Transformação, irmã das nossas escolhas!
Atualizado dia 2/15/2020 11:04:09 PM em Autoajudapor Carolina Marrocos
Nossa vida é feita através do “transformar”, tão presente em todos os instantes, que se torna comum e muitas vezes algo ”despercebido”.
Tudo exige uma transformação, com o passar dos anos. Nosso corpo muda, nossa fala, o intelecto, as ideologias, as crenças. Além disso, no dia a dia, a transformação se faz necessária para ações básicas, como nosso alimento, que passa pelo fogo, pelos temperos, e se transforma em novas texturas e sabores; nosso trabalho que gera um produto, um serviço e o nosso sustento. Tudo passa pelo ato de se transformar.
Através dos encontros da vida, das relações, ocorre a transformação. Algo antes que não havia percebido se torna tão óbvio... Quantas vezes nos questionamos; “como não percebi isso antes?”, ou “nossa, faz todo sentido o que aquele cara falou! ”, ou ainda “preciso indicar esse livro para fulano, é transformador!”.
Existem muitas teorias sobre as fases de transformação do ser humano, os “ciclos de vida”, como por exemplo; “A Teoria dos Setênios” para a Antroposofia, onde defende que a nossa vida muda de 7 em 7 anos.
Bom, se tudo na vida se transforma, se a todo tempo mudamos, desde o nosso nascimento até o último suspiro, então, por que transformar é tão difícil?
Não sei a resposta na sua totalidade, mas posso afirmar por experiência própria que o desconhecido é um dos vilões, pois logo ali, coladinho com ele vem o medo de mudar.
O desconhecido é como aquele fantasma que te assustava quando criança. Não sabemos o que nos espera na próxima fase da vida, é inseguro, uma aposta; pode ser bom, porém pode ser ruim, é melhor pedir a pizza do domingo à noite no mesmo lugar, com exceção de quando um amigo nos indica um outro local, mais aí, não está totalmente desconhecido, fica mais fácil mudar ou pelo menos experimentar.
Como somos seres racionais, tudo (ou pelo menos quase tudo), passa pelo crivo do intelecto, o que significa que a racionalidade ocupa espaços importantes como: o da intuição, da confiança, do acreditar, quantas vezes mudamos a escolha da questão objetiva na prova, e depois descobrimos que nosso primeiro palpite é o que estava correto?
Apropriação da nossa força interior fica esquecida, sufocada por tantas perguntas da nossa mente, “ ah, mas se eu for e der errado”, “e se eles acharem que... “, “e se alguém do trabalho me encontrar, não vai pegar bem”.
Medo do desconhecido é o medo de viver a vida, viver de verdade, se entregar para valer, para aquela nota que tocou primeiro no seu coração, antes mesmo que o seu ligeiro e sorrateiro intelecto fosse capaz de colocar a primeira barreira.
Viver de verdade tem o envolvimento da Fé, é saber que aquele é o caminho correto, mesmo que tudo e todos apontem o contrário, é aquela voz dentro de você, que fala baixinho, com a capacidade de gerar uma coragem, uma valentia tão forte que nada seria capaz de mudar o seu curso.
Viver de verdade, não gera dúvida sobre suas decisões, é natural, uma sensação de algo que é mais forte que você, mais tudo com a suavidade de uma brisa, que encosta no seu rosto, quase como um toque da fada madrinha e lhe conduz para as verdadeiras escolhas.
Sabe quando você toma uma decisão na vida e as coisas acontecem naturalmente? Como um quebra-cabeça que se encaixa perfeitamente. Coisas impossíveis acontecem, lhe provando que quando você segue a sua força interior, acredita e vai, tudo acontece da melhor forma, do melhor jeito.
Bronnie Ware, uma australiana, que dedica sua vida em cuidar de pessoas que estão em fase terminal, escreveu um livro singular, “Antes de partir: os 5 principais arrependimentos que as pessoas têm antes de morrer”.
O último arrependimento citado por Bronnie se refere a; “ Desejaria ter-me permitido ser mais feliz”; através de exemplos citados no livro, Bronnie destaca sobre nossas escolhas, o quanto escolhemos sem ligar a chave do nosso verdadeiro querer? Quantas escolhas são feitas, pois trará mais dinheiro, ou por ser o caminho mais fácil, ou, aquele caminho sem muitas dores de cabeça, ou ainda, o caminho que não vai desagradar ninguém.
Acontece que, no final da vida, as escolhas que fizemos pelo medo, virão à tona, as escolhas em que sufoquei a minha força interior, ressurgirão, as escolhas que fiz pela razão e não pela intuição, irão te visitar no seu leito de morte.
Só que agora não há mais tempo, porque a vida se finda, se vai, e por esse motivo, a australiana nos desperta para as escolhas do coração, que podemos fazer enquanto ainda estamos vivos, mesmo que vá lhe deixar mais pobre, ou não lhe trará aquele tão sonhado cargo, ou até mesmo a casa dos sonhos ou o automóvel mega, super das galáxias e tenha certeza quanto mais próximo do seu ser forem as suas escolhas, mais desagrado irá gerar.
As escolhas do coração irão lhe transformar, justamente no momento em que a sua vida lhe pede, e será através do se apropriar daquilo que é seu, que as suas escolhas se tornarão mais saudáveis e, assim, no fim da sua existência e no mais belo e aconchegante abraçar da morte, você estará em paz.
Transformar, mudar, virar algo novo, virar uma outra coisa, faz parte da nossa existência, que nossa opção seja pela legitimidade do nosso ser, que cada um de nós possa escutar o que pulsa dentro do seu coração, que o medo do desconhecido possa dar espaço para a sua verdade, aquela verdade que jamais deveria ser negociada, pela desonestidade da nossa mente.
Uma semana de transformações legitimas para todos nós!
Texto Revisado
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Economista e Psicóloga, atuo como Diretora em uma área estratégica no segmento Educacional. Desenvolvimento em projetos comunitários, saúde e sociais como Psicóloga especializada em Psicóloga Transpessoal. Linkedin https://www.linkedin.com/in/carolina-da-silva-marrocos-de-andrade-3b7a471b E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoajuda clicando aqui. |