Inferno ou Inverno astral?
Atualizado dia 31/08/2008 10:40:10 em Astrologiapor Maria Isabel de Oliveira
A origem desse conceito está na analogia com a décima-segunda casa astral que antecede o despertar marcado pela primeira casa astral, cuja cúspide é o Ascendente. É na primeira casa que dispomos de nós mesmos, da nossa vitalidade, dos nossos recursos pessoais, da nossa auto-suficiência. Mas, precedendo esse “nascimento” temos a décima-segunda casa astral onde estão simbolizados todos os processos de gestação, inconsciência, dissolução e dependência.
Na verdade, esse processo de “gestação” é parte inseparável do nascimento e, sem dúvida, o seu lado mais difícil. Pensemos na gestação de uma empresa, de uma viagem, de um show e poderemos compreender que freqüentemente os momentos que precedem um nascimento são carregados de tensão, desordem e muitas vezes trazem conflitos.
A décima-segunda casa astral também simboliza o karma, o oculto, os talentos inconscientes, os desafios que encontramos na vida. Podemos dizer, numa análise simplificada, que o signo anterior ao nosso simboliza um outro lado da nossa natureza, profundo, mas desconhecido; certas características internas que, por serem inconscientes, acabam reprimidas e banidas para nosso porão interior.
Nos tempos de escuridão da alma a Astrologia tinha uma abordagem mais fatalista, quando a décima-segunda casa astral era considerada a casa das prisões, dos inimigos ocultos, das doenças crônicas, dos desgostos e amarguras, das privações e sacrifícios. Hoje, integrados na Cosmobiologia, compreendemos que essa casa astral ou vital pode trazer tanta alegria e felicidade quanto qualquer outra: basta que nos sintonizemos com ela.
A cada ano todos “renascemos” com a passagem do Sol em trânsito pela exata posição em que se encontrava ele quando nascemos. É o nosso “Retorno Solar”. No mês que precede esse renascimento podemos ter a sensação de estarmos em “gestação” ou em preparação para o novo ano pessoal como se de certa forma fôssemos “reencarnar”.
Esse período de “gestação” não se relaciona necessariamente a situações negativas, mas é, antes de tudo, um momento de reflexão e introspecção, onde a atitude mais sábia seria acumular energia, avaliar os atos passados, descobrir onde evoluímos e onde permanecemos estagnados. Visto dessa forma o mês que antecede o aniversário deixa de ser “infernal” e passa a ser “invernal” e de profunda importância; é onde recarregamos nossas baterias.
Esse é o nosso “Inverno Astral”. Para quem espera que faça sol o ano inteiro, sem entender que é preciso haver inverno para termos a primavera, então o inverno pode realmente tornar-se um inferno.
Talvez nessa época uma boa atitude seria nos concentrarmos na eterna máxima do Eclesiastes: “Existe um tempo certo para cada coisa, o momento oportuno para cada propósito debaixo do Sol: tempo de nascer, tempo de morrer; tempo de plantar, tempo de colher”.
Texto revisado por Cris
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Maria Isabel de Oliveira tem formação em Cosmobiologia e Naturopatia, especialização em Fitoenergética e pós-graduação em Análise Bioenergética. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Astrologia clicando aqui. |