ZOZ - O Ser Completo
Atualizado dia 8/19/2024 11:34:17 AM em Almas Gêmeaspor Margareth Maria Demarchi
O "ser completo" equivale a sentir conscientemente que o estado emocional tem parte dele conectado com a sua ancestralidade. Aquela ancestralidade que se mantém presente dentro de cada pessoa, o que influência certas escolhas e a partir dessas escolhas o direcionamento das experiências de vida.
Para dar forma ao seu ser completo, tenha a imagem mental da sua mãe, e do seu pai, representantes do feminino e do masculino que você possui internamente. O ser completo inclui todos em um.[1] Essa é uma experiência maravilhosa, que fortalece e desenvolve tanto os aspectos das qualidades femininas (força geradora e criadora), como as masculinas (força vitalizadora), que cada pessoa tem em si mesmo.
No desenvolvimento da vida, estas qualidades em conjunto garantem uma facilidade em lidar com qualquer situação, pois, tudo o que nos envolve exige o equilíbrio entre essas polaridades.
Para identificar em você qual o lado que está predominante, causando desequilíbrio, comece por avaliar suas próprias formas diferentes de se comportar, por exemplo: ser muito preocupada com detalhes, é o exercício com força, do lado racional, no sentido masculino da força de vitalização. Nessa situação, o equilíbrio é recuperado a partir do momento que você começa a agir mais solta, e sente mais cada momento sem se preocupar tanto, isso é o lado sensível, no sentido feminino da força de geração.
O feminino pede que você seja carinhosa, dedicada, delicada, atenciosa, compreensiva, criativa, paciente, condescendente, incondicional, e tudo o que está ligado à essência da sensibilidade, da certeza da geração e da criação, da origem.
O masculino pede que você seja ágil, rápida, objetiva, clara, atinja o ponto, cumpra a meta, honre o compromisso, faça mais, seja calculista, determinada e dominadora, e tudo o que está ligado à essência do racional, da vitalização e garantia de continuidade de tudo o que é criado.
Por isso é preciso identificar e compreender qual lado está predominante.
Durante muito tempo a mulher foi a "cuidadora" e o homem o "provedor". Muitas mudanças ocorreram para que a mulher passasse a alterar as suas atividades sendo "cuidadora" e também "provedora", e ser aceita acumulando habilidades masculinas e femininas. Muitas mulheres conseguem assumir toda a responsabilidade de cuidar e prover, sozinhas.
Essa evolução atingiu as bases do relacionamento a dois. Dominar a evolução dos eventos é uma tarefa envolta em desafios, tanto que preferimos, muitas vezes, nos adaptar às mudanças. Mas é preciso muita atenção para não nos destruir, nem perder a essência da nossa personalidade.
Vamos considerar dois cenários bastante comuns:
Durante a convivência familiar, a filha observa que a mãe é extremamente preocupada, e o pai sempre mais tranquilo. A tendência é a de que essa filha rejeitará o aspecto que mais reprova, a preocupação da mãe, que julga excessiva, ou, a tranquilidade do pai, que também julga excessiva. Sempre admirando o oposto. Mas, no futuro, para conviver, será atraída por uma pessoa que represente a rejeição, e não a parte de admiração. Essa é uma influência da ancestralidade que foi internalizada a partir da convivência familiar e é resultado da escolha que cada pessoa exerce.
Frase comum:
- "Encontrei a minha outra metade", ou,
- "Encontrei a minha alma gêmea".
Isso não é verdade. A sua metade está sempre com você. O que você vê no outro é o que gostaria de ser, mas bloqueia em si mesma, ou seja, aquilo que não conseguiu explorar em si mesma por força das influências como as que acabamos de considerar.
Como mudar para o ser completo?
Primeiro é preciso deixar nítida e clara, e entender a imagem que temos de masculino e que definimos pelo relacionamento com o pai. Da mesma forma a imagem que temos de feminino e que definimos pelo relacionamento com a mãe. Mas, com o cuidado de que se trata de imagens que estão no passado, têm que ser entendidas como imagens do passado, e uma vez entendidas, devem ficar no passado, neutralizando seus efeitos no presente pela aceitação da forma de vida que os pais escolheram, pois, nada do que fizeram, que nos tenha causado impacto positivo ou negativo, supera o que fizeram de melhor, que é a dádiva da vida que nos foi concedida. O que fazer disso depende cada um individualmente, entretanto, fazer conscientemente implica reconhecer que a mãe e o pai, ou força geradora de vida e força vitalizadora, tem que ser separados daquelas pessoas que agiram bem ou mal para conosco por carregarem influências de suas próprias ancestralidades.
Somos mais suscetíveis às influências negativas do que positivas, e aos poucos vamos perdendo também a referência de amor. Sentimos que a vida ao invés de nos dar, de nós retira.
Você só poderá reconhecer e aceitar o seu valor interno e liberar os anseios da alma (realização pessoal), se estiver conectada e compreender a sua ancestralidade, pense nisso.
O ser completo olha para trás, vê seus pais e reconhece em si, muitas das coisas que vê ou que viu nos pais, no comportamento e na forma de agir dos pais. O medo do fracasso, o medo de não ser bom pai ou mãe, o medo de não ter sido bom ou boa o bastante em suas vidas, e principalmente, se o esforço feito para superar fraquezas e falta de amor próprio, foi sincero e verdadeiro, a ponto de estar convencido de que fez o melhor que poderia ter sido feito.
Quando essa compreensão nos chega com clareza, nos tornamos capazes de nos aceitar e considerar tudo o que ocorreu em nossa vida como resultado do valor que atribuímos a oportunidade que nos foi dada pelo nossos pais, que é a dádiva da vida, e que estamos vivendo essa dádiva de acordo com as influências que aceitamos, o que achamos que merecemos, e o que nos permitimos a partir da concepção de amor que formamos.
O ser completo está unido ao mundo e a todas as pessoas pelo amor que sente em ser o que é, pela compreensão das polaridades, das adversidades, ou tudo que lhe agrada. O ser completo integra o que rejeita depois de compreender e sublimar a rejeição, e assim encontra equilíbrio a sua volta.
Reflita:
- A partir de agora estou sempre fazendo o meu melhor em tudo o que traga tranquilidade no meu coração e em minha forma de sentir.
O ser completo é uno e para ele não existem culpados, maus, bons, melhores... ele sabe que tudo faz parte do processo de amadurecimento que cada um escolhe para si mesmo.
O ser completo[2] aprende com as diferenças e as valoriza. Somos completos em nós e com todos os que escolhemos.
Reflita:
- A única pessoa responsável por me sentir completa sou eu mesma, e me sentindo assim, nada necessito fazer para o outro ser completo apenas demonstrar em minhas atitudes o meu amor.
[1] Jung, vida e obra, processo individuação, pagina 100 "O homem torna-se ele mesmo, um ser completo, composto de consciente e inconsciente incluindo aspectos claros e escuros, masculino e feminino, ordenados segundo o plano de base que lhe for peculiar".
Texto retirado do Livro ZOZ - Mulheres Libertem sua Alma
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