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O Sucesso É Ser Quem Você É

Atualizado dia 3/14/2009 4:09:22 PM em Almas Gêmeas
por Isabela Bisconcini


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Prosperidade é um tema delicioso, com cheiro, para mim, de tangerina.

Fazendo um trabalho com EMDR sobre crenças relativas a dinheiro, a capacidade de cuidar de si, prover para si mesmo e fazer dinheiro (o EMDR é uma técnica psicológica que nos permite verificar, dessensibilizar e reprocessar, através das redes associativas neurais do cérebro, memórias, eventos dolorosos, traumas, padrões ou crenças que nos atrapalham - www.emdrsp.com.br) percebo que quando temos crenças negativas em relação ao dinheiro, estamos falando de dificuldades com a matéria, com toda a expressão da Vida – a Natureza - nas suas mais diversas formas; dificuldade de colocarmos nossas raízes na terra e recebermos dela tudo o que precisamos.

Nestas situações, estamos congelados, enregelados e somos regidos por uma imobilidade e uma sensação de impotência; sentimo-nos paralisados, ou como se nos faltasse alguma parte do corpo, e muitas vezes a sensação física é de frio. Em representações simbólicas (imagens ou sonhos) podemos nos ver em cadeira de rodas, sem conseguir andar, sem chão, ou com problemas nas pernas e pés (nossa ligação com a terra e o plano físico).

As palavras “não sou capaz” de me sustentar por mim mesmo, financeira ou emocionalmente, por exemplo, nos levam para estados internos estanques: a paralisia ou a negação de alguma parte em nós – como se não a tivéssemos. Outras vezes, aparece constelado o arquétipo do mendigo em nós e nos sentimos pobres internamente. Daí, deste lugar interno, que é um lugar psíquico, não sai nada. Podemos sentir uma gama de sentimentos que incluem o ressentimento com o Universo, achando que temos a receber (e o outro é o responsável pelos nossos dissabores), e que ‘a vida nos deve’.

O nosso repertório de sensações de não conseguir fazer por si mesmo pode trazer também a sensação de um buraco negro, onde tudo que é gerado cai e some, ou a sensação de não sair do lugar, por mais esforço que se faça, que vem expresso naquelas imagens de areia movediça, carros atolados, ou de remar sem sair do lugar; imagens em que não conseguimos ‘girar’ a roda da vida; não sentimos a sensação de potência. Ou ainda, de nos sentirmos como a criança a quem faltou identificação e reforço – validação – da força, da capacidade, da potência, com o encorajamento que vem do olhar; como planta que fica encolhida na sombra e não é percebida nunca; o arquétipo do ‘patinho feio’. Podemos ainda chegar à sensação e constatação de terem nos faltado parâmetros de um fazer saudável, ou seja, saber quando parar, quando o que fizemos já é suficiente, ou quando tudo o que precisamos fazer é não fazer, ou simplesmente confiar. Enfim, um fazer que não seja compulsivo, pois este encobre o medo (da falta).

O mais importante a reconhecer em todos estes estados internos é que a sensação é de que algo ‘tem que’ vir em nossa direção, ou que precisamos tapar algo, um vazio, um buraco, uma falta. Nas nossas contas com a vida, estamos ‘no vermelho’. Investigando a fundo descobrimos coisas como: “não achei/ aprendi que precisava ser responsável por mim e pelo meu crescimento”; “não fui reconhecido nos meus esforços positivos e na minha capacidade”; “não sei o que tenho como habilidades e qualidades que expressem quem eu sou”; “não considero as qualidades e habilidades que tenho como algo valioso”.

Damos por óbvio, ou não reconhecemos e valorizamos aquilo que não fazemos esforço em nós – o que nasce em nós sem que tenhamos plantado. Estamos acostumados só a um padrão de esforço e desgaste. Mas, na natureza, sementes brotam “do nada”, quer dizer, elas vêm trazidas com o vento e o fato de nascerem ali naquele lugar, justamente ali, sem que tenham sido plantadas, diz algo a respeito daquela terra, dos seres que por ali passam e vivem, dos insetos, pássaros e animais, do clima, enfim de toda uma série de relações e interações daquele ecossistema, que criaram as condições para que aquela semente brotasse ali.

Ou seja, na natureza, coisas acontecem, mesmo sem esforço!!!! Algumas das sementes que brotam por si são “bênçãos”, outras são “mato”, e a arte de quem cuida de jardins reside justamente em saber separar o que devemos deixar crescer e o que devemos tirar, e quanto tirar ou deixar, daquilo que brota. Sem contar que algumas plantas preciosas passam por ‘mato’ a vida toda, dependendo do olhar de quem as vê.

Tudo isso para dizer que o acervo pessoal de habilidades e qualidades de cada um é um vasto manancial de sementes e plantas em vários estágios diferentes de desenvolvimento, com mais ou menos “mato” prejudicando o crescimento e com plantas cultivadas (qualidades às quais dedicamos atenção e esforço) ou que brotam espontaneamente, com mais ou menos possibilidades de florescer e dar-nos frutos abundantes e saborosos.

É um conjunto de relações; é dinâmico. Não é algo que eu tenho ou não tenho; sou ou não sou! Embora, é lógico, haja em cada um de nós um habitat específico, um clima que favorece o nascimento de certas plantas (habilidades/qualidades) em detrimento de outras, e é isso que nos dá particularidades e singularidades!!

Cabe-nos achar que plantas brotam mais e melhor em nosso jardim de habilidades e qualidades, apropriar-nos destas expressões de quem somos, incentivá-las e ‘fazer girar’ a roda a partir disso: do eu sou assim, eu tenho estas qualidades e habilidades e ‘eu sei’, ‘eu posso’, ‘eu quero’ fazer a partir de ‘quem sou’ - e não do padrão de falta e esforço- para que possamos ser a melhor expressão do que somos em essência, e para que possamos comer desses frutos, como a árvore da tangerina repleta!

Por que não é uma tristeza ver uma árvore repleta de frutos que ninguém come, e outra minguada lutando para dar um frutinho?!
O sucesso é ser quem você é! O sucesso vem de saber e honrar quem você é!

Leia Também:
Parte II: Ainda Sobre o Sucesso: Dar - Receber - Trocar
Parte III: Da Semente ao Fruto, Uma Vida Vivida



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Conteúdo desenvolvido por: Isabela Bisconcini   
Isabela Bisconcini é Psicóloga Clínica e Consteladora Sistêmica. Terapeuta EMDR. Terapeuta Floral, Reiki II, NgalSo Chagwang Reiki, AURA-SOMA. Deeksha Giver. Dedicou-se por 25 anos ao estudo da psicologia budista e prática do Budismo Tibetano. Participou do Centro de Dharma da Paz desde 1988, quando Lama Gangchen Rinpoche o fundou.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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