A Felicidade: o entendimento de sermos
Autor Xavier Andre
Assunto AutoajudaAtualizado em 31/05/2016 08:48:25
Pode-se ser feliz sem entender o verdadeiro sentido da vida? Vivendo apenas numha bulha de conforto e entretenimento, sentindo-se agasalhado do aspro e frio vento do inverno? Pode-se entender o mundo, e a nossa própria vida, fechando os olhos à dor alheia, e enchendo a nossa vida de ruídos que apaguem os lamentos de das outras persoas e seres vivos? Porém, quanto mais nos aventuramos fora dessa bulha — e algumha vez na vida o haveremos fazer definitivamente — e mais ouvimos os lamentos dos seres que povoam este planeta, mais impossível nos parece atingir o estado da felicidade, ou mesmo um estado dalgumha felicidade. Felicidade e conhecimento afiguram-se-nos como incompatíveis ... mas sem conhecimento nom se pode atingir o entendimento, é dizer, a ignorância nom nos há levar ao entendimento.
Perante esta contradiçom, nom haveriamos revisar o nosso conceito de felicidade? E se a felicidade nom fosse o que imaginamos? Aliás, e se o que imaginamos como felicidade nom fosse, em realidade, mais que o cenário ideal que o nosso medo a nom conseguirmos ser felizes produz?
O sofrimento começa na própria mente, aliás, no pensamento. Um desejo que nom conseguimos satisfazer, costuma criar um pensamento negativo, a crescer e a se reproduzir noutros similares. Deles nasce o medo, que é umha ilusom criada por esses pensamentos, pra poderem sobreviver e justificarem a sua existência. Assi, a mente toma conta de nós, tal como umha trepadeira vai apertando e subindo por umha árvore, sugando-lhe a seiva. Os pensamentos sugam-nos as energias, e pra que nom os matemos, criam outros a xurdirem de novo, a treparem por nós em riba. Quanto mais pensarmos, mais sofrimento haveremos criar.
Comecemos por aí entom: menos pensarmos, e mais sermos. Sentar a observar a saída do sol, ou deitar-se encol da nai terra, a observar as nuvens voando no azul do céu ... sem pensar em nada. Estamos perdidos? Sim. Nom há sentido na nossa vida? Talvez. Mas estamos vivos. Sem pensamento nom há fracaso, nem sucesso. Eles nom som mais que as criações da nossa mente, do nosso medo a nom sermos felizes. Sem pensamento, eles nom existem. O sofrimento alheio é tamém produto desse processo mental.
Com certeza, nos treinarmos a nom pensar, ou seja, a sermos, haverá levar tempo ... mas nom tenhamos pressa ... pois o tempo tamém é criaçom da mente. Sendo o medo e a infelicidade ilusões criadas pola mente, o que haverá restar umha vez que nos limpemos delas? Nós nom somos a mente, nós somos algo muito além desse músculo hipertrofiado de neurónios e das suas criações ilusórias.
Nós ... SOMOS.
Xavier Andre, tradutor e poesta espiritualista galego (O autor escreve em galego. Peculiaridades galegas incluídas neste artigo: aspro = áspero, irmao = irmão, umha = uma, algumha = alguma, haveremos fazer = haveremos de fazer, há levar = há de levar, contradiçom = contradição, ilusom = ilusão, assi = assim, xurdir = surgir, entom = então, encol da nai terra = sobre a mãe terra, criaçom = criação)
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Xavier Andre Produtos: “De volta à saúde“, traduçom do livro do psicologista transpersoal, Steve Taylor, “Back to sanity“. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoajuda clicando aqui. |
