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Nasci para ser tia (e não mãe) e daí?

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Autor Andrea Pavlo

Assunto Autoajuda
Atualizado em 9/24/2014 4:18:12 PM


Interessante. O mundo. Uma cultura vigente que tem uma lista de coisas que, se você tiver, será feliz. Como se felicidade tivesse algum tipo de fórmula e estivesse do lado de fora da gente. Até entendo que isso pudesse ser considerado verdade na guerra, quando as pessoas não têm nada, perdem as pessoas que amam. Mas hoje? E esse padrão de felicidade é fechado, inflexível. E se você for uma mulher envolve um amor, uma casa limpa e arrumada e, claro, um filho ou dois (de preferência um casal com o menino sendo mais velho). Só isso.
Eu escolhi não ter filhos. Assim, assumidamente. Não pensem que foi fácil simplesmente escolher isso. E se, por um acaso eu engravidasse, não tiraria e nem nada disso. Só não vi na vida planejando, querendo isso com o mais fundo do meu ser. Até que um dia eu percebi que não, a vida de mãe não é para mim. Nem é uma questão de não gostar de crianças, não. Eu acredito que daria uma excelente mãe. Mas ser mãe é mais do que botar uma criança no mundo. Ser mãe é uma dedicação em tempo integral, abrindo mão para sempre da vontade de ir ao banheiro, das próprias refeições ou até de uma escova no cabelo. E quem é mãe, assim de corpo e alma, sabe do que eu estou falando.
Eu adoro crianças. Parei de atende-las em consultório porque elas precisam de uma estrutura e especializações que eu não tenho. Fico com as adolescentes, que são mais a minha cara. Mas, dois dias depois do nascimento do meu segundo sobrinho (e também afilhado), e sentindo um amor imenso por ele e pela minha sobrinha, eu percebi que o meu amor é diferente. É um amor de cuidado sim. Um amor que, se precisasse, daria a vida por qualquer um deles. Rim, fígado, podem me pedir o que quiserem que eu dou um jeito (mas rezo para, claro, nunca ficarem nem com resfriado). Mas é um amor de cuidado de longe. Um amor de conversa. Um amor de cinema. Um amor de “me leva no hospital” e eu sair correndo. Um amor de “desmarca paciente, a Malu precisa de você” e lá vou eu. Um amor de “não precisa me dar nada em troca”. Mas abrir mão da vida, dedicação 24 horas, abrir mão de coisas que eu gosto tanto eu não teria como. Não tenho uma estrutura psicológica para isso e, no fundo no fundo, quero outras experiências.
E aí eu sempre escuto que jamais vou sentir o amor incondicional se não for mãe. E mais tarde uma mãe reclamando que amamentou aquele marmanjo e agora ele faz isso com ela. Amor incondicional? Não acho que nós, humanos, sejamos realmente capazes disso. O amor é amor, não interessam muito as condições. E todo mundo quer algo em troca pelo seu amor, mesmo que seja só ver o sorriso do filho quando ganhou aquele brinquedo. Somos seres de trocas. Temos um filho pela experiência da maternidade ou da paternidade. Temos um trabalho pela experiência de fazer aquilo e cada coisa, diferentemente, fala com a gente de um jeito. Não imagino a minha irmã sem filhos, ela seria o ser mais infeliz do planeta. Mas essa é a experiência dela, e a necessidade dela e nem todo mundo tem a mesma.
Se um dia acontecer, aconteceu. Eu não sou Deus e não mando em todos os tramites do Universo. Mas não planejo a minha vida para isso. Como diz uma das personagens de “Comer, amar, rezar” ter um filho é como fazer uma tatuagem na testa, você precisa querer se comprometer. Não só com aquele ser e com os cuidados com ele (como levar para escola, dar de comer e limpar) mas com a higiene emocional dele. Com carinho, amor, atenção e um caminhão pipa de paciência. Eu imagino como é difícil ser mãe. Carregar toda a culpa, medo, desespero talvez, não sei. E admiro as mulheres que tem esse comprometimento. Não é para mim e pode não ser para um tanto de mulheres que me leem. E o que eu digo é: não tem nada de errado com isso. Nenhuma mulher “nasceu para ser mãe”. Cada uma nasceu para se realizar nas coisas e situações que mais lhe tragam prazer e realização. Isso é o que buscamos como mulheres e como humanos.

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Andrea Pavlo   
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa.
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