Vitimização!
Atualizado dia 10/9/2017 10:56:57 AM em Almas Gêmeaspor Paulo Salvio Antolini
“Marta” encontrava-se em uma situação extremamente complicada. Atenção: complicada apenas sob a visão dela. Então, não era a situação que estava complicada, mas sim ela própria. Acompanhando-a em seu “drama”, demorou para perceber que a solução estava à vista de todos e nem exigia muito. Apenas a tiraria da condição de sofredora.
Não pensem que isso é raro. É muito mais comum e frequente do que se imagina e não é condição de pessoas simples ou incultas. Esse comportamento atinge todos os níveis sócio- culturais e financeiros.
Alto executivo mantinha em sua equipe uma pessoa que criava intriga entre a equipe, gerando sérios problemas que ele tinha que administrar com os outros participantes. Demorou em ver que seu funcionário gerador de problemas não tinha nada de especial que justificasse sua permanência na empresa. Ao demiti-lo viu o clima da organização melhorar rapidamente. Algumas semanas depois me disse: “Depois que “X” saiu, parece até que eu não tenho mais o que fazer na empresa”. “A função de “X” era me manter ocupado com os problemas de relacionamento que ele criava”.
“Maria” se queixava de não conseguir dormir cedo. Por isso deitava por volta de uma hora da manhã e tinha que acordar às sete horas. Perguntado se já havia praticado ioga ou feito algum tipo de meditação, disse-me que não. Quando disse que iria lhe ensinar um relaxamento ela me falou que há algum tempo tentou fazer e que não conseguia chegar ao final, pois dormia antes.
Vamos pensar juntos: “Maria” se queixa que quer dormir mais cedo e não consegue. “Maria” sabe que ao fazer o relaxamento que sabe, dorme. “Maria” não faz o relaxamento porque dorme antes de terminá-lo. É preciso continuar o raciocínio?
Ao se vitimizar a pessoa inconscientemente acha que estará chamando a atenção dos que a cercam, ela própria estará se aclamando como uma lutadora, “pois olhem só como eu sofro e resisto”, e assim ela se mantém aos seus próprios olhos como uma heroína de si mesma.
Vale a pena refletirmos o quanto podemos estar também fazendo isso. Caso identifiquemos, vamos modificar esse comportamento, pois há formas mais saudáveis de nos valorizarmos e reconhecermos nosso valor.
O executivo dava reconhecimento a si mesmo pelo “sofrimento” ao lidar com a equipe. Passou a se reconhecer como um ótimo líder, quando percebeu que sabia lidar com seu pessoal. Não precisava mais de “dramas”. Maria descobriu que era reconhecida pelo que fazia e não pelo sofrimento que se impunha por fazê-lo cansada, após noites curtas e mal dormidas. Ambos viveram um período de estranheza, pois não estavam habituados a terem dias harmônicos e em paz.
Dois exemplos suaves, se é que podem ser chamados assim, porém, há situações muito sérias e até graves que esse tipo de comportamento acarreta. Cuidado, ter obstáculos para superar não é ser vítima. É o sinal de que se está vivo e como tal tem que agir!
Texto Revisado
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