter realizado e não o fez por falta do depósito do dinheiro que já estava separado para isso. Nova explosão, dele porque se sentiu cobrado e de fato havia se esquecido de mandar depositar e dela porque recebeu respostas atravessadas à suas perguntas. As crianças que, até então, estavam distraídas em seus afazeres lúdicos, passaram a se irritar uma com a outra e, de repente, a casa estava uma verdadeira confusão, berros, choros, portas batidas, comida queimada e desconsolo para todos.
Cada um de vocês possui inúmeros exemplos de situações similares. Em cada um dos exemplos citados é possível encontrar várias justificativas, que tentam amenizar as reações. Tentam, mas não eliminam as marcas que elas deixaram.
A perda de referência interna causada pelas pressões externas revelam uma imaturidade emocional para o enfrentamento de situações que exigem das pessoas uma postura de firmeza e objetividade para suportá-las e superá-las. Bodes expiatórios são eleitos para poderem receber toda a carga interna que pela imaturidade precisa ser despejada, posta para fora. Sobram para os que estão próximos, são eleitos os “culpados do dia”.
Ocorre uma cadeia onde a mesma pessoa culpa e é culpada, em um vai e vem de jogar responsabilidades pelos fatos que a vida propicia, e em sua maior parte causadas pelas próprias pessoas que agora acusam serem vítimas das situações. Nesse livrar-se desesperadamente dos pesos das dificuldades, ocorre o impedimento da principal condição que se deve ter em situações delicadas e de qualquer natureza: a calma interior e o estar centrado para poder agir nos verdadeiros focos dessas situações. O não aceitar estar vivendo situações indesejadas propicia a permanência e o aumento dessas situações. Decisões inadequadas ou mesmo totalmente indevidas agravam ainda mais, aumentando o tamanho das consequências: a falta de paz interior de cada um gerando o estresse coletivo e interferindo nas condições para a paz alheia! É possível mudar isso!
Texto revisado
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