SUICÍDIO: EXPLICAÇÕES, CAUSAS, CONSEQUÊNCIAS e PREVENÇÃO
Atualizado dia 13/11/2016 02:41:05 em Autoajudapor Rubia Prado
A origem da palavra suicídio vem do latim “sui caedere” que significa “matar-se”. Essa prática era feita desde a Grécia antiga, onde os filósofos entendiam como um assassinato, e uma contemplação, pois era um método para se obter a liberdade em relação ao sofrimento. Alguns estudiosos como o psicanalista Sigmund Freud e o sociólogo Émile Durkheim estudaram esse tipo de fenômeno de autodestruição humana. Segundo Freud, o sujeito nasce com duas pulsões: uma que nos move para a vida (Eros) e a outra que nos move para morte (Thanatos). E elas podem se sobrepor uma a outra, dependendo das condições que o indivíduo está exposto na sociedade. Nesse ponto de vista, muitos dos aspectos do comportamento seriam explicados tendo por base a influência maior de um dos instintos sobre a pessoa. Nesta mesma linha de raciocínio, o sociólogo Émile Durkheim aponta que a explicação do fenômeno suicídio está na relação que a pessoa tem coma coletividade onde está inserida, na qual já existiria uma considerável orientação para o suicídio. Quanto mais sujeito estiver integrado em grupos sociais, menor será a probabilidade de ele autodestruir-se e vice-versa.
Nessa perspectiva conforme o conflito o sujeito e a sociedade Durkheim descreve 3 tipos de suicídios são eles:
1. Suicídio Altruísta no qual a sociedade que tem como prática a integração do sujeito de forma exarcebada; este cometeria um ato por considerar um sacrifício pelo grupo ou por um bem maior, como por exemplo o homem-bomba.
2. Suicídio Anômico no qual uma sociedade que não é capaz de controlar e regular o comportamento do sujeito, por não satisfazer as suas necessidades mais básicas, faz com que o indivíduo se volte para esse ato como forma de acabar com o sofrimento.
3. Suicídio Egoísta no qual a pessoa negligencia sua relação com a sociedade, o que a deixa mais vulnerável à inclinação coletiva para o suicídio. Também tem como caracterizar pelo aumento substancial do individualismo. Se estudiosos já falavam sobre esse tema, a religião também não o deixou de fazer. O sujeito ao escolher o dia e hora da sua própria morte desafia tanto a sociedade quanto o poder divino. De cultura para cultura, quanto de religião para religião, o suicídio pode ser visto tanto como um caminho para a libertação ou como um pecado gravíssimo.
2º O que dizem as Religiões sobre o Suicídio?
O Cristianismo: o suicídio é considerado um pecado. No Catolicismo, o argumento é baseado no mandamento "Não matarás" bem como a ideia de que a vida é um dom dado por Deus. O Judaísmo, enfoca a importância da valorização da vida, e como tal, o suicídio é o mesmo que negar a bondade de Deus no mundo. sinal de descrença em Deus. No Hinduísmo, o suicídio é considerado tanto pecaminoso como matar outra pessoa. Segundo essa religião, quem comete suicídio passará a fazer parte do espírito do mundo, vagando na terra. E no Espiritismo o suicídio é considerado um crime contra própria vida e perante as leis de Deus. E ativa consequências cármicas para vidas futuras, dentro da lei de causa e efeito.
3º O que leva uma pessoa a cometer suicídio?
Independente de qual seja a sua crença, é importante ter em vista que o sujeito que comete suicídio ou parassuicídio (tentativa de suicídio), não está passando por uma boa fase de sua vida, até porque ele chega num ponto onde viver já não lhe interessa mais. Os quatro sentimentos principais presentes na pessoa que tenta ou comete o suicídio são: tristeza profunda, desamparo, desespero e desesperança em relação ao futuro e a própria vida. Existem diversas variáveis que levam a pessoa a cometer ou tentar tal ato: As causas mais comuns do suicídio são: os transtornos mentais, que podem incluir a depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, uso abusivo de álcool e de drogas. Dificuldades financeiras e/ou emocionais também desempenham um fator significativo. No aspecto espiritual, podemos ter o agravante dos transtornos provocados pela ação dos obssessores, principalmente os cármicos. Estudos feitos por diversos órgãos científicos, demonstraram também maior incidência de suicídio entre mulheres que praticaram o aborto. Uma explicação espiritual para isso é que com esse ato podemos extinguir a vida física do bebê, mas, não podemos extinguir sua vida espiritual. E o espirito do bebê, pode escolher perseguir quem lhe tirou a oportunidade de reencarnar. Provocando sentimentos de culpa, depressão e idéias suicidas e até mesmo o câncer, principalmente de útero e nos seios.
