Como você lida com os obstáculos que a vida lhe traz?
Atualizado dia 9/24/2017 7:01:44 PM em Autoajudapor Barbara de Oliveira Campanha
Nasci em uma família de classe média/baixa, de valores ligados ao cristianismo, os quais me deram a base necessária para meu crescimento moral.
Mas como foi dito, esta seria somente a base, pois todos sabemos que todo indivíduo carrega dentro de si uma bagagem cheia de conflitos e, em seu caminhar, terá que lidar com várias situações, as quais acreditamos serem criados pelo meio externo, quando, na verdade, está tudo dentro de nós e ninguém foge deste contexto.
Desde criança, sempre fui muito observadora,mais calada, introspectiva.
Já gostava de analisar o comportamento humano e, principalmente, como eu reagia diante de certas circunstâncias. Mas me indignava em alguns momentos, sempre sonhava e acreditava que tudo poderia ser melhor, as relações interpessoais poderiam ser mais leves, com menos cobranças, não compreendia porque havia tantos desentendimentos. E, é claro, este sempre foi o meu ponto de vista, e não estou dizendo que estou certa ou errada, mas era algo que gritava dentro de mim.
E à noite frequentemente vinham aquelas imagens do dia, o que passou, refletia sobre muitas coisas. Ficava pensando porque meus pais se comportavam desta ou daquela maneira, e como eu me comportei.
Muitas vezes, pensava, porque muitas vezes é tão difícil as relações humanas e ao mesmo tempo tão fascinantes, cheias de ramificações. Adorava ouvir histórias de vida das pessoas (talvez não tenha sido à toa que trabalhei com atendimento ao cliente por 10 anos, o que acham ?). E um dos meus passatempos favoritos era sentar ao lado da minha avó, e ouvir dela sempre as mesmas histórias, de como era sua vida em Minas Gerais, onde nasceu, o relacionamento dela com o meu avô... ela gostava muito de uma boa “prosa” como sempre dizia, além do que a casa dela sempre foi o “paraíso” das crianças, sempre cheio de quitutes.
Mas, enfim, chegou a fase da adolescência e foram crescendo também os meus “monstros” internos, gritando dentro de mim a cada ano que passava, com mais intensidade.
Era uma moça educada, aparentemente tranquila, mas fruto de uma carapaça que trazia para me defender, pois era fechada em meu mundo. Meus pais tinham grandes conflitos entre eles e, com a separação, fui me fechando cada vez mais. Tinha dificuldades em colocar minhas emoções para fora. Meu ponto de equilíbrio e minha paixão, na verdade, era escrever as histórias que vinham em minha mente como um rio, e a música que me fazia acreditar sempre que a vida era belíssima, apesar de tudo.
Meus avós eram músicos de alma, gostavam de reunir a família e passávamos horas tocando e cantando. E nos meus momentos de dor, com o passar dos anos, o alívio para minha alma era cantar e escrever.
Aos 17 anos fui “apresentada” ao espiritismo. Minha irmã tinha iniciado os estudos a respeito do plano espiritual, e sempre me deixava “acidentalmente” um livro pelos cantos da casa. Me interessei muito e comecei a ler e estudar cada vez mais. Foi quando a minha sensibilidade abriu as portas.
Porém, como tinha muitas questões mal resolvidas, e minhas emoções em ebulição, perdi o ponto de equilíbrio. E novata nesta nova condição, sem orientação imediata de alguém que entendesse que tratava-se de algo natural, mas que precisava ser trabalhado, era praticamente uma “esponja” humana. E me vi um trapo emocional e energético.
Sem instrução de como lidar com tudo aquilo, tive a minha primeira queda e me vi em uma crise depressiva. E em meio a este turbilhão, pedi orientação de coração aberto, e aos poucos surgiram pessoas e situações que foram me conduzindo gradativamente a entender o que estava acontecendo comigo.
É claro que esta é somente uma de muitas situações e experiências que ocorreram, outras várias se passaram pela minha vida, problemas a serem solucionados, em menor ou maior grau de dificuldade, encontros e desencontros, como todo mundo, cada um no seu aprendizado, no seu desenvolvimento pessoal.
Mas a mensagem principal é cada pedra que encontramos no caminho, na realidade pode ser seu remédio amargo, necessário para que nosso coração se abra e a nossa visão se torne clara para um novo caminho diante de nós.
Então eu pergunto, como você está encarando as pedras do seu caminho? Como é a sua reação diante de um problema, seja ele pequeno ou mais complexo.
Tudo depende de como sentimos e enxergamos a vida. De uma forma negativa, pessimista e vitimista, ou com o coração aberto e cheio de esperança, gratidão e a certeza em saber que tudo é para o nosso crescimento.
Hoje com 43 anos, com pequenas ou grandes pedras, sinto gratidão a tudo o que passou, ao presente momento e ao que será, pois graças aos caminhos, espinhosos ou não, fizeram parte de um processo de autoconhecimento, contando com o auxílio de muita gente, e até daqueles que achamos ser nossas desavenças, fazem parte de tudo aquilo que sou.
Uma parte de minhas habilidades e dons que desacreditava existirem em mim, e que ainda estou em descoberta pois acredito que ela é contínua, também se deu graças ao conjunto de toda essa miscelânea, momentos preciosos que devem ser vividos, agradecidos, entendidos ao seu tempo.
Muita paz!
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