As Bengalas!
Autor Claudete Loth
Assunto AutoajudaAtualizado em 8/7/2018 10:27:23 AM
Dias atrás conversava com uma amiga que está se recuperando de um acidente. Ela me contava que agora já conseguia andar sem a bengala que vinha usando até então. Que estava difícil ainda, que sentia dores e as vezes se sentia meio insegura, mas que estava conseguindo andar sem a bengala e isso a deixava muito feliz!
Fiquei pensando em quantas vezes precisamos de bengalas em nossa vida e o quanto é importante quando conseguimos nos livrar delas e andar por conta própria, com nossas pernas, nossa força interna.
Essas bengalas podem ser objetos, pessoas, hábitos... enfim, coisas ou pessoas que usamos para nos dar segurança. Até parece mais fácil, mas se pensarmos bem, não passam de bengalas.
A verdadeira caminhada é quando conseguimos seguir por nossa conta, com nosso equilíbrio, nossa completude. Podemos acompanhar outras pessoas ou deixar que nos acompanhem, afinal caminhar junto dos outros também é muito bom, mas cada um por sua conta e se apoiando em si mesmo.
O que não é bom, é quando precisamos dos outros, de situações ou coisas que nos apoiem e sem as quais nos sentimos fracos, inseguros e sem ânimo de seguir adiante. Sabemos que de vez em quando e por algum tempo, isso até nos ajuda e é importante, mas por um tempo... Principalmente porque, quando por algum motivo ficamos sem alguma dessas bengalas, parece que a caminhada perde o sentido, não sabemos mais para onde ir, nem vemos sentido em continuar.
No início dói, temos que diminuir o ritmo, prestar atenção em nossos próprios passos, procurarmos nossa força motriz e por vezes temos até vontade de parar. Mas com o tempo, vemos que somos capazes de seguir adiante, que temos até mais capacidade do que imaginávamos.
Daí é que começa a verdadeira caminhada! Aquela que viemos para trilhar. Nesse momento começamos a aproveitar mais a jornada, absorvendo todos os ensinamentos do percurso. Valorizando cada momento, cada encontro com pessoas que fazem parte, por pouco ou muito tempo da nossa existência.
Pare um pouco, pense, quais são as muletas que você ainda precisa de vez em quando? Se dê conta delas. Entenda que você nem se dava conta de que usava essas muletas. Mas no momento que as identificar, decida que você pode seguir sem elas. Tente!
Claudete Loth
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