A ERA DE AQUÁRIO, EVOLUÇÃO E URANO
Atualizado dia 5/19/2013 2:54:47 AM em Astrologiapor Fabrizio Ranzolin
Ainda persiste, intensamente, a ação da disparidade evolutiva: enquanto alguns respeitam e percebem Deus em cada passo do caminho, em cada ser e coisa da vida, alguns persistem no esquema mecânico da realidade separatista. E inevitavelmente, temos os choques absurdos, insanidades dos atos geradores de dor contra a irmandade humana: a realidade da ignorância, inconsciência, de que estamos todos juntos, no mesmo planeta, que respiramos o mesmo ar, bebemos a mesma água e dependemos uns dos outros para sobreviver; de que somos irmãos espirituais, que Somos Todos Um.
Para mim, e creio que reflito a opinião geral, a questão fundamental da evolução da humanidade, alicerça-se no bem-estar de cada ser humano neste planeta, acima de qualquer credo, crença pessoal ou social que possa “reger” ou dirigir a expressão na sociedade atual.
Temos recentemente, em países vizinhos ao Brasil, o reconhecimento oficial da livre expressão de comportamento, com relação à família que um ser humano escolha formar na vida. Argentina e Uruguai, atualmente reconhecem como legal, oficial, ou seja, natural na sociedade, o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Claro que esse reconhecimento inclui a liberdade da sexualidade das pessoas, mas isso é apenas consequência natural da intimidade em qualquer casamento. Não sou nenhuma autoridade neste assunto, nem pretendo ser, mas como observador astrológico, estou demonstrando uma reflexão, de que o que realmente importa, do ponto de vista evolutivo social é que as pessoas possam seguir seu eu interior, a vontade da alma; E não as imposições e padrões comportamentais da sociedade. Não importa se o seu melhor amigo é alto ou baixo, branco ou negro, mais velho ou novo, homem ou mulher, mas o que importa é o sentimento de amizade que os une, certo? Assim também é com o amor que une pessoas diferentes, que as estimula a iniciar uma convivência e uma família.
Conforme seguimos na direção da Era de Aquário, vamos vencendo preconceitos e obstáculos contra a livre expressão da alma. De uma forma geral, mesmo com os tropeços, creio que caminhamos para um mundo melhor. Muitos seres humanos se sacrificaram em nome da liberdade que nós usufruímos hoje em dia. Façamos por merecer o sacrifício deles, esforçando-nos por derrubar, ou apenas contornar, os muros que separam as almas das pessoas, que separam os seres uns dos outros, e simplesmente aceitemos o mundo com liberdade; vendo a beleza evolutiva dessa liberdade e da diversidade de expressão. As ideias de liberdade, diversidade e expressão de todos, são a síntese da Era de Aquário. Mas apenas somos livres, verdadeiramente, se aprendermos a aceitar e respeitar a liberdade e o livre-arbítrio uns dos outros. Ou seja, para ser livre, respeite a liberdade do outro.
Da perspectiva do ser interno, podemos chegar a uma conclusão muito esclarecedora. Se cada vez mais as pessoas podem ter a liberdade de seguir sua alma, o ser interior, o que elas estão expressando, na realidade, é a vontade prima, ou Divina. Deus não está sentado em cima das nuvens, em um trono dourado; pode até estar, mas o Deus verdadeiro está dentro de nós. É por isso que podemos criar paz, amor e fraternidade ou o ódio. Temos o livre arbítrio pessoal, e Deus pode estar ali, se permitirmos que ele esteja. O seu Deus interior pode auxiliar as pessoas, dando palavras de conforto, um lanche para quem passa fome, ou um cobertor a quem passa frio. No mundo atual, mesmo que, o que você possa fazer pareça pouco, é muito se comparado a não fazer nada. E se todos fizerem um pouco, teremos um Novo Mundo.
A Era de Aquário é refletir profundamente sobre nosso importante papel no todo. Veja o símbolo de Aquário, são duas ondas, uma sobre a outra; fazemos parte de um todo maior, somos todos gotas do mesmo oceano. O próprio símbolo do signo de Aquário tem um vaso nas mãos, e derrama sua água, ofertando-a para o mundo.
Assim como o comportamento das pessoas, os paradigmas espirituais também devem ser questionados e redefinidos, para que o que sentimos dentro de nós possa ter um correspondente efetivo na vida. Para evoluirmos, tudo, efetivamente tudo, deve ser ajustado, inclusive os conceitos espirituais tradicionais, profundamente arraigados na maioria das pessoas. Digo “ajustado”, pois a revolução para a mudança em algum paradigma tabu, como a espiritualidade, se não for conduzida com humanidade e benevolência pode ter um custo muito alto, como já o foi, muitas vezes no passado da humanidade, em direção à Era de Aquário.
Muitas culturas antigas da humanidade viam algumas questões, questionadas nos dias de hoje, de forma evoluída ou “moderna”. Para muitas tribos indígenas americanas, por exemplo, o homossexual era um ser sagrado na sua sociedade. Pois conseguia conter dentro de si mesmo, na vida e no corpo, os dois elementos fundamentais do universo: o feminino e o masculino, o yin e o yang, simultaneamente. Nas culturas xamânicas antigas, a evolução espiritual expressava um movimento circular, e não vertical, como muitas religiões, e sistemas atuais ditam. O exemplo clássico seria a linha vertical ascendente da evolução, onde a alma primeiramente encarnaria no mineral, posteriormente no reino vegetal, a seguir no reino animal, e depois, mais evoluída, no reino humano. Os aborígenes australianos dizem que a vida é um sonho, “o mundo dos sonhos”, e quando você morre, o seu espírito acorda realmente para a vida. Que você pode sonhar que é uma pessoa ou um golfinho. Os budistas dizem que você pode voltar, numa encarnação futura, como um animal, se o seu espírito assim necessitar para evoluir. Não podemos julgar a natureza intrínseca da experiência de viver, a vida é rica em todas suas formas, humana ou animal, vegetal ou mineral, e lições podem ser aprendidas em qualquer um dos reinos.
Para concluir, pergunto para todos os seres humanos, que se dizem os seres mais superiores deste planeta: de todas as espécies e reinos da Terra, qual a que ainda não consegue viver em equilíbrio ecológico? Que destrói conscientemente o planeta em que vive, a si mesmo, seus semelhantes e aos demais reinos? Será que não temos muito que aprender com a convivência harmoniosa, o respeito mútuo, e a cooperação pacífica de uma comunidade de formigas?
Texto revisado
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Fabrizio Ranzolin é astrólogo, escritor e professor em cursos holísticos alternativos. Membro CNA Astrologia do Brasil. Ativista ambiental na preservação da natureza. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Astrologia clicando aqui. |