Menu
Somos Todos UM - Home

2004, 26 DE DEZEMBRO

Facebook   E-mail   Whatsapp

Autor Christina Nunes

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 1/26/2005 2:32:34 PM


Hoje completou-se um mês - acabou de notificar um noticiário.

Um mês de que sucessos inauditos no mundo ofereceram a todos nós nova chance incomparável, para refletirmos acerca de nossos valores, posturas e crenças pessoais.

Dada a dimensão do sinistro, torna-se tão incongruente a displicência diante do sofrimento superlativo dos asiáticos, se nos dispusermos a uma contemplação com uma visão de cima, quanto insólito seria, num hipotético incêndio de grandes proporções numa casa de dimensões agigantadas, que alguns habitantes prosseguissem nos seus assuntos triviais, e entremeados de risadagens, nalguns cômodos ainda não atingidos, enquanto os outros moradores gritassem de desespero, em meio à morte e ao caos, na parte da casa consumida pelas chamas.

O desastre natural na Ásia, ainda uma vez, veio nos alertar para o fato insofismável de que, efetivamente, todos nos achamos no mesmo barco - e de que este barco tem as suas vulnerabilidades. A todos interessa, portanto, o socorro mútuo, e a tomada de consciência de que a manutenção da qualidade de vida neste monumental navio - o nosso orbe, a rodopiar no cosmos infinito - é responsabilidade comum. Assim como na suposta casa incendiada a todos interessa a contenção do sinistro, sob o risco real e concreto de que os cômodos ainda não atingidos, e as pessoas que nele habitam, a médio ou curto prazo, venham a sucumbir sob o avanço fora de controle das chamas sobre a totalidade da residência.

Todavia, afora esta reflexão, outra ainda cabe.

À parte nossas crenças e descrenças pessoais, em nenhuma hipótese é sensato que fatos sejam ignorados. Refiro-me, novamente, a FATOS. Fatos que vêm, décadas e décadas depois, corroborar os tão ironizados, questionados e polemizados profetas. Mas refiro-me apenas aos que de boa fé, dispondo, de modo mesmo irresistível, do dom de previdência de que dispunham, tentaram alertar a humanidade do futuro - a nossa humanidade - das fatalidades que haveriam de vir, em conseqüência da incúria humana para com a Vida.

Alguém argumenta que a instabilidade geológica sempre esteve presente: maremotos, terremotos, e mesmo o deslocamento do eixo planetário, em ocasião de cataclismo agudo na superfície do planeta, sempre haveriam de ser absolutamente previsíveis pela ciência do nosso tempo.

Quero chamar a atenção, contudo, para o detalhe de que o surpreendente não é, nem tanto, a sucessão dos fenômenos de caráter trágico nos tempos que correm. O surpreendente é justamente o fato de que homens geniais de outros tempos, desprovidos dos recursos instrumentais da tecnologia avançada dos nossos dias, tenham podido presenciar, com tanta exatidão, ocorrências do futuro remoto, dando voz à realidade da sua eclosão dezenas e dezenas de anos antes da sua materialização diante dos nossos olhos. Muito antes de que o próprio ambiente terreno, com suas sociedades de época, oferecessem, sequer, indício seguro do estágio atual na face da Terra que, com suas profundas instabilidades não só geológicas, mas sociais, em tudo se coadunam para compor o quadro dito apocalíptico no qual nos vemos, indubitávelmente, mergulhados.

Novamente, lancemos mão da dita visão de cima: e, afora a constatação de que nem a ciência haveria de prever a alteração drástica de condições ambientais no mundo todo - e isto dispondo da mais sofisticada tecnologia -, com rigores climáticos em épocas indevidas, e em locais atípicos; tornados eclodindo em áreas até então absolutamente isentas desta manifestações climáticas - só para citar um exemplo que se nos situa mais próximo - afora esta simples e imprevista constatação, repita-se, se lançarmos um golpe de vista de cima, abrangendo o presente e passado próximos, o que se terá será um quadro verdadeiramente espantoso e apocalíptico, no melhor estilo das mais credenciadas profecias. Ao contemplarmos, simultaneamente, guerras, a cada dia mais violentas e disseminadas, numa autêntica inundação de sangue (basta associarmos, somente nos últimos cinco anos, os colossos derrubados nos USA com tantas vítimas; os atentados aos trens da Espanha e à escola russa, com incontáveis vítimas entre crianças e adultos) de conjunto com o próprio maremoto na Ásia; com terremotos outros;, com vítimas de furacões, de nevascas, e de inundações em países vários do globo; quedas de ribanceiras, e avalanches...

A visão é, efetivamente, escatológica. No entanto, mergulhados na restrição crítica do nosso limitadíssimo raio de ação, pouca ou nenhuma consciência alcançamos destas coisas, ao ponto mesmo de, sendo lastimávelmente vitimados por insólita miopia, ousarmos verter louvores a um tipo de sensibilidade que só se condói de sofrimentos locais - como se a humanidade de lá, de mais distante, não derramasse lágrimas idênticas às da "humanidade daqui"! Ao ponto de zombarmos do que desconhecemos na sua completa extensão, como da capacidade de que dispuseram homens de vanguarda de outros tempos de nos alertar, com séculos de antecedência, das coisas graves que ainda adviriam, no melhor uso fraterno de dons, por enquanto, incomuns à maior parte dos habitantes da Terra.

Isto faz lembrar a alegoria bíblica, de quando todos dançavam enquanto Noé, talvez um dos primeiros previdentes da nossa História, cercava-se, e aos seus, dos cuidados precisos que os protegessem do dilúvio que os atingiria.

Neste vinte e seis de janeiro, contudo, queremos apor votos de que a infinita Misericórdia do Pai nos resguarde de estarmos, milhares de anos depois, repetindo os mesmos erros da geração de Noé.

Se nada mais puder ser feito em favor da reversão do quadro sombrio no qual estamos mergulhados, que possamos, ao menos, comprovar que nos tornamos, efetivamente, no decorrer dos séculos e das vidas sucessivas, seres humanos, capazes da autêntica solidariedade fraterna para com o nosso próximo, na hora das grandes e das pequenas crises - e sem parar para conjecturar de quem se trata este "próximo": se daqui, da Espanha, ou da Ásia, ou dos Estados Unidos...

Com amor,
Lucilla e Caio Fábio Quinto
"Elysium"
https://www.elysium.com.br

Lucilla é autora do romance psicografado lançado em novembro passado, "O PRETORIANO", pela editora MUNDO MAIOR (www.mundomaior.com.br). Leitura fácil e envolvente, de autoria espiritual de Caio Fabio Quinto, o conteúdo trata de uma das vidas passadas vividas pela médium e pelo seu mentor, na Roma de Júlio César, de cujos exércitos Caio foi um dos comandantes, narrando lances de convivência no cotidiano dos personagens, ricos de ensinamentos ilustrativos da Codificação Espírita de Kardec, das leis de causa e efeito, e do aprendizado espiritual que a todos nós envolve no decorrer do nosso trajeto evolutivo durante as reencarnações terrenas. Os direitos autorais estão revertidos às obras assistenciais da FUNDAÇÃO ANDRÉ LUIZ, no amparo aos deficientes e crianças carentes.
Aos interessados, maiores informações para compra no site da editora, ou no da FUNDAÇÃO ESPÍRITA ANDRÉ LUIZ: link


Gostou?    Sim    Não   

starstarstarstarstar Avaliação: 5 | Votos: 11


estamos online   Facebook   E-mail   Whatsapp

foto-autor
Conteúdo desenvolvido pelo Autor Christina Nunes   
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

Saiba mais sobre você!
Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui.
Veja também
Deixe seus comentários:



© Copyright - Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução dos textos aqui contidos sem a prévia autorização dos autores.


Siga-nos:
                 

Energias para hoje



publicidade










Receba o SomosTodosUM
em primeira mão!
 
 
Ao se cadastrar, você receberá sempre em primeira mão, o mais variado conteúdo de Autoconhecimento, Astrologia, Numerologia, Horóscopo, e muito mais...


 


Siga-nos:
                 


© Copyright 2000-2025 SomosTodosUM - O SEU SITE DE AUTOCONHECIMENTO. Todos os direitos reservados. Política de Privacidade - Site Parceiro do UOL Universa