Voltando ao amor




Autor Adriana Garibaldi
Assunto Almas GêmeasAtualizado em 10/16/2014 7:46:12 PM
Você falou que entendia. Será que entende mesmo?. Será que alguém é capas de entender aquilo que somos incapazes de explicar?
Compreendermos o nosso coração em profundidade é uma tarefa dificil. Compreender o que vai no coração do outro, então? requere uma vida inteira ou melhor varias, inúmeras, uma habilidade rara.
Pareceria que sempre algo fica faltando a esse entendimento de conseguir enxergar claramente o sentimento do outro e fazer com que também nosso profundo sentir possa ser desvendado.
Cada uma das peças da relação precisam ser montadas num encaixe perfeito, coerente ao ponto de tudo ter valido a pena, fazer algum sentido o enfrentamento com nosso própria sombra e a determinação de termos ficado frente a frente por algum tempo, as vezes muitos ou poucos anos nos desvendando mutuamente na tentativa de nos auto descobrir.
Ficamos em busca de um outro ser mas acabamos por termos que encarar somente o espelho que ele nos apresenta porque não conseguimos nos ver sem esse referencial que nos reflita, que nos questione, que interaja e aponte aquilo que precisa ser visto, concebido como a nossa própria e real imagem.
Então amamos no outro aquilo que somos de melhor e também odiamos no outro o pior de nos mesmos. O que nos constrange ou nos fere no outro é aquilo que esta em nos igualmente.
Não temos condições de vermo-nos realmente a não ser pela imagem que somente um espelho pode nos mostrar.
Você falou que entendia e eu acreditei. Mas será que entende ou também estou sendo um espelho e você esta se vendo nele?
Todos buscamos entender ao outro e receber dele o devido entendimento, a compreensão sem julgamentos nem criticas. Mas ficamos na inversão dos nossos próprios mundos refletidos, sem nos vemos de fato.
Nada é por acaso e tudo na vida se resume a experiência, mais o menos proveitosa, mais o menos dolorosa, mais o menos feliz ou infeliz.
Vivemos na solidão e no abandono porque o amor é raro, quase uma jóia preciosa que todos desejam mais poucos tem o privilegio de alcançar ou de preservar.
Multidões de solitários que se cruzam sem se encontrarem, nem se verem, sem serem capazes de estabelecer uma conexão sem projeções, com a permissão mutua de construírem um vinculo de verdadeiro afeto.
Procuramos por um amor afim, um amor alma gêmea, aquela capas de nos entender quase sem palavras, mas acabamos falando demais , argumentando demais e nos perdemos na retórica para tentar explicar aquilo que não se explica, que somente precisa ser sentido e na ânsia de nos fazer entender imaginamos que as palavras bastam, seja meias palavras ou uma palavra inteira.sem vermos que muitas vezes as palavras somente tendem a complicar em lugar de simplificar.
Esse acaba sendo o grande conflito ao que muitas vezes nos sujeitamos, onde se cria o desentendimento, se constrói a mentira, e as mascaras se sobrepõem umas as outras para de alguma maneira tentarmos ser aceitos por aquilo que imaginamos ser aceitável para o outro, porque as vezes falarmos de nossos sentimentos cria problemas, desconfianças ou rejeições. Então a gente para de disser e começa a se calar, num silencio que nos isola cada vez mais dentro dos nossos próprios mundos, para preservarmos ao menos a nossa dignidade.
Precisamos de amor como se estivéssemos andando por um decerto a procura de um oásis que nunca alcançamos porque a conexão não se estabelece, como se sempre algo estivesse amarrando as vidas a solidão , a falta de uma união de afeto que dure pelo menos o tempo apropriado para cumprir a sua missão de nos transformar.
Vemos alguns casais que vivem relações sem cumplicidade, arrastando um envolvimento sem dialogo, sem empatia, onde somente se suportam, as vezes pelos filhos, outras pela acomodação mutuamente aceita para não se romper um laço que afinal ja nem existe, com medo de remover as correntes que , numa outra época pareceram ser elos de amor eterno, elos que não souberam resguardar.
Uma grande disparidade, um contra senso. Quem esta numa relação pouco ou nada faz em venéficio dela, nem sequer um mínimo esforço para preservar aquilo que era um diamante e se transformou num fragmento de vidro comum , sem brilho nem valor, e o pior que nem eles perceberam o momento em que isso aconteceu, o momento em que o diamante ficou um caco de vidro e o amor se perdeu no meio do caminho .
Muitas vezes começamos a intelectualizar, chegando a conclusão que a solidão e o único remédio capas de proporcionar-nos felicidade, liberdade e independência, de tal forma que nada nos falte na postura de olharmos para nos mesmos como ilhas ou continentes auto suficientes, e nos convencemos que essa é a melhor saída, contudo não é, porque um amor compartilhado, verdadeiro e feliz , pode ser capas de nos fazer evoluir e crescer como seres humanos.
Que nos falta então? Sem duvida nos falta voltarmos ao amor, ao romantismo de antes , sem limites da mente que muitas vezes nos paralisa .
Voltarmos a Neruda, Vinícius, Mario Quintana, que cantavam ao amor em verso e prosa, tudo que a cultura atual perdeu no descompasso da sua historia , no automatismo de seres que parecem nunca se encontrarem , lhes restando tudo aquilo que imaginam um ganho mais que na realidade se transformou numa grande perda movida a individualismo exagerado, a egocentrismo que somente os adoece.
Falta-nos abertura, confiança , desejo de acertar de verdade , de tentar de novo, de confiar no amar. Confiar que ele é possível.
Será que alguém e capas de entender? ...As muitas frases que tentam explicar aquilo que todos sentimos, que todos queremos, que toda alma deseja e se resume a umas poucas palavras , de repente alguns poucos versos , ou tantas outras coisas que o silencio de um olhar pode ser capas de disser , muitas vezes com total clareza e sem palavras.









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