Essa semana sou uma bailarina...
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Autor Andrea Pavlo
Assunto AutoajudaAtualizado em 12/9/2015 4:44:26 PM
Lembro-me da primeira vez que vi uma bailarina. Uma menina de uns cinco anos de idade. Cabelos cuidadosamente arrumados num coque, sapatilhas e tutu rosa. Ela era calma, comedida. Ela exalava uma paz que eu queria. Ela tinha graça, um olhar doce e feliz. Talvez fosse isso, o que eu mais gostei nela, naquele dia, foi ver que ela era feliz.
E eu quis essa felicidade para mim. Eu poderia fazer aquilo? Mexer o corpo, bailar suavemente por uma grande sala vazia? Eu poderia fazer uma ponta de pé, um plié, um rond de jambé? Aquele mundo era para mim? Quando comecei a dançar, aos 12 anos, senti que sim. Eu podia! Eu fazia e meu corpo respondia! Eu tinha a graça, eu tinha o jeito, eu tinha uma coisa que me movia para cima e para baixo, para a direita e para a esquerda. Eu sentia a vibração da dança, o pulsar de cada nota. Eu era inteira naquele momento, um corpo, uma alma, um espírito livre. Eu sentia a liberdade que eu o meu corpo podia me conceder. Eu era eu. De novo.
Mas a vida, ela tem lá os seus caminhos. E lá pelas tantas achei aquilo tudo bobagem. Eu precisava era de um trabalho “de verdade”. Precisava ganhar dinheiro, cuidar da minha família. Eu tinha metas, eu tinha prazos, eu acordava cedo porque “Deus” ajudava. Eu entrei numa máquina da carnificina da alma. Eu estava cinza, seca. Com muitos quilos a mais e nenhum corpo presente. Eu não tinha mais graça. Até que um dia, passando na frente de um painel de academia (que eu entrara para “eliminar” os quilos adquiridos cheia de metas e prazos) eu li “Jazz adulto”. Por um momento pensei que esse adulto quisesse dizer “adolescente” ou qualquer coisa assim. Um dia, passei “sem querer” na porta, assim como quem não quer nada. E vi lindas mulheres maduras, como eu, dançando.
Fiquei extasiada. Como assim, ainda era possível? Eu ainda teria uma chance de voltar a sentir aquilo tudo que eu sentira há tantos anos atrás? Mulheres como eu, comuns, com vidas normais, estavam ousando dançar assim, na minha frente? No segundo dia ousei eu, entrar. E fui recebida com um lindo sorriso e um “pode entrar” acalorado da professora.
Fiquei. Sai. Briguei com minhas amebas internas que a toda hora insistiam em me dizer que não era para mim. Eu era gorda demais, era desajeitada demais. Eu errava os passos, eu passava batido. Eu não fui a muitas aulas acometida pela dor de uma doença adquirida com os anos longe de mim. Doía mais o coração de não estar lá.
E um dia, assim, depois de sonho inspirador, eu voltei.
_Professora, eu quero dançar! (no espetáculo do final do ano)
_Quer dançar? - ela respondeu. Fica nessa turma e não falte mais!
Era o que eu precisava. Eu tinha uma meta, um objetivo, mas dessa vez era diferente. Era para uma coisa que realmente me preenchia a alma, o sentir. Era um voltar para o corpo, para a minha essência, para a menina de 12 anos que se encantou com uma bailarina de tutu rosa. Era a minha liberdade de novo, minha força, meu poder! Eu voltei. Fiquei. E hoje, sábado, dia 05 de dezembro de 2015, estou voltando para um palco. Um daqueles de verdade, com luzes, com som, com alma. Agradeço do fundo dessa minha alma resgatada por cada dia com cada uma de vocês. Vocês me deram um apoio que eu não tinha. Vocês me tocaram em partes que eu tinha esquecido. Um olhar, um sorriso, um “você consegue garota”. Uma paciência de Jó, de mulheres que, eu sei, passaram e passam por muita coisa. E não só as dores nos pés, os machucados nos joelhos. Mas que se resgatam a cada dia, que se reinventam a cada coreografia e que provam que ser mulher é fazer o que bem entender, na hora em que bem quiser, com aquilo que vocês têm.
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Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoajuda clicando aqui. |