4º Qual a classificação do risco de suicídio?
1º Baixo risco: a pessoa teve alguns pensamentos suicidas, como “eu não consigo continuar”, “eu gostaria de estar morto”, mas não fez nenhum plano para se matar.
2º Médio risco: a pessoa tem pensamentos e planos, mas não de cometer o suicídio imediatamente. E sim como uma alternativa futura para as frustrações da vida.
3º Alto risco: a pessoa tem um plano definido, tem os meios para fazê-lo e planeja executar prontamente. Muitas vezes já tomou algumas providências prévias e parece estar se despedindo.
5º Quais as consequências espirituais e cármicas para pessoa que comete o suicídio?
Em primeiro lugar, é preciso aclarar-se que o suicídio não apaga a falta cometida, mas, ao contrário, em vez de uma haverá duas; em segundo, que o Espírito, quando se dá conta do ato cometido, constata que nada valeu, ficando literalmente desapontado com os efeitos obtidos e que não eram os buscados, pois se certifica que a vida não se extinguiu e que continua mais real que nunca. Terceiro, e que é bastante doloroso, o suicídio agrava todos os sofrimentos: “depois de prolongados suplícios, nas regiões purgatórias, freqüentemente após diversas tentativas frustradas de renascimento, readquirem o corpo de carne, mas transportam neles deficiências do corpo perispiritual, cuja harmonia desajustaram. Nessa fase, exibem cérebros retardados ou moléstias nervosas obscuras”, segundo Emmanuel em Leis de Amor, capitulo VI.
6º Como ajudar a pessoa sob risco de suicídio?
Quando as pessoas dizem “eu estou cansado da vida”, “não há mais razão para eu viver”, “eu não aguento mais”, elas geralmente são rejeitadas, ou então são obrigadas a ouvir sobre outras pessoas que estiveram em dificuldades piores. Para ajudar a pessoa sob risco de suicídio, o primeiro passo: é achar um lugar adequado para ouvir essa pessoa. A tarefa mais importante: é ouvi-la efetivamente, Trate-a com respeito, dê à pessoa uma mensagem de esperança, e cuidado com o sigilo. O objetivo é preencher uma lacuna criada pela desconfiança, pelo desespero e pela perda de esperança, e dar à pessoa a esperança de que as coisas podem mudar para melhor. Encaminhar a pessoa para serviços especializados como a psicoterapia e a psiquiatria. E também para um centro espírita, para que se submetam a desobssessão.
O que não fazer: ignorar a situação. ficar chocado ou envergonhado e em pânico. tentar se livrar do problema, falar que tudo vai ficar bem, sem agir para que isso aconteça. Deixar a pessoa sozinha.
Reflexão Final “Nem sempre é possível curar ou resolver uma necessidade apresentada, mas é sempre possível cuidar, escutar e contribuir para amenizar o sofrimento do outro. Junto com alguém que sofre, sofrem os que o amam. Por isso também é muito importante acionar a família, para que esta também participe da reabilitação da pessoa que deseja se suicidar .“
O suicida na verdade não quer se matar, mas, quer matar a sua dor”. (Augusto Cury).
“Bom mesmo é saber que quando nosso teto desaba, a gente pode morar nos braços de amigos ... Braços Abrigos... (Karla Tayse Mendes).
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Rúbia Prado é Psicoterapêuta Holística, pós-graduada em Parapsicologia, e com especialização nas seguintes Técnicas: Terapia Regressiva ás Vivências Passadas, Projeção da Consciência Para o Futuro, Terapia da Linha do Tempo, Programação Neurolinguística, Hipnose Clínica, Reiki, Florais, e Emotional Freedom Techniques. Atua em Recife desde 1992. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoajuda clicando aqui. |