Os três minutos!
Atualizado dia 11/22/2015 5:28:09 PM em Almas Gêmeaspor Paulo Salvio Antolini
Cento e oitenta segundos! Alguns acham que três minutos é pouco, mas em segundos, torna-se muito mais, principalmente porque o tempo cronológico se transforma quando torna-se existencial. Quantas vezes se escutou: “segundos que pareceram séculos!”. Experimente contar de um a cento e oitenta em ritmo normal de fala.
O que as pessoas podem tirar de proveito da utilização adequada desses três minutos, pode ser a pergunta. Readquirir o autocontrole é a resposta.
“Quando percebo, já fiz”, é comum se dizer nas situações onde as pessoas não exerceram o controle consciente. Algumas situações onde isso ocorre: discussões, obesidade, vícios, ações intempestivas.
Já notaram como as relações ficam estremecidas ou mesmo se rompem por “estouros” emocionais? Algo é dito ou é feito que dispara o gatilho interno da pessoa e pronto, perda total de controle. Reações explosivas, agressivas, palavras ou mesmo atos que geram consequências não só indesejáveis, mas às vezes irreparáveis. Se a pessoa conseguir esperar três minutos antes de se manifestar, quando o fizer será tendo a consciência do que está fazendo, falando o que é necessário, mas sem ultrapassar os limites.
A ansiedade que atinge seu pico, levando a pessoa a perder a noção do que está ingerindo, comendo desenfreadamente e ganhando cada vez mais peso. Se ela conseguir respirar fundo por três minutos antes de se lançar à comida, não comerá até se empanturrar.
A fissura que leva ao álcool ou às drogas químicas. Fissura significa brecha, fenda. Quando o impulso se manifesta é como uma fenda que se abre internamente e que faz com que a pessoa traga para dentro de si o que tanto lhe prejudica. É como um grande aspirador, que parece só será desligado quando ingerido o fator externo.
Aprender a utilizar os três minutos pode reduzir e mesmo eliminar as (falsas) necessidades que se acredita serem incontroláveis. Esse impulso no exato momento em que surge realmente é incontrolável. Cega e bloqueia qualquer possibilidade de raciocínio. Só que sempre há um sinal por menor e mais sutil que seja que esse gatilho vai ser acionado.
Eis o grande desafio, cada um aprender a identificar seus mecanismos. Alguns levam mais tempo que outros, mas todos conseguem. Alguns sozinhos, outros necessitam de ajuda, porém quando feito, significa que encontraram o caminho da saída. Acabou o “beco sem saída”. Não pensem que a situação se resolveu aí. Agora é necessário que ao sentir essa compulsão se inicie a contagem dos três minutos, pois somente quando se está nela é que se pode sair dela.
Do início da “vontade insuportável” ao término dos três minutos, muitas coisas são vivenciadas internamente, por incrível que possa parecer, o desejo vai se dispersando e uma suave sensação de calma vai tomando conta.
"Eu não acreditava que isso seria possível. Quando você me falava achava que não aconteceria assim, até que consegui identificar o gatilho que me disse. Comecei contando e nem sei até que número eu fui, só sei que antes dos cento e oitenta eu estava diferente. O arrastão interior havia passado". Foram palavras de várias pessoas que expressaram a mesma ideia contida acima.
Quer comer o chocolate e sabe que não deveria, então, experimente quando quiser pegá-lo dar os três minutos. Aquiete-se e verá que a vontade maior passou. Essa vontade surgirá em pouco tempo e repita a mesma coisa. Com a exercitação, ela irá se distanciando uma da outra, além de não fazer aquilo que lhe é prejudicial, você também está se exercitando a conviver com suas ansiedades.
Do mesmo modo para todas as situações. Muitas coisas estarão se transformando positivamente dentro de você.
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