Telas e Crianças

Os primeiros 1000 dias de vida compreendem desde o momento da concepção do indivíduo até os dois anos de idade da criança. São 270 dias da gestação somados aos 365 dias de cada um dos dois anos de vida. Nesse período, diferentes experiências podem moldar ou alterar o que era esperado no desenvolvimento neuropsicomotor.

Os primeiros 1000 dias de vida são cruciais para o crescimento e desenvolvimento infantil, pois trata-se de um período conhecido como a primeira janela de oportunidades, que consiste em um momento em que o aprendizado de determinadas habilidades e competências acontece de maneira mais facilitada quando exposta a estímulos e experiências.

Nessa fase, é possível adotar hábitos e atitudes que irão influenciar o futuro do bebê.

O brincar na infância é tão importante que está inserido na lei 8.069 de 13 de julho de 1990 do estatuto da criança e do adolescente no capítulo II, Art. 16 item IV que dispõe sobre o direito de brincar, praticar esportes e se divertir.

Porém, na atualidade, o uso de telas está sendo inserido na vida da crianças cada vez mais precocemente e está mudando a forma como estas crianças interagem, substituindo o brincar ao ar livre por programas de brincadeiras sendo assistido pela televisão, celular ou tablet.

Brincar ao ar livre é um dos maiores prazeres da infância, principalmente quando o clima é ameno. Nas brincadeiras, as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação.

Amadurecem também algumas capacidades de socialização por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais. 

Além disso, com as brincadeiras ao ar livre gasta-se mais energia, tornando-se mais ativas, com menor risco de obesidade infantil e melhor a qualidade do sono.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou, em 2019, um estudo abordando sobre a importância da existência de uma indicação de tempo para o uso de telas de forma sedentária, como assistir TV, vídeos em celular, tablet ou jogos eletrônicos. 

Para crianças de até 02 anos a indicação foi nenhuma ou pouquíssima exposição uma vez que se trata de um período crítico do desenvolvimento infantil

Pesquisa de Patrícia Lopes, que tem aplicado essas pesquisas com seus filhos e o resultado em aprendizagem e comportamento tem sido excelente

Wilson Francisco