O que posso fazer para melhorar esse mundo?
Atualizado dia 3/6/2017 11:25:47 AM em Almas Gêmeaspor Paulo Salvio Antolini
Na pergunta “que mundo é esse?” é como se não tivéssemos participação efetiva nos acontecimentos, portanto, isentos de responsabilidades sobre os resultados que ai estão. Fomes, doenças, crimes, sujeiras, e mais desqualificações que depreciam o que estamos a viver.
Quando transformamos a pergunta para o título deste texto, promovemos um giro radical no ângulo de visão sobre o assunto. Passamos a ser não só o foco como os principais responsáveis por tudo que ocorre. Estava a olhar meu consultório e pensei em comprar uma nova estante, pois havia um acúmulo de livros que estava me incomodando.
De repente me vi recolhendo boa parte deles e levando-os para outro cômodo onde há prateleiras para isso. O ambiente do consultório ficou mais leve, bem arrumado e não precisei buscar fora nada para deixá-lo assim. Animado, fiz a mesma coisa em meu quarto e novamente me vi bem-sucedido nas “mexidas”. Ficou ótimo e aconchegante. Quantas queixas de pessoas sobre suas casas e cujas reflexões giram em torno do trocar, de mudar, mas não no mudar suas ações para modificar o que não as satisfazem mais.
Há algum tempo citei uma jovem que dizia ser sua casa um poço de tristeza. Mostrou-me uma foto da entrada e era um mato só. Após um pouco de ações dela para com a casa, dedicando mais cuidado, fez um belo jardim, além de também transformar o interior dela em um local mais gostoso, bonito e aconchegante. Para isso gastou apenas na compra de uma capa para o sofá. Vejo empresas, escritórios onde por onde se passa o piso está brilhando, mas todo empoeirado ao redor. Escrivaninhas que os braços e mangas de camisa que as limpam, enquanto o restante é um pó só. E os teclados e telas de computadores, já repararam? Até aqui estamos falando de coisas simples e diretamente ao nosso alcance. Mas há coisas ainda mais importantes e também acessíveis.
Por exemplo, um elogio a quem fez bem seu serviço ou nos atendeu com esmero. Um não agredir aquele que por motivos desconhecidos nos responde rispidamente e sem nenhuma atenção. Ainda o não se deixar melindrar, ressentido por não ter sido o primeiro a ser avisado de algo que julga importante. Não revidar às palavras ácidas dirigidas indevidamente, esperando o outro se acalmar um pouco para então conversar sobre o assunto. Sim, há muito o que podemos fazer e não estamos fazendo. Criticamos a corrupção e nos esquecemos que somos corruptores. Basta uma simples frase para nos mostrar isso: “Poxa, eu não sabia, vê o que pode fazer por mim.” Estamos pedindo ao outro a concessão que não deveria existir. Falamos tanto de Deus e nos dirigimos a Ele apenas para pedirmos, e de tudo. Até para que castigue nossos inimigos. Dirigimo-nos aos locais de oração e fazemos doações quando precisamos de algo, esquecendo de nossos vizinhos que estão em dificuldades. Barganhamos com Deus para que Ele nos dê o que queremos, sem nem nos perguntarmos se realmente merecemos o que estamos pedindo. Lembro-me de uma pessoa que me dizia: “Xará, calado, você já está errado!”. Muito podemos fazer para melhorar esse mundo apenas ficando calados, não falando coisas que apenas irão piorar o drama já existente. Não repassando comentários que denigrem ou destroem reputações.
Há uma frase correndo pela internet: “Não se pergunte que mundo iremos deixar para nossos filhos, mas sim que filhos iremos deixar nesse mundo!”.
Eis uma responsabilidade nossa, criar bem nossos filhos. Cabe a nós passarmos os valores que eles irão praticar e não às escolas. Se comecei a dobrar o pano de prato que antes ficava jogado, a arrumar meu quarto onde antes era só bagunça, então, já comecei a fazer para melhorar esse mundo!
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