Quando a bondade se expressa
Atualizado dia 5/30/2015 10:53:15 AM em Autoajudapor ADRIANO BERNARDELLI
Carro, aliás, que ele não tinha sequer dinheiro para colocar combustível.
Chegou a hora que estava com fome, sem dinheiro para comprar alguma coisa, desesperou-se.
Noite fria, estômago reclamando, entrou então numa lanchonete.
Como não sabia quando seria sua próxima refeição, comeu até não poder mais.
Quando chegou a hora de pagar, fingiu que tinha perdido sua carteira.
Fez um barulho enorme e começou a procurá-la por todo lugar, virou a lanchonete de cabeça para baixo.
De trás do balcão o cozinheiro, que era também o dono do lugar, saiu e foi até onde estava o rapaz.
Abaixou-se, fingindo que apanhava alguma coisa do chão, e entregou ao moço cem reais, dizendo-lhe:
- Acho que você deixou cair quando entrou.
O rapaz ficou mais confuso ainda, mas pagou a conta e saiu rapidinho.
- E se o dono do dinheiro aparecer? Ele se perguntava, andando pela rua.
Até que se deu conta que, na verdade, o dono da lanchonete fingira achar o dinheiro.
Colocou gasolina no carro e rodou para outra cidade.
Enquanto dirigia, agradecia a Deus o gesto daquele piedoso desconhecido, e prometeu que, se sua vida viesse a melhorar, faria aos outros, o que aquele homem fizera por ele.
O tempo passou.
Ele teve fracassos, reveses.
Até que, afinal, as dores da pobreza passaram.
Foi então, que decidiu que era hora de honrar a promessa e cumprir o voto feito naquela noite escura de inverno.
Pelos anos seguintes, ele iniciou sua jornada de doações.
Queria dar, mas, não queria que as pessoas o agradecessem.
A sua alegria era a expressão no rosto das pessoas beneficiadas.
Agora só faltava agradecer a quem o socorreu, quando precisou.
Procurou pelo dono da lanchonete, durante quase um ano, o local conhecido estava fechado.
Arranjou um encontro, dizendo-se historiador e que desejava fazer uma matéria sobre pessoas antigas daquela localidade.
Chegou carregado de presentes, além de avultada quantia em dinheiro.
Ao se deparar com o seu benfeitor de outrora, disse-lhe:
- Eu sou aquele sujeito que você ajudou, 29 anos atrás, você mudou a minha vida, naquela noite.
O ex-dono da lanchonete, agora aposentado, com 81 anos de idade, chorou, tamanha emoção, ao lado da sua esposa, agora gravemente doente, lutando contra um câncer e o mal de Alzheimer.
Por causa da situação, estava atolado em contas hospitalares, o dinheiro fora mandado por Deus.
Para o antigo beneficiado era um simples gesto de gratidão, para aquele idoso o dinheiro era o acenar de um novo tempo, sem provações.
..."A gratidão é a memória do coração". (d.a.)
E Assim É!
Adriano Wr
Personal Coach.
Terapeuta Holístico - Terapia Renascer.
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