O que a vida quer de mim?
Autor Paulo Zonta
Assunto Almas GêmeasAtualizado em 10/09/2021 01:31:51
Viver a espiritualidade é viver mais conscientemente a vida, tendo sempre a certeza de que somos parte do todo, mas também estarmos atentos aos vários sinais que a vida nos dá para que direcionemos o nosso caminho. Em nosso cotidiano, nas pessoas à nossa volta e, principalmente, em nós mesmos, pois tudo à nossa volta é reflexo de nosso mundo pessoal.
Às vezes temos a impressão de que estamos indo pro lado errado, as coisas não dão certo, ou então, apesar de termos tudo o que queríamos, não estamos bem interiormente. Temos uma situação financeira satisfatória para nossa vida, os bens materiais que nos dão pelo menos o mínimo de conforto, temos as pessoas que amamos ao nosso lado, mas... algo não está bem...
É que muitas vezes nossa missão não está sendo cumprida. Nossa missão pode ser decifrada através da análise de nossas habilidades naturais, das coisas mais simples que nos fazem sentir-nos feliz, somadas aos nossos mais loucos sonhos. Estas três coisas nos dão uma pista sobre qual é nossa missão nesta vida. Nossa felicidade não está ligada a satisfações por "status" ou "bens e posses materiais", mas ao lado espiritual de nossa manifestação de vida. Ser feliz é ser útil, exercer as qualidades inatas e, assim, manifestar a força divina ao redor. Se imaginarmos que somos como uma cebola em que cascas e mais cascas foram sendo criadas desde nosso nascimento até hoje, podemos perceber que nossa essência está no núcleo.
Nossa essência é nossa primeira manifestação na vida, assim como éramos quando bebês: uma célula do Todo, do Universo, que veio para um fim, uma finalidade e esta devemos buscar decifrá-la e cumpri-la, e assim conquistaremos nossa felicidade.
Difícil? Nem tanto. Basta que façamos uma busca interior para compreendermos nosso eu mais profundamente e isso chama-se autoconhecimento. É uma alquimia pessoal, uma busca pelo tesouro perdido, uma jornada que fazemos no dia-a-dia e gradativamente vamos nos adaptando e vez por outra encontrando algo especial que "estava ali o tempo todo" e ainda não tínhamos nos dado conta... Às vezes, são coisas não tão boas que precisamos lapidar, da pedra bruta ao diamante, ao cristal (cristo interno).
O primeiro passo além dos 3 aspectos que citei no início do texto é mudar o seu foco do "Ter" para o "Ser", ou seja, você não é o seu carro, a sua casa, a sua roupa, o seu relógio ou celular caros, ou o título social na comunidade, ou o cargo que ocupa profissionalmente. Isso tudo você "Tem". Você é o que é e para se chegar ao "Ser", deve-se focar o interior, o "núcleo da cebola"; deve-se descascá-la das máscaras e papéis que se desempenha e se desempenhou até hoje perante os grupos em que se viveu. Também as que usou para si mesmo, ou seja, as máscaras que esconderam tudo o que não aceitou em si mesmo, o que negou, escondeu, renegou. Isso tudo ainda está dentro de você e deve ser reelaborado. Neste ponto do caminho você deve entender e aceitar seus lados positivo e negativo, compreender que todos nós temos uma dualidade de sentimentos e que ninguém é perfeito e que todos temos necessidades, motivações, habilidades e fraquezas.
Cada defeito pode ser transformado em virtude, cada fraqueza pode se transformar em uma força, basta que você procure trabalhá-las. Procure trilhar este caminho pois a vida é assim e não se impressione se descobrir com o tempo que a busca e o trilhar deste caminho é ainda muito mais importante e gratificante que a chegada e o próprio objetivo.
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