A luz que nasce do medo, do ódio e da indiferença
Atualizado dia 2/11/2021 9:15:25 PM em Autoajudapor Rosana Ferraz Chaves
Você envelhece mais um pouco e seu rótulo se transforma num número. Você agora é um RG, CPF, uma matrícula, um registro hospitalar, o número de uma carteirinha e várias senhas de bancos, Apps e uma infinidade de números.
Dalí a um tempo você pode ser uma profissão, um cargo, um gênero indefinido, uma religião, um torcedor, mãe, pai, amante, traído, traidor, professor, mestre, doutor.
Todos esses títulos são fornecidos por cursos, por terceiros, pela vida e por todas as pessoas que já passaram por você. Para cada um que passou por sua vida, você é uma coisa.
Mas quando nos perguntam “quem é você?”, a maioria não consegue responder.
O que será que nós somos por dentro? Quais sensações temos quando relembramos nossas trajetórias?
Anos atrás eu me dei o rótulo de gástrica. Era uma pessoa muito irritável e aceitei que eu era uma pessoa gástrica e ponto final.
Também me disseram que de acordo com meu signo, era assim e assado.
Se todas as possibilidades, características e respostas já estivessem prontas e fossem sempre as mesmas, não haveria necessidade de reencarnar ou progredir.
Existem sim características muito comuns e muito previsíveis, entre tudo o que somos, representamos e fazemos, mas são indicações dos níveis mais baixos e mais altos, em geral.
Se você acreditar que por ser geminiano, por exemplo, você é sim uma pessoa fofoqueira, se for um ariano você é um encrenqueiro e se for de escorpião, é vingativo, então não existe possibilidade de mudança. É só repetição de padrões.
Mulher é sempre assim, homem é tudo igual. Só que não.
Uma coisa é ser, outra coisa é estar.
Somos como nossas impressões digitais. Diferentes.
Estamos irados, gordos, pobres e doentes, mas na origem somos calmos, esbeltos, saudáveis e prósperos.
Toda vez que você esquece quem é, a enxurrada de pensamentos te empurra para tudo o que é padrão e ser padrão, é estar muito abaixo do que você é em essência.
O medo, o ódio e a indiferença são âncoras do seu passado, quando são reais.
Quando você tem medo de algo que nunca experimentou, esse medo não é real, é um pré conceito que você está carregando de alguém que te influenciou. Isso é receio, não medo.
O medo real nasce de uma experiência muito dolorosa e insistente. Quando você descobre a origem, o medo vira coragem.
Coragem significa que mesmo com medo, você vai passar pela experiência, sabendo que tanto pode ser boa, quanto ruim e que muitos fatores vão incidir a seu favor, já que você está neutro.
A indiferença dos outros que nos machuca tanto, nasce dos outros, mas pegamos como se fosse um problema nosso.
Se o outro não gosta de mim ou me humilha, o que eu tenho de errado?
O erro está em quem humilha ou em quem se sente humilhado? Você é mesmo o que o outro “acha” que é? Por que você se permitiu esse sentimento? Qual é o tamanho do poder que você está concedendo para os outros?
O que o outro sente, diz respeito somente ao outro, mas você ancorou esse sentimento, como se fosse seu.
O pânico que você sente foi despertado por alguma coisa. Mas será que é real?
Pessoas com crise de pânico sentem medos muito reais, de possibilidades muito irreais.
Todas as nossas emoções são reais, mas a motivação e a origem, podem não ser.
O medo, a raiva e a indiferença já foram úteis e ainda são, em algumas situações, então não queremos nos livrar disso, apenas perceber quando vão acontecer e discernir se nesse momento, é funcional ou não.
Até as tsunamis são previsíveis, que dirá, as nossas emoções.
Podemos sim perceber quando seremos invadidos por uma emoção.
Para mim as emoções negativas chegam como enchentes devastadoras, que inundam e carregam tudo com elas, deixando uma destruição enorme no nosso corpo e no mental.
A meditação pode ser o seu termômetro de emoções.
Aprendi a meditar de várias formas e encontrei a meditação que funciona para mim.
Quando sinto que as nuvens começam a escurecer no céu da minha mente, posso deixar acontecer e me manter fora do caminho da enchente, apenas observando ela perder a força e afundar na terra, ou posso dissipar as nuvens escuras.
No começo, o mais fácil é observar a enchente escorrer e perder força, mantendo-se longe dela. Depois, mais experientes, podemos dispersar as nuvens, usando a respiração.
A sua respiração é o seu medidor de enchentes mentais. Quando a respiração está calma, o mental está calmo. Quando está ofegante, é sinal de chuva mental chegando.
Existem vários tipos de meditação. Encontre a sua.
Texto Revisado
Avaliação: 5 | Votos: 62
Conteúdo desenvolvido por: Rosana Ferraz Chaves Oraculista, sensitiva e escritora. Se dedica aos estudos de anjos, baralhos e tarots antigos, ministra cursos de oráculos, neurolinguística. Desenha mandalas e cria perfumes mágicos em seu atelier. Autora do livro Magid - O encontro com um anjo. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoajuda clicando aqui. |