SER AUTORRESPONSÁVEL II
Autor Willes S. Geaquinto
Assunto AutoajudaAtualizado em 8/12/2017 11:23:34 AM
Certo cliente, ao iniciar sua terapia e contou-me que estava se sentindo muito desconfortável de tanto tentar ser aceito pelos familiares de sua esposa. Por mais que ele fizesse, eles nunca o respeitavam, pelo contrário, sempre o humilhavam e o exploravam, inclusive financeiramente. Ao acabar sua narrativa, perguntou-me: “Por que será que eles fazem isso comigo, doutor?” Eu, ao invés de responder, perguntei-lhe: “Porque você faz isso consigo mesmo?” Ele me olhou sem entender, pois, acredito que esperava uma resposta em que eu avalizasse sua posição de vítima da família da esposa.
A princípio estava visível para mim que ele, por uma série de motivos que depois vieram a ser conhecidos, vivia sempre de maneira submissa buscando a aceitação dos outros e responsabilizando-os pelas suas frustrações. Depois, na medida em que mudou aquela postura de subserviência e passou a respeitar mais a si próprio, tornou-se uma pessoa mais livre e espontânea, ao mesmo tempo em que passou a ser respeitado por todos.
Para entender melhor a situação acima, observo que existem pessoas que costumam passar uma vida inteira ou grande parte dela, sob o modelo do “agrade sempre”. São criaturas que, por falta de autoestima, não se responsabilizam pelas suas próprias conquistas e vivem submetidas às expectativas dos outros. São pessoas que por não saberem dizer “não”, vivem insatisfeitas com tudo e com todos; pessoas que ignoram que é impossível agradar sempre aos outros sem causar para si algum desagrado ou frustração, sem que esse comportamento gere situações de melancolia, depressão ou ansiedade.
Viver com autorresponsabilidade está intimamente relacionado a viver com autorrespeito, que é outro elemento importante da autoestima. Quando você não respeita a si mesmo, dificilmente será respeitado pelos outros. Dizer sim ou não quando necessário e pertinente é representativo tanto da responsabilidade para com a sua integridade, como do respeito que dedica às suas ideias, opiniões e quereres.
Acredito que você já ouviu pessoas expressarem frases do tipo: “Eu preciso mudar de vida”; “Seria bom se eu fizesse algo melhor por mim.”; “Eu devia ser mais consciente.”; “Ah, um dia ainda vou melhorar...”, e por aí vai. Na verdade, todas estas declarações de intenção não valem nada se não forem acompanhadas de atos concretos que demonstrem o compromisso com a autorresponsabilidade.
Então, em se tratando de mudanças seja racional, realista e prático, defina com clareza o que pretende mudar, o prazo e as ações que irá realizar para cumprir esse objetivo. Para colaborar nessa tarefa, sugiro o seguinte exercício – De modo tranquilo e relaxado, pense no seu dia seguinte e pergunte a você mesmo: “O que devo mudar e realizar para assumir maior responsabilidade pela minha vida?” Escreva as respostas em um caderno e, a seguir, imagine-se transfor-mando em atitudes o que escreveu, visualize os benefícios para sua vida. E não se esqueça de comprometer-se em agir com determinação e persistência para realizar suas metas.
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Willes S. Geaquinto - Psicanalista,Psicoterapeuta, Consultor Motivacional. Trabalha com a Terapia do Renascimento promovendo o resgate da autoestima, o equilíbrio emocional e solução de transtornos, fobias,etc... Palestras e Cursos Motivacionais(relação de palestras no site). Contato: (35) 99917-6943 site: www.viverconsciente.com.b E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoajuda clicando aqui. |