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Uma história sobre o medo de amar novamente

Atualizado dia 4/11/2019 9:39:06 AM em Almas Gêmeas
por Rosana Ferraz Chaves


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Eu assisti um filme bastante interessante. Havia uma família, pai, mãe, um menino e uma menina. Um dia o pai levou o menino de carro a algum lugar e durante o trajeto, o carro sofreu um acidente e ambos morreram.

A partir desse dia, a mãe que era uma médica, resolveu que faria de tudo para proteger a filha que restava.

Quando a filha ficou doente, a mãe ficou apreensiva. A criança pequena teve quatro eventos sucessivos com infecções.

Como a mãe era médica, ela questionou o pediatra da filha para saber a causa das sucessivas doenças, mas o médico apenas informou que se tratavam de viroses, coisa normal em crianças.

Insatisfeita com o diagnóstico e com as causas, a mãe resolveu fazer vários exames por conta própria e como nada era muito conclusivo, ela mesma deu o diagnóstico de que a filha tinha uma sensibilidade diferente, uma doença raríssima que fazia seu corpo não ter nenhuma proteção contra infecções e vírus.

Por conta dessa doença, a filha viveu até os dezoito anos de idade protegida numa casa muito limpa e estéril, com a presença de uma enfermeira-babá e da mãe.

A menina jamais saiu de casa ou teve contato com outras pessoas.

Os estudos eram feitos à distância, até o dia em que um novo vizinho se mudou ao lado de sua casa. Esses novos vizinhos tinham dois filhos da mesma idade da menina e um deles, se interessou por ela.

Os dois se comunicavam primeiro gesticulando pelo vidro das janelas, depois pelo celular e um dia, com a ajuda da enfermeira e sem a mãe por perto, pessoalmente, na sala da casa da menina doente.

Apaixonados, ousaram se beijar. Como nada aconteceu, a menina doente começou a pesquisar mais sobre a doença. Ela descobriu que havia uma possibilidade de ao ter contato com os outros, adquirir os anticorpos que protegeriam sua vida, mas quando a mãe descobre o que aconteceu, a menina muito assustada, passa mal.

Após esse episódio ela conclui que o prazer não vale a pena, já que pode trazer dor e sofrimento e ela resolve se afastar de tudo, novamente.

Ela se isola, mas quando vê o namorado se mudando, percebe que mesmo com a dor, o amor vale a pena sim.

Ela ousa sair de casa e vai procurar o namorado. Ela o convence a ousar mais ainda e realizar seu sonho de conhecer o mar.

Eles fogem de casa e passam três dias juntos, fazendo tudo o que ela jamais ousaria fazer.

Tudo dá certo, até que no terceiro dia, ela adoece. O coração dá uma parada e ela precisa ser hospitalizada. Quando a menina acorda já está em casa, em sua cama e sua rotina de doentes.

Dias depois do episódio, a médica que a atendeu no pronto socorro entra em contato, para avisar sobre o resultado dos exames. Ela informa para a menina doente, que a causa de tudo aquilo foi uma infecção. A menina diz à médica que tinha uma doença muito grave e muito rara, e que ela não tinha nenhuma proteção contra infecções.

A médica afirma que isso seria impossível, porque se assim fosse, o resultado do laboratório seria outro e ela teria morrido, e que ela não tem a temida doença.

Ela então questiona a médica. Se ela realmente não tinha aquela doença grave, porque então havia adoecido.

A resposta da médica: “Porque pessoas sãs ficam doentes o tempo todo”.

Inconformada, ela resolve pesquisar a doença nos antigos exames laboratoriais que a mãe tinha guardado e lá ela descobre que em nenhum deles, jamais apareceu aquele diagnóstico que a deixou presa por dezoito anos.

Furiosa ela constata que a mãe havia mentido para ela, para protegê-la.

A mãe deu o diagnóstico que foi útil para manter a menina nas condições mentais ideais para que ela se visse como doente, inferior, fraca e impotente diante da vida. Quanto mais impotente a menina se visse, mais poder a mãe teria sobre ela.

O interessante dessa história é que a maioria dos nossos pais fez isso conosco, de forma inconsciente, para nos proteger.

Então tem muita coisa que você vive hoje que não é real.

Talvez você também se sinta doente, em alguma área da sua vida, por se considerar indefesa, imprópria ou incapacitada.

Talvez isso tenha sido útil no passado e agora, não mais. O nome disso é programação mental.

Desconfie daquilo que não está dando certo, porque pode ser apenas um modo equivocado de enxergar a si mesma.

Não culpe seus pais. Eles fizeram isso com a cabeça e com os recursos que eles tinham na época. Agora é com você.
Texto Revisado
 

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Conteúdo desenvolvido por: Rosana Ferraz Chaves   
Oraculista, sensitiva e escritora. Se dedica aos estudos de anjos, baralhos e tarots antigos, ministra cursos de oráculos, neurolinguística. Desenha mandalas e cria perfumes mágicos em seu atelier. Autora do livro Magid - O encontro com um anjo.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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