Casamento: por que não deu certo?
Autor Silvia Brizolla
Assunto AutoajudaAtualizado em 11/9/2016 12:39:56 AM
Casamento: por que não deu certo? Manter um casamento não é uma tarefa nada fácil, pois exige uma enorme capacidade de adaptação, e sabedoria para conseguir conviver em harmonia com uma pessoa que nem sempre conhecemos intimamente até a data do casamento. Antes do casamento tudo parece perfeito, pois é fácil amar o outro na fase do relacionamento onde não existe o convívio diário, quando não conhecemos intimamente nosso futuro parceiro, onde, muitas vezes, amamos um parceiro idealizado pela nossa mente e pelos nossos desejos. Para decidirmos se estamos casando com o parceiro ideal, devemos conhecer bem a pessoa com quem pretendemos nos unir, ter paciência, saber observar, conversar bastante e, principalmente, saber ouvir a outra pessoa, para descobrir se a pessoa com quem você pretende conviver e constituir uma família tem os mesmos sentimentos, hábitos, princípios, costumes, crenças, gostos e comportamentos quase iguais, ou muito semelhantes aos seus, pois é muito difícil conviver em harmonia com pessoas diferentes de você. As diferenças comportamentais tornam o convívio bem difícil, às vezes, impossível, tornando a vida em comum insuportável, principalmente se um dos cônjuges possui algum vício, temperamento agressivo, hábito de criticar e reclamar, sendo uma ilusão acreditar que podemos mudar a outra pessoa. Muitas decepções e rupturas no casamento poderiam ser evitadas se o futuro companheiro fosse observado de forma racional e imparcial, para saber se pode conviver com a outra pessoa diariamente, sem sofrimento, e com facilidade, sem querer adaptar à outra pessoa às nossas necessidades, sem querer mudanças na outra pessoa, se é possível aceitar o outro exatamente como ele é no momento presente. Se de fato você escolheu seu parceiro ideal, o tempo passa, vamos convivendo e os conhecendo melhor e descobrindo que existem imperfeições no ser amado, estudando se conseguimos conviver com as diferenças, sem grandes sofrimentos, e sem malabarismos para se adaptar ao outro. Tudo o que antes encantava, perde a graça, o romantismo desaparece e começam as brigas, discussões, impaciência, e as tão temidas cobranças, reclamações e rupturas. Uma coisa é certa, as críticas, reclamações, julgamentos e cobranças não melhoram em nada nenhum relacionamento, muito pelo contrário, causam dor, mágoa, orgulho ferido e distanciamento do casal, pois quem é criticado e julgado, muito raramente aceita humildemente, mas fica na defensiva, ou se fecha para discussões. Vale lembrar que conflitos ocasionais são uma consequência natural das diferenças entre os parceiros. Um é diferente do outro, não há como negar. Cada um vem de uma criação diferente, trazendo sua própria história familiar e seus anseios futuros. Portanto, é mais do que comum deparar-se com as fraquezas, limites e defeitos do outro. O importante é detectar se estas imperfeições são ou não uma ameaça real e aceitável para a relação. Constatar que a pessoa que você escolheu para conviver não está disposta a mudar para se adaptar à sua concepção de vida, e tiver consciência de que é impossível modelar, e transformar a personalidade do outro, é fundamental para saber se dá para continuar na relação. Não adianta culpar o outro, não enxergar os erros pessoais na escolha, pois outro não é o único responsável por todas as nossas frustrações, e nos deparamos com o fim de nosso tão sonhado casamento dos sonhos, quando não conseguimos nos adaptar ao outro. Na televisão, cinema e nas redes sociais são apresentados casamentos perfeitos, românticos e felizes, que nem sempre correspondem com a verdade e a realidade. Devemos saber cuidar bem do nosso casamento, com o que ele tem de complicado e real, tentando conviver e aceitar o outro que escolhemos como ele é, sem críticas, julgamentos e reclamações, e principalmente com amor, carinho, gentileza, capacidade de perdoar, agindo com gentileza todos os dias. Manter um casamento é uma árdua tarefa, que exige dos parceiros muita paciência e capacidade de mudança, aceitação do outro, perdão e adaptação. A paixão e a atração não são capazes de sustentar um casamento, mas a capacidade de conviver em harmonia, com amor, paciência e equilíbrio, pois todos precisamos de vínculos, de apoio, de um porto seguro para trocar nossas experiências e sentimentos, sem medo do abandono e do fracasso, sabendo agir com amor, sabedoria e com consciência em nossas escolhas. A paixão nos torna incapaz de um julgamento sensato a respeito do outro, logo, é o pior momento para se tomar uma decisão. O casamento perfeito é o sonho da maioria das pessoas, mas nem sempre é a realidade, e a maioria das vezes acaba não dando certo, tanto por escolhas prévias e precipitadas, movidas pela paixão e pelo entusiasmo, onde escolhemos um parceiro inadequado para a nossa perspectiva de vida, ou por comportamentos que causam sofrimento a ambos a ponto de ser impossível a continuidade do casamento. O que se concluir é que, casar-se e se manter casado é uma escolha consciente, pessoal e possível. Silvia Regina Brizolla Matos.
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Silvia Brizolla Silvia Brizolla é advogada especializada em Direito de Família, Divórcio, filhos e paternidade, com mais de 25 anos de experiência e prática, em litígios conjugais, com o aconselhamento de casais em crise de relacionamento, pré nupcial, e após a ruptura do casamento. site: http://www.silviabrizolla.com. http://www.aadvogada.com. (13) 997719510 E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoajuda clicando aqui. |